— Não o meu ex chefe me mandou uma pesquisa, pediu para mim dar uma olhada. - Confessou e foi até o sofá. - Quer um chá?
— Quero. - Sorri. - A proposito sua foto de perfil está ótima.
— Tirei agora a Andy sugeriu e depois disso mais de cem pessoas me mandaram mensagem perguntando se fui raqueada.
Ela foi para a cozinha e eu acompanhei, e fiquei observando na bancada da mesa ela preparar com cautela e me olhou sem graça.
— O que foi? - Me olhou.
Seus cabelos pretos longos dava para ver que era bem cuidado e agora entendo melhor porque ela coloca tanto gel, os seus olhos são grandes e lindos por isso que os oculos a deixam feia.
— Gosto de te admirar. - Sorri ainda olhando rapidamente seu corpo, que era muito bonito. - Sem óculos. - Tentei desconversar, visto que com certeza ela deve ter notado que estava secando seu corpo.
— Quebrou. - Dei um sorriso. - E eu me visto formal apenas no trabalho em casa eu fico com qualquer roupa.
— Você é linda.
— Obrigada. - Colocou algumas folhas no chaleiro.
— Como vai o trabalho? Muito vírus?
— Sim, inclusive esse artigo que meu ex chefe mandou é sobre um vírus que está lá na África pegando tudo e todos que vem pela frente.
— Novo vírus? Pior que covid?
— Estão chamando ela de M-pox. - Pegou seu notebook e sentou do meu lado e me mostrou algumas fotos. - A mpox é uma zoonose viral, ou seja, é transmitida entre pessoas e animais. A transmissão se dá, por exemplo, por contato próximo a fluidos corporais de uma pessoa contaminada ou por arranhões ou mordida do animal com a doença.
— Nossa. - Olhei assustado as fotos. - Qual a taxa de fatalidade?
— Entre 1% em crianças e 10% em adultos. - Me olhou. - Mas não se preocupa depois do Covid estamos mais preparados para novas doenças, logo logo alguém fará uma vacina.
— Você faz vacina? - Coloquei um fio do seu cabelo atrás da sua orelha e deixei minha mão ali.
— Estudo vírus e novos vírus somente. - Deixou seu rosto para o lado da minha mão. - Quando orei perguntando para Deus qual área deveria ele me pediu claramente para ir nessa, aprendi a gostar com o tempo.
Me aproximei dela novamente e a beijei, dessa vez um beijo mais calmo.
— Está gostando de ser xerife?
— Odiando. - Falei a verdade. - Aqui é muito calmo eu gosto de adrenalina, entende?
— Completamente. - Se arrumou no banco. - Já pensou fazer o teste para a CIA ou o FBI.
— Sim, mas meus avós não queriam falaram que era perigoso demais.
— E o que você realmente quer?
— Ficar com você, com certeza.
Ela me olhou sem graça.
— Namorar com você, ficar com você, ser seu para que você seja minha e fique comigo.
— Mas a forma que me visto..- A cortei.
— Não ligo mais.
— Será meu primeiro namorado, primeiro beijo... - A cortei novamente.
— Me sinto honrado em ser seu primeiro.
— Então tudo bem. - Deu ombros. - Somos namorados?
— Você aceita namorar comigo?
— Aceito. - Sorriu sem graça. - Aproveitando antes que eu me esqueça a Andy teve uma péssima experiência em uma das suas caronas com um cara dizendo que ela poderia ser sequestrada, depois disso ela está com uma ideia que está sendo perseguida voce pode investigar depois?
— Claro.
Demos mais um beijo e logo depois ela falou mais um pouco sobre seu serviço falou que amava o que fazia e que é uma honra para ela ser diretora daquele lugar, perguntei se ela pensava em se mudar também mas ela não soube me responder, falou que pensava muito no pai embora tinha certeza que ninguém mas o conhecia.
Fui para casa deixando ela estudar sobre o novo vírus e foi assim os passar dos dias, toda vez eu buscava ela no serviço. Ela parou de usar óculos mas ainda usava seus cabelos presos sem gel sua roupa ainda era formal, mas um pouco mais atualizada do que as que usavam antes, hoje era o aniversario da Andy e ela chamou a gente para ir em um restaurante japonês que ela gostava eu estava ainda na delegacia com um problema com um preso, combinamos dela vir me buscar irmos ao jantar mas depois precisava voltar.
— Xerife. - Jheni bateu em minha porta e eu a olhei.
— Sim. - Respondi olhando par ao papel novamente desde que Lilly me contou sobre o que ela fez com ela não consegui nem seguir com uma amizade para que Lilly não se sentisse insegura.
— Venho pedir dispensa o policial Morales disse que ficaria de plantão em meu lugar.
— Dispensada.
— Tem planos para hoje?
— Sim, vou em um jantar de aniversario.
— Lilly?
— Não, a sua melhor amiga Andy.
— Vocês andam bem próximos. - Tentou puxar assunto. - Estão juntos?
Pensei no que a Lilly me falou em não contar para ninguém que namorávamos para evitar conversas.
— Não precisa responder, não é da minha conta.
— Xerife, senhorita Stich chegou. - Ouvi a moça da recepção falar comigo.
Ela me olhou.
— Pode pedir para ela entrar.
Falei sem olhar novamente para a Jheni, mas ela continuava ali.
— O pai do meu filho vem esse final de semana para cá. - Me olhou e logo vi a Lilly na porta, ela estava linda com um vestido de seda preto, um salto alto, cabelos enrolados e uma maquiagem que a deixava linda. - Vou buscar ele no aeroporto, mas volto para o serviço assim que deixar ele no hotel.
— Ok, dispensada.
Ela entrou sem graça e ficou segundos parada ali sem ter reação, mas eu como seu namorado queria beija-la e ficar admirando seus lindos olhos por horas.
— Oi docinho. - Sorri finalmente.
— Oi. - Sorriu. - Vamos?
— Sim, depois me deixa aqui? Preciso ficar de plantão.
— Claro.
Saímos da delegacia e fomos em direção ao restaurante, eu segurava nas mãos de Lilly enquanto ela dirigia, eu não conseguia parar de olhá-la.
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Foi Assim Que Aconteceu - Concluído
Misterio / Suspenso↪︎ Atenção, há relatos de abusos sexuais e sequestros. Se você passou por isso ou conhece alguém que passou, por favor ligue para 190 e denuncie. ↩︎ Tristan é um policial dedicado que encontrou na carreira a única forma de lidar com as sombras de s...