𝒞𝑜𝒾𝓈𝒶𝓈 𝒹𝑒 𝒢𝒶𝓇𝑜𝓉𝒶𝓈

26 2 0
                                    

— Nem sei como elas estão hoje em dia a única que sobrou foi Andy que sempre me defendia. 

— Mas pelo que me falaram ela também não tem formação você com pena dela que deu um trabalho .

— Não fale assim, não faço nada por pena, mas sim porque queria ajudar ela. Eu não julgo ela pelas escolhas dela afinal tanto eu quanto você temos direito a escolher o que queremos para nossa vida e se eu e você estamos aqui hoje é o retorno disso.

— Você é inteligente Lilly as pessoas que trabalham com você tem sorte e aquelas pessoas do colégio que te chamavam de patinho feio nenhum terço dela está onde você está e tem o que você tem. Não precisava se arrumar toda para sair comigo eu aceitaria você do jeito que você é você só deve mudar para si mesmo não para alguém. 

— Deus é bom Tristan e ele continuará sendo em todas circunstancias confesso que quando me arrumava senti medo de você pensar coisas ruins sobre mim eu sei que isso não é um encontro e sim uma comemoração de bons amigos por algo que deu certo. 

— Confesso que agora eu estou me sentindo um patinho feio e te confesso que meu melhor amigo pediu para que eu me arrumasse e eu falei que não iria porque era você que eu ia sair ou seja uma pessoa que com certeza não se importaria de me ver com roupa do trabalho. 

— Outras coisas para mim importam. - Deu os ombros. - Você é o primeiro homem que saio nesses vinte e seis anos de vida. 

— Serio? 

— Serio. - Olhou para  a garçonete. - Um P completo por favor com a carne mal passada. 

— Vou querer o mesmo só que um G. 

— E para beber xerife?  - Olhou. 

— O que quer Lilly? - A olhei e ela sorriu sem graça. 

— Suco de maracujá. 

— Tomarei o mesmo.  - Fechei  o cardápio e entreguei para a garçonete.  - Me fala o que gosta de fazer sem ser estudar e estudar?

Eu a olhei, ela estava linda completamente diferente da mulher que eu conheci ela não estava com cabelos em um coque baixo com gel nem óculos pretos fundos que mal dava para ver seus olhos verdes piscina. Seu cabelo é lindo, seu rosto e um dos rostos mais lindo que eu já vi eu a  julguei mal e eu sou culpado por isso e agora eu queria correr atrás eu queria mostrar a ela que poderia ser um cara legal que não ligava só para a beleza mas por todas as qualidades interessante que ela tinha. 

Eu não me importava em nada dela porque nada nela me chamava atenção mas ela se arrumou, se arrumou para comer hamburguer comigo. 

— Não faço muita coisa. - Pareceu sem graça. - Mas e você como era sua vida em Atlanta? Deixou para trás toda a sua família como se sente?

— Bom minha mãe morreu cedo infelizmente a escolha dela foi se envolver com homens drogados e ter uma overdose aos vinte anos de idade. Ela pulou todo o processo da vida dela teve filho aos dezenove anos de idade e quando eu tinha apenas um ano de idade ela acabou falecendo mas desde antes disso acontecer o juiz tinha dado a guarda aos meus avós. Eles evitaram até eu ser adulto para me falar realmente como ela era apesar de ter uma vida boa com tudo que eles poderiam proporcionar se relacionou com um homem que apresentou as drogas e fez com que a vida dela fosse tão curta. Meu avo é bancário e reverendo nas horas vagas e ele me disse que eu fui um presente de Deus para o coração deles tão cheio de feridas e que minha mãe foi uma filha prodiga que não teve a chance de voltar para casa. Pois apesar de saber que seu lugar não é ali preferiu continuar com os porcos e se alimentar do que eles se alimentavam e esse foi o destino dela infelizmente. Já meu pai eu não o conheci e nem meus avós sabe de fato quem ele é , tinha teorias mas ninguém de fato soube e sem falar que eles foram tão bons cuidando de mim e me ajudando em tudo que eu nunca procurei saber. Claro que ser policial foi um choque para eles e saber que eu não queria seguir o caminho de Cristo, mas eles aceitaram pois eu estava seguindo a profissão do certo para ajudar pessoas. Sai de lá tem quatro dias não deu tempo de sentir saudade eu morava no apartamento no centro e eles em uma casinha mais afastada no meio dos matos. - Sorri lembrando. - E você? E seus pais? 

— Meus pais morreram em um acidente de avião e hoje vivo com o meu avo na verdade não vivo ele mora em uma casa de repouso por escolha própria dele. Ele se sentia sozinho e eu por trabalhar demais acabei concordando.  Eu sempre dediquei ao máximo em tudo que fiz e eu sempre quis dar orgulho aos meus pais e eu embora sinto muita falta deles eu lembro dos momentos felizes que tivemos e que eles sempre deixavam claro o quanto tinha orgulho de mim. O vovô é a única família que tenho e por isso ele vive me cobrando um marido e bisnetos, tem medo dele morrer e eu ficar sozinha.

— Deve ter sido muito ruim saber que seus pais morreram de uma forma tão trágica. - Respirei fundo. -  Você pensa em ter filhos? Um marido. - Questionei e ela ficou vermelha. - Pergunto por curiosidade nem sempre todos querem isso hoje em dia só quer curtir. 

— É uma das coisas que quero muito. - Pareceu pensar. - Eu me apeguei muito na fé em Deus quando meus pais morreram principalmente quando se vive sozinha a alguns anos. Deve ser por isso que eu me empenho tanto no meu trabalho para me esquecer que o restante do dia ou quando chegar em casa será somente eu. 

— Você não precisa mais se sentir sozinha Lillyzinha, eu estou aqui eu sou seu vizinho podemos assistir filmes de garotas e fazer coisas de garotas. 

Foi Assim Que Aconteceu - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora