11- Contrato da família

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Magnus tentou dormir durante o voo, mas sua mente estava agitada demais para isso, e a sensação de vazio no seu peito era inesperada e quase dolorosa.

Talvez esse fosse um efeito colateral de uma situação como essa, quando você conhecia uma pessoa muito incrível, e depois, por algum motivo, a deixava para trás.

Foi assim que ele se sentiu quando Camille pediu o divórcio, e agora era como estava se sentindo ao se despedir de Alec, o que era assustadoramente surpreendente, porque Camille foi sua parceira por 18 anos, e Alec foi um garoto que conheceu por apenas 3 dias.

Mesmo assim, Magnus não teve coragem de olhar para trás depois daquele último beijo, do último abraço, e agora não conseguia parar de pensar no que Alec poderia ter dito.

Quando ainda estavam dentro do jeep, era visível a ansiedade do garoto, como se ele quisesse dizer algo e acabasse desistindo no último segundo. Ele até mesmo abriu a boca algumas vezes, mas logo a fechou, e Magnus não sabia se agradecia ou lamentava por isso.

Será que ele pediria para que ficasse mais um pouco?

Será que ele diria: "Foi legal, mas agora adeus"?

Ou será que ele diria: "Eu vou sentir a sua falta"?

Ou quem sabe um: "Já vai tarde, velhote"

Alec com certeza jamais o chamaria de velhote, mas pensar nisso era mais fácil do que se ele dissesse que sentiria sua falta.

Isso sim seria insuportável de aguentar.

Magnus deu uma espiada pela janela e soltou um suspiro, vendo aquele paraíso se distanciando cada vez mais enquanto o avião começava a atravessar o oceano.

Não havia ninguém sentado ao seu lado, então ele pegou o travesseiro oferecido pela aeromoça e ficou agarrado nele durante aquelas incontáveis horas, tentando reorganizar os seus pensamentos para a realidade até o piloto anunciar que o pouso em Chicago seria em alguns minutos.

Magnus espiou pela janela novamente, sentindo a familiaridade da sua terrinha, e a neve caindo em pequenos floquinhos, uma demonstração suave de como seria o Natal no mês seguinte.

Quando o avião pousou e os passageiros começaram a ser liberados, ele pegou o casaco da mala e começou a desembarcar.

Seus pensamentos ainda divagavam pelas melhores férias da sua vida, mas a realidade também era maravilhosa e ele ansiava por isso.

Magnus ouviu um coro de "Papai", e logo avistou Rafe e Tessa acenando com pulinhos antes saírem correndo.

Um sorriso enorme se abriu, e aquela sensação de vazio finalmente foi preenchida pelas suas duas joinhas preciosas.

A mala caiu no chão e ele se abaixou para abraçar seus filhos com todas as forças, não querendo soltar nunca mais.

- Papai... assim não dá pra respirar. - Tessa reclamou com uma risadinha, e Magnus se obrigou a afrouxar o aperto, substituindo o abraço por beijos.

- Desculpe, minha princesa linda. É que eu estava morrendo de saudade.

- Nós também. - Ela disse enquanto pulava no seu colo, agarrada no seu pescoço enquanto Rafe agarrava sua perna. - Você gostou do Havaí?

Magnus sabia que deveria ter pensado na ilha e naquelas praias maravilhosas, mas quando respondeu que gostou muito, estava pensando em Alec.

Camille e Charles também estavam ali querendo saber sobre a viagem, então os 5 foram fazer um lanche enquanto Magnus fazia um breve resumo, se limitando a dizer que fez amizades na ilha e que foram férias perfeitas, apesar de curtinha.

Redescobrindo o Amor aos 40Onde histórias criam vida. Descubra agora