𝒮𝓉𝒾𝒸𝒽

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— Você é cientista e tem que ter uma mente brilhante para ser, sem falar que você é herdeira poderia escolher morar em mansões de luxos sem precisar trabalhar,  mas você escolheu morar em uma cidade excluída do mundo, em uma casa pequena, sozinha e ainda por cima trabalhando.

— E o de mínimo, ser cientista é um sonho que Deus realizou não tenho duvidas que foi fruto de muitas orações atendida e apesar de ser herdeira eu entendo que meus pais abriram mão de toda a riqueza por algum motivo, fui criada assim, e está tudo bem eu estou bem com isso.

— Sem falar no seu avo que foi por escolha própria para um asilo, sua vida e uma loucura Lilly Stich.

E então eu levantei uma sobrancelha.

— Stich não é o bichinho azul da Disney?

Então ela deu uma risada.

— Sim, meu nome e Lilly Stich Cobain mas em todos os lugares não uso o nome do meu pai. - Foi para sala e sentou no sofá. - Meu avo me contou que minha mãe não deixou ele colocar Lilo mas concordaram em Lilly por se assemelhar. - Me olhou. - Meu avo é dono do asilo quando ele me disse que queria ir para um eu comprei um e dei de presente para ele não poderia deixar quem fez tanto por mim não viver confortável.

— E você mora aqui?

— Eu gosto daqui, quando vim morar com o vovô foram os melhores dias da minha vida quando mudei de escola conheci a Andy e sua família, foram bons comigo.

— Como a Jheni veio parar aqui? - Questionei

— Fugir. - Deu os ombros. - Quando encontrei ela estava na fila do mercado, Andy puxou assunto ela casou com o cara que eu gostava na época mas se separou logo depois. Depois disso a evitei com todo meu ser ver ela ou saber dela, fui muito machucada na época.

— E não foi por menos. - Respirei fundo. - Eu sinto muito, eu vou tratar ela como profissional e sem duvidas se eu soubesse dessa historia não a chamaria para um almoço.

— Foi um encontro? - Perguntou sem graça depois logo virou para frente. - Quer dizer, não é da minha conta.

— Encontro foi o que tivemos a meses atrás o que rolou hoje foi almoço de amigos. - Respondi sincero. - Olha Lilly nunca liguei para relacionamentos não mesmo, eu me envolvi com muitas mulheres eu não sou um santo e além do mais olha a minha idade e a minha vida. Se é uma coisa que fiz foi viver. Vou ser transparente com você e comigo, se eu te disser que  ela não me atraiu fisicamente eu vou estar mentindo, ela me chamou para um almoço e eu a chamei para vir almoçar aqui, e confesso que por um determinado tempo eu tive interesse nela mas quando você apareceu na sua porta no seu quintal olhando curiosa, eu vi que não adiantava.

— Adiantava o que? Eu juro que não estava olhando por mal e você não me deve explicação nenhuma está tudo bem.

— Mas eu quero te explicar porque você é diferente Lilly, quando eu te vi eu te julguei de varias formas possíveis, o seu cabelo os seus óculos e quando eu vi você arrumada, com roupas de pessoas da sua idade, cabelos soltos, linda e bem cuidada despertou em mim, desejo. E isso não foi ao certo porque você Lilly é totalmente diferente de todas as mulheres que eu conheci, você é linda sim por fora mas é mais ainda por dentro, você é inteligente, esforçada, respeitosa e tem um coração puro, tem algo que muitas da sua idade não tem e não preserva.

— Não sei onde quer chegar.

— Acontece Lilly que eu estou interessado em você mas seria mentira dizer que eu me interesso por você também quando estar de terninho e cabelo de gel. - Falei a verdade e ela ficou sem graça e abaixou a cabeça.

— Não precisamos mesmo começar essa conversa. - Respirou fundo. - Você é o xerife daqui e eu sou uma cientista e antes de você aqui eu vivia minha vida tranquila não precisava me preocupar.

— Se preocupar com o que? - Questionei a interrompendo.

— Em você olhar para alguém e achar mais interessante, ou até mesmo eu criar falsas esperanças achando que finalmente alguém poderia se apaixonar por mim sem olhar o dinheiro minha conta, meu óculos, minhas roupas ou de quem sou filha.

— Acontece Lilly que eu sou apaixonado por você. - Respondi quase de imediatamente. - Mas me desculpa eu ainda tenho um ego masculino horrível que julga você pela forma em que se veste e você sem duvidas não merece isso. Eu não quero que mude por mim eu quero faça isso porque você quer, por que você acha que é o tempo de tal atitude.

— Bom, acho que você pode ir para casa agora. - Levantou e foi abrir a porta e eu levantei do sofá e a olhei.

— Não precisa se esconder Lilly, nem em cabelos presos, óculos maiores que você e roupas feias porque a sua beleza está aqui dentro. - Coloquei a mão em seu coração e senti ele acelerado, uma eletricidade passou por nós dois quase de imediato. Ela me olhou nos olhos como se eles implorasse por algo a mais, como se todas as besteiras fúteis masculina que joguei em sua cara não fosse nada. - Você tem uma mente brilhante Lilly e uma beleza incomparável, as pessoas só pode te chamar de patinho feio se você permitir.

Abaixou a cabeça e eu coloquei as mãos no queixo.

— Olha para mim. - Pedi e ela olhou. - Já está mais do que na hora de tomar um lugar que é seu. - Dei um selinho em seus lábios demorado e logo sai pela porta, sem olhar para trás.

Eu não sei como foi o encontro do meu pai com a minha mãe nem se ele achou ela linda ou também achava ela feia quando não se arrumada, mas eu sei que se eu não sou capaz de amar também a pessoa em seus momentos não tão bons, eu não poderei amá-la de verdade.

Foi Assim Que Aconteceu - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora