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Puxo a Karoline pelo braço e vamos em direção aos vestiários, o segurança que já me conhece abre um sorriso e me dá espaço para entrar

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Puxo a Karoline pelo braço e vamos em direção aos vestiários, o segurança que já me conhece abre um sorriso e me dá espaço para entrar.

— Parabéns pelo gol, meu amor. —Falo pulando nas costas do Yuri.

— Pra você, gatinha. Fiz até o Y, cê viu? —Me dá um sorriso.

Olho de relance para a Karoline e vejo ela revirar os olhos, indo cumprimentar o restante dos jogadores. Eu nunca entendi essa cisma dela com o Yuri, sério mesmo.

— E vocês, seus bando de oreiudo. —A atenção deles se vira pra mim— Saibam que o próximo jogo é guerra! Isso que aconteceu hoje, não pode acontecer no Maracanã. —Suspiro— Aquele merda do Gabigol fazendo de tudo pra sair na vantagem e vocês indo na onda, se deixando abalar. Porra, no Maracanã não tem torcida apoiando nos 90 minutos. Então vamo acorda!

— Falou e disse. —Cássio levanta e eu já sabia que vinha sermão— Não é por nada rapaziada, hoje o jogo foi 1 + 11 nas costas. E vocês sabem que esse 1 foi eu né? Olha o tanto de bola que eu tive que segurar, até o Matheuzinho que é banco foi pra cima hoje. Vamo acordar!

Continuo cumprimentando os meninos e apesar de tudo, dou os parabéns. Hoje ninguém ganhou e ninguém perdeu.
Isso me faz remoer por dentro? Sim! Meu pai deve ter secado uns 5 fardos de cerveja e xingado até a última geração de todos os presentes aqui? Sim!

Mas, ser Corinthians é isso. Apoiar e acreditar em resultados melhores.

— Tô te esperando lá fora. —Dou um selinho no Yuri.

— Demorô, fica naquele lugarzinho do estacionamento pra ninguém te ver.

Saio com a Karoline do vestiário e quando vou atravessar pelo campo, o desgramado que debochou de mim, está dando uma entrevista, debochando da cara do repórter pra variar.

— Gabriel, a gente percebeu que teve uma provocação na hora do seu gol. Teve algum motivo especial? —Escuto um repórter perguntar.

— Provocação do que?

— Você foi comemorar seu gol na frente da torcida do Corinthians.

— O jogo foi na casa deles hoje, só tem Corinthiano. Você queria que eu comemorasse aonde? —Ele abre um sorriso de lado.

Reviro os olhos e vou em direção ao estacionamento. Encostando o corpo no capô do carro do Yuri.

— Não vai ficar ali? —Karoline pergunta e aponta para a porta dos fundos de saída dos funcionários.

— Hoje não, quase todo mundo já foi embora.

Escuto algumas vozes se aproximando da gente e quando olho, os jogadores do Timão vindo pelo lado direito, enquanto os do Flamengo vem pelo lado esquerdo.

Yuri se aproxima, me dá um beijo na testa e abre o carro para eu entrar junto com a Karol.

— Aê, Yuri? Tá ligado que no Maraca é diferente né? Em casa a gente conversa —O tal do Gabigol abre a boca para provocar meu namorado.

— Vamo ver, Gabigol. Se você é tudo isso, mesmo. —Yuri provoca de volta.

— Ah, e tu tá ligado que o maior artilheiro atual do Brasil, sou eu, não sabe? —Gabigol sorri debochado— E avisa sua mina que eu não preciso fazer ballet, mas, é bom ela entrar em umas aulinhas de boxe quando eu resolver abrir minha boca.

— Vai tomar no cu, Gabriel. —Yuri mostra o dedo do meio.

Enquanto o jogador rival sai cantando pneu com a sua Porsche, Yuri entra dentro no carro e soca o voltante.

— O que ele quis dizer com isso? —Pergunto curiosa.

— Eu não sei, Yasmin, eu não sei. —Bufa— Esse cara é um otário.

Olho para a Karol pelo retrovisor e ela me faz uma cara de paisagem que diz "Tem alguma coisa errada".

Yuri me deixa em casa e sai rasgando com o carro. Tentei convencê-lo de ficarmos juntos, mas não rolou. Preciso respeitar o espaço dele, nunca é fácil depois de um empate.

— Caralho, o teu namorado é burro ou só se faz? —Meu pai esbraveja quando eu abro a porta— O Cássio carregou esses jumentos sozinhos. Era pra gente estar com pelo menos 2 gols de vantagem, mas esses pé de rato não ajuda.

— Calma, tio. —Karol falou tentando amenizar a situação.

— Pai, eu falei tudo isso pra eles no vestiário. Eu falei da revolta, falei que eles entregaram o jogo. E o Cássio também falou. —Dou um abraço nele— Já mediu a pressão, Seu Jorge?

— Não quero nem ver. —Pragueja— O tanto de cerveja e salgadinho eu comi hoje com o nervosismo desse jogo, deve tá lá em cima. —Suspira— E aquele Gabigol? Moleque debochado do caralho.

— Ele provocou a Yas naquela comemoração. Mandou até beijo. —A boca de sacola da Karol solta e eu olho pra ela com os olhos arregalados.

— Como é que é? —Se engasga com a cerveja que estava no seu copo.

— Eu xinguei ele, falei que ele não aguentava contato, que tinha que fazer ballet.

— Tomara que suma esse desgraçado.

— Credo, tio! —Karol o repreende.

— Eu concordo, papito. —Faço um toque pra ele e subo para o meu quarto.

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@autora.privbibi

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