Esse cαpitulo é um temα sensível, por fαvor, se te der gαtilhos pαre imediαtαmente.
— Não vou precisar cumprir promessas por que sairemos daqui viva, e juntas.
— Voce sabe que eu não vou sair viva dessa, alias nem voce sabe se vai sair viva ou não. - Sentou com dificuldade e sentiu a gota de chuva cair em seu rosto. - Amanhã voce pode acordar e eu não estarei aqui.
— Para de falar besteiras. - Suspirei e sentei do seu lado encostando meu corpo na madeira.
— Porque a gente não tenta fugir? - Me olhou e então eu olhei para nós duas.
Ela não lembrava, mas já tentamos fugir cinco vezes, e todas as vezes nós duas apanhávamos muito. Apesar da coragem nós duas não queríamos morrer, então começamos a obedecer porque eu sabia que uma hora ou outra o Tristan ia entrar pela aquela porta. Era para isso que eu orava tanto. Eu tinha estratégias, eu fechava os meus olhos e orava para passar logo, não demorava muito, aquele homem nojento durava menos de vinte segundos, eu já estava acostumada eu sempre contava, eu tentava pensar no Tris, tentava pensar em nós e nas nossas promessas daquele dia, eu tentava com todas as minhas forças ser forte porque eu desejava voltar para ele eu desejava voltar para meu avó.
Eu tinha desejo de viver.
— Acha que ele é casado? - Me questionou. - Achei pertences das outras mulheres ele guarda uma coisa de cada.
— Foram tantas, do mesmo perfil. - Respondi triste. - Não sei quanto tempo demorou entre ele sequestrar, abusar e matar a pessoa mas acho que com a gente ele está fazendo diferente.
— Ele não tem arma de fogo, somente faca.
— Também não passa o dia aqui, mas vigia o tempo todo. - Respondi.
— Posso te fazer uma pergunta? - Encostou no meu ombro.
— Qual?
— Me diga que foi o Tristan seu primeiro homem, me diga que não foi aquele homem nojento o seu primeiro.
Fui pega imediatamente pelas lembranças que me restava, pelas memorias que eram minha companhia enquanto eu ficava tão exposta, tão vulnerável. E então da minha boca começou a falar tudo para Andy, em detalhes para que ela ficasse em paz ao saber que eu me entreguei para o homem da minha vida, bem em tempo.
— Quer tomar banho primeiro? - Tris me perguntou.
— Se quiser ir comigo. - Dei os ombros. - Logo estaremos morando juntos e provavelmente em algum momento vamos ter que tomar banho juntos. - Dei os ombros e ele deu uma risada.
O sorriso de Tris era lindo, seu corpo bem cuidado e sua barba me fazia pensar como eu era sortuda e como eu sou abençoada. Ele é um conjunto de coisas boas com uma beleza dominável o banheiro era maior do que o outro quando ficamos quando estávamos indo ver o meu avo na neve, tinha um chuveiro típico das casas americanas em um conjunto totalmente bege de um banheiro que foi construído a muito tempo, mas tudo muito limpo e organizado. Naquele box vendo o Tris como veio ao mundo não me contive em não ficar também dentro daquele box junto com ele, ele deu um sorriso ele gostou do que viu embora eu não contive a timidez ao tentar falsamente por alguns segundos esconder meu corpo.
Ele me disse que meu corpo é lindo e que jamais poderia sentir vergonha dele, ali junto com ele naquele banheiro minúsculo cabendo nos dois, nos beijamos intensamente pois eu e ele sabia que nós queríamos.
— Por favor, Lillyzinha pede para mim parar ou vou perder totalmente o meu autocontrole. - Se afastou dos meus lábios.
— Eu não quero que pare. - Sussurrei enquanto ele beijava todo o meu corpo.
Olhei para a Andy.
— Naquele dia Andy ele me fez a mulher dele, fomos um antes de ser diante de um altar fomos um com o nosso amor sendo testemunha. Nós ardemos de desejo um pelo o outro, quando ele me tocava eu sentia arrepio e dentro de mim sentia que era ele e que sempre será e eu esperei tanto tempo para beijar alguém, para namorar e para fazer amor porque eu esperava exatamente por ele. Eu não sabia que quando tem amor era tão prazeroso, por isso que os casais fazem sexo antes de casar é errado claro que é, mas a sintonia, o prazer o desejo tudo dá mais emoção. E a gente sabe quando é a hora certa, e tinha já chego a hora a bastante tempo mas somente aquele dia, aquele dia era o dia dele me fazer dele.
Voltei novamente para as memorias que ainda me mantinham viva.
— Eu te amo Tris, eu te amo como nunca pensei que seria capaz de amar alguém. - Olhei nos olhos dele dentro daquele chuveiro, suas pupilas dilatavam quase de imediato e todo a chama de desejo que ele tinha se transformou em amor e foi no amor, que naquela cama de hotel no meio de alguma rodovia dos Estados Unidos que eu me tornei uma a ele. Doeu, mas foi prazeroso, teve amor, ele me deixou relaxada e me fez chegar ao êxtase de mim, ao êxtase de não saber o que estava acontecendo comigo.
Sorri fraco para Andy.
— E no fim, só sabia chorar, chorei porque foi bom, chorei porque eu amo ele.
Ela deu um sorriso também forçado como se aquilo desse esperança para ela.
— Eu também chorei. - Assumiu. - Mas foi um choro de felicidade, aqui não, aqui eu choro porque dói minha alma.
— Ele acha que está tirando tudo de nós mas tem algo que ele nunca vai tirar. - Tentei segurar em suas mãos mesmo amarradas. - Eu estou aqui do seu lado e eu não vou te deixar eu não vou sair daqui sem voce e eu te prometo que quando eu sai pela aquela porta voce estará junto.
Ouvimos a porta abrir e nos encolhemos e o olhamos.
Geralmente ele não vinha de noite, geralmente ele passava o dia aqui.
— Quero saber quem é a vadia filha do Kurt. - Parecia bêbado.
Como ele sabe?
— Anda. - Gritou, mas não respondemos. - Quer saber, vocês já estão fazendo hora extra aqui, vocês ficaram tempo até demais.
Ele pegou a faca da sua cintura e veio até a nós mas não senti medo, segurei ainda fortemente a mão de Andy que por algum motivo ela também estava sem medo.
Alguns falam que é assim que se sente, quando se sabe que vai morrer, voce não sente medo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Foi Assim Que Aconteceu - Concluído
Mistero / Thriller↪︎ Atenção, há relatos de abusos sexuais e sequestros. Se você passou por isso ou conhece alguém que passou, por favor ligue para 190 e denuncie. ↩︎ Tristan é um policial dedicado que encontrou na carreira a única forma de lidar com as sombras de s...