Magnus tentou dormir durante o voo, mas sua mente estava agitada demais para isso, e a sensação de vazio no seu peito era inesperada e quase dolorosa.
Talvez esse fosse um efeito colateral de uma situação como essa, quando você conhecia uma pessoa muito incrível, e depois, por algum motivo, a deixava para trás.
Foi assim que ele se sentiu quando Camille pediu o divórcio, e agora era como estava se sentindo ao se despedir de Alec, o que era assustadoramente surpreendente, porque Camille foi sua parceira por 18 anos, e Alec foi um garoto que conheceu por apenas 3 dias.
Mesmo assim, Magnus não teve coragem de olhar para trás depois daquele último beijo, do último abraço, e agora não conseguia parar de pensar no que Alec poderia ter dito.
Quando ainda estavam dentro do jeep, era visível a ansiedade do garoto, como se ele quisesse dizer algo e acabasse desistindo no último segundo. Ele até mesmo abriu a boca algumas vezes, mas logo a fechou, e Magnus não sabia se agradecia ou lamentava por isso.
Será que ele pediria para que ficasse mais um pouco?
Será que ele diria: "Foi legal, mas agora adeus"?
Ou será que ele diria: "Eu vou sentir a sua falta"?
Ou quem sabe um: "Já vai tarde, velhote"
Alec com certeza jamais o chamaria de velhote, mas pensar nisso era mais fácil do que se ele dissesse que sentiria sua falta.
Isso sim seria insuportável de aguentar.
Magnus deu uma espiada pela janela e soltou um suspiro, vendo aquele paraíso se distanciando cada vez mais enquanto o avião começava a atravessar o oceano.
Não havia ninguém sentado ao seu lado, então ele pegou o travesseiro oferecido pela aeromoça e ficou agarrado nele durante aquelas incontáveis horas, tentando reorganizar os seus pensamentos para a realidade até o piloto anunciar que o pouso em Chicago seria em alguns minutos.
Magnus espiou pela janela novamente, sentindo a familiaridade da sua terrinha, e a neve caindo em pequenos floquinhos, uma demonstração suave de como seria o Natal no mês seguinte.
Quando o avião pousou e os passageiros começaram a ser liberados, ele pegou o casaco da mala e começou a desembarcar.
Seus pensamentos ainda divagavam pelas melhores férias da sua vida, mas a realidade também era maravilhosa e ele ansiava por isso.
Magnus ouviu um coro de "Papai", e logo avistou Rafe e Tessa acenando com pulinhos antes saírem correndo.
Um sorriso enorme se abriu, e aquela sensação de vazio finalmente foi preenchida pelas suas duas joinhas preciosas.
A mala caiu no chão e ele se abaixou para abraçar seus filhos com todas as forças, não querendo soltar nunca mais.
- Papai... assim não dá pra respirar. - Tessa reclamou com uma risadinha, e Magnus se obrigou a afrouxar o aperto, substituindo o abraço por beijos.
- Desculpe, minha princesa linda. É que eu estava morrendo de saudade.
- Nós também. - Ela disse enquanto pulava no seu colo, agarrada no seu pescoço enquanto Rafe agarrava sua perna. - Você gostou do Havaí?
Magnus sabia que deveria ter pensado na ilha e naquelas praias maravilhosas, mas quando respondeu que gostou muito, estava pensando em Alec.
Camille e Charles também estavam ali querendo saber sobre a viagem, então os 5 foram fazer um lanche enquanto Magnus fazia um breve resumo, se limitando a dizer que fez amizades na ilha e que foram férias perfeitas, apesar de curtinha.
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Redescobrindo o Amor aos 40
Fiksi PenggemarMagnus Bane é um pai divorciado que só vivia pelos filhos e pelo trabalho, até receber um presente que mudou a sua vida para sempre: A chance de redescobrir o amor.