1- Tem que ter festa

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Nota da autora: Eu fiz um post oficial sobre as informações mais importantes da fic lá no insta @ flertandoaos40 ;)
Dá uma passadinha lá antes de começar a leitura



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Estava sendo difícil acreditar que já era Novembro outra vez, porque às vezes parecia que Magnus piscava e mais um ano já tinha se passado.

Talvez fosse por causa da expectativa do Natal e Ano Novo, ou talvez porque era a época do seu aniversário e ele já não conseguia mais se empolgar como antigamente.

Seu irmão, Ragnor, dizia que ele estava com síndrome da velhice, mas isso era fácil de falar quando se tinha 30 anos e não 40.

Quarenta!

Magnus sentia um novo cabelo branco surgindo cada vez que se lembrava disso, mas a tal síndrome da velhice amenizava um pouco sempre que seus maiores presentes acordavam e a casa se enchia de passinhos e gritinhos.

- Bom dia, papai! - Seus filhos disseram ao mesmo tempo, abraçando suas pernas antes de sentarem diante da ilha na cozinha em completa expectativa para o café da manhã.

Rafael e Theresa Bane.

Rafe era um garotinho adorável de 10 anos que amava esportes, principalmente aqueles radicais que quase provocavam um ataque cardíaco em Magnus só de imaginar.

Já Tessa era mais tranquila. A princesinha de 7 anos que adorava praticar balé.

Os dois eram sua maior benção, e Magnus seria eternamente grato por ter ficado com a guarda deles depois que Camille pediu o divórcio.

Um divórcio que com certeza contribuía para sua aversão ao próprio aniversário.

Magnus amava e sempre amaria aquela bela morena que fora sua parceira desde a faculdade, mas ele não podia negar que aquele relacionamento de 18 anos tinha esfriado em algum momento, e insistir não parecia valer a pena para nenhum dos dois.

Talvez tudo tenha acontecido de uma hora para outra, ou talvez Magnus tenha sido cego o suficiente para não enxergar o que estava bem diante de seus olhos, o inevitável "Fim", mas ele e Camille ainda eram amigos, ela era uma boa mãe que ligava sempre que podia e visitava os filhos algumas vezes por mês.

Ela também tinha um espírito livre e aventureiro que Magnus não se permitia ter, não quando sua vida girava completamente em torno de Rafe e Tessa.

- Já escovaram os dentes e arrumaram a cama? - Ele perguntou para as crianças, que assentiram imediatamente.

- Sim, papai.

- Ótimo. E ainda levantaram sem que eu precisasse chamar duas vezes, então estão merecendo panquecas com calda de chocolate.

Tessa bateu palminhas com um enorme sorriso, e Rafe deu um soquinho de vitória no ar.

Magnus riu e voltou a se ocupar no fogão, concentrado em colocar a massa nas forminhas divertidas até ouvir a voz do filho novamente.

- Ô pai. Quando nós vamos comprar a árvore de Natal?

- Quando chegar mais perto do Natal? - Ele arriscou, mas Rafe não ficou satisfeito com sua resposta distraída.

- Tudo bem, eu sei que falta um mês ainda, mas não podemos deixar pra última hora que nem no ano passado.

- Todas as árvores bonitas já terão sido vendidas se não formos logo. - Tessa completou com um beicinho capaz de desarmar até o vilão mais cruel.

Redescobrindo o Amor aos 40Onde histórias criam vida. Descubra agora