3

1.3K 67 34
                                    

— Não acredito que tô aqui nesse camarote no meio desses mulambo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Não acredito que tô aqui nesse camarote no meio desses mulambo. —Praguejo para a Karol enquanto os jogadores se aquecem.

— Era isso, ou a gente assistia do sofá.

— Pelo menos vim com o manto. E o terço de São Jorge também.

— Amém, irmã. —Dou risada.

Uma morena de cabelos curtos com a camisa do Flamengo se aproxima da gente, com duas crianças trajadas com aquele pano de chão também. Coitados!

— Boa noite, meninas. Tudo bem? —Ela sorri perguntando para a gente— Sou a Marília.

— Oi, boa noite. —Eu e a Karol respondemos em uníssono.

— Eu sou a Yasmin e ela a Karol.

— As únicas rivais por aqui. Tem que ter culhão hein? —Marília ri.

— Pois é, essa daqui. —Karol aponta pra mim— Ia ter um treco se assistisse do sofá.

— Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo! —Beijo a camisa que estava no meu corpo.

— E vocês estão acompanhando quem?

— Eu tô acompanhando a Yas, mesmo. —Karol da risada.

— Eu tô acompanhando primeiramente o meu Timão —Bato no peito— E depois aquele carinha ali, é meu namorado. —Aponto para o Yuri se aquecendo.

— Yuri Alberto? —Concordo com a cabeça e percebo ela ficar um pouco desconfortável— Bem vindas ao inferno meninas, vocês vão precisar. —Ri— Mexeram com a honra do nosso Gabi, hoje vai ser doido.

Antes que eu pudesse pensar em responder qualquer coisa, o apito é ouvido. Autoriza o árbitro!

O jogo começa balanceado, o Corinthians perde alguns passes, mas consegue recuperar. As equipes parecem estar reconhecendo o território ainda, sem grandes avanços no meio campo.

Eu não tenho mais unhas no dedo. Com 15 minutos de jogo, sem muita novidade, eu não sei mais o que fazer para passar a minha ansiedade e começo a cantar junto com a Karol.

— A semana inteira, fiquei esperando, pra te ver Corinthians, pra te ver jogando —Começamos a cantar e bater palmas.

Olho para trás e a Marília está dando risada enquanto acompanha a torcida do Maraca nos gritos. E o Poze do Rodo que também estava nesse camarote me encara de cima a baixo, babaca!

O Balbuena está de marcação cerrada no Gabigol, mas ele dribla, avança e arrisca: Gol nos 45 minutos do primeiro tempo. Puta merda! Vamo acordar, Corinthians!

O juiz apita, indicando o fim. Agora a gente só tinha mais 45 para correr atrás do resultado.

— Eu tô nervosa. —Karol fala passando a mãos pelos cabelos.

Cláusula 3 [EM PAUSA]Onde histórias criam vida. Descubra agora