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Suas palavras me acertam em cheio

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Suas palavras me acertam em cheio. Eu não fugi. Eu só...
Na verdade, eu fugi sim. Eu só fugi porque...sei lá. Não sei.
É estranho estar nesse grau de intimidade com um cara que a meses atras eu me sentia enjoada só por escutar o nome. É estranho por eu não controlar minhas emoções na frente desse jogador. É estranho.

E eu só queria ter conseguido fugir pra bem longe, do que estar aqui sentada com essa família. Porque eu gostei, e gostar de alguma coisa depois do Yuri, me assusta!

— Talvez se você tivesse falado a verdade, eu ainda estaria no quarto de hóspedes uma hora dessas. —Respondo no mesmo tom— Ops! Esqueci que a Dhiô ficou com a chave.

— Bi, na boa, você não me enfiou no meio da sua mentira para dormir com a loirinha, né? —Revira os olhos.

— Crianças, sem briga na mesa né? —Tia Linda revira os olhos— Como foi sua noite meu bebê? Dormiu bem? —Que o jogador era mimado eu já sabia, mas o "bebê" saiu tão engraçado que eu não consegui segurar o meu riso de lado.

— Mãe! —A repreende—Tinha como dormir mal do lado da loirinha? —É, o Gabriel debochado acordou.

— Imagino que não. —Tio Valdemir dá um sorrisinho e entra na onda do filho, recebendo uma cotovelada da esposa— Ai.

— Mas, me fala Yas, como é a sua família? Maluca igual a minha? —Dhiô me pergunta e os olhos se voltam pra mim. É irônico dizer isso, mas, odeio ser o centro das atenções.

— Ah —Pigarreio— Meu pai é sensacional, ele é um cara foda! Me deu todo o amor do mundo e me ensinou que eu não mereço pouco. O amor pelo Corinthians veio dele, então já sabem que ele é uma boa fonte de inspiração né? —Todos da mesa riem.

— E sua mãe? Como ela é? —Tia Linda pergunta.

Falar da minha mãe não é fácil, ninguém me perguntava dela. Era uma ferida que ainda estava aberta, e eu acredito que nunca vai cicatrizar.

— Bom...—Respiro fundo— Minha mãe faleceu. —Eu odiava esses olhares de dó— Mas, ela era uma pessoa sensacional.

— Oh meu amor...—Tia Linda se levanta da mesa e vem ao meu lado. Me dando um abraço apertado. Sinto o amor nela.— Desculpa, não queria tocar na sua ferida...Mas, saiba que agora você me tem, jamais vou suprir o lugar da sua mãe, mas tenho um lado materno sempre que precisar.

— Obrigada, tia. Obrigada mesmo. —Sinto as mãos do Gabriel nas minhas costas, como se ele quisesse dizer que estava ali. Mas, isso me conforta de alguma forma— Agradeço a vocês pelo café da manhã, principalmente pelo cuscuz paulista, matou um pouquinho da saudade de casa. —Abro um sorriso— Mas, deu minha hora, preciso ir.

— Tá maluca? —É a vez dele falar— A gente vai curtir uma praia. Karolino me mandou mensagem, tá esperando a gente.

— Karolino? —Fabinho ri— Que porra é essa, Gabi?

Cláusula 3 [EM PAUSA]Onde histórias criam vida. Descubra agora