7- Surfista anjo milagroso

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Magnus não soube dizer em que momento adormeceu, mas foi difícil resistir quando seu corpo estava tão em paz que entrou naquele estado sereno depois da melhor transa da sua vida.

Sim. A melhor.

Camille que o perdoe, mas ele não conseguiria negar isso nem se tentasse. Ter o corpo musculoso de outro homem sob e sobre o seu enquanto rolavam pela cama foi quase mágico, e talvez se sentir assim fosse uma consequência inevitável depois de passar tanto tempo ignorando a carência, mas ele se lembrava daquela noite com uma riqueza de detalhes.

Lembrava de dizer que parecia ser a sua primeira vez, e lembrava de Alec o beijando e respondendo que era mesmo, sua primeira vez com ele.

Também lembrava de como se sentiu seguro, feliz, e muito excitado. Em como se deixou levar e abandonou completamente a vergonha para se entregar sem reservas.

Apesar de no início ter sido assustadora a ideia de transar com um garoto que conheceu naquele mesmo dia, Magnus não se arrependia de nada, pelo menos até os raios de sol começarem a invadir o quarto.

Magnus amaldiçoou a cortina aberta, e foi abrindo os olhos devagar, virando preguiçosamente até perceber que estava sozinho ali.

O lado da cama que Alec usou para recuperar as energias durante a noite estava frio ao toque, indicando que ele partiu há um tempo, e Magnus se sentiu um idiota por pensar que seria diferente, por pensar que acordaria e encontraria aquele Anjo ao seu lado.

Mas é claro que Alec não tinha motivos para permanecer, e mesmo assim, Magnus continuou sendo idiota ao imaginar que ele estivesse no banheiro.

Não estava.

Todos os vestígios daquela noite tinham desaparecido, e até mesmo a caixinha com camisinhas e lubrificante estava fechada de volta no armário.

Com um suspiro Magnus lavou o rosto, apoiou as mãos contra a pia e ficou encarando seu reflexo no espelho.

Tudo poderia ter sido um sonho, mas as marcas de que a noite passada tinha sido mesmo real estavam ali. Nada muito gritante porque Alec tinha sido gentil e cuidadoso na maior parte do tempo, mas dava pra ver a vermelhidão em alguns pontos sensíveis de sua pele bronzeada.

Pescoço, peito, ombros e coxas.

Magnus não se virou, mas tinha certeza de que suas costas também estavam marcadas porque Alec o segurou com força enquanto seus corpos se chocavam sem parar.

Inconscientemente ele tocou em seu pescoço com a ponta dos dedos, tocou em seus próprios lábios e fechou os olhos, ainda sentindo o formigamento de onde Alec havia tocado, desde o primeiro beijo na praia.

O gosto, as sensações, a satisfação, tudo estava tão claro que pareciam estar acontecendo agora mesmo, mas não estavam porque Alec tinha ido embora.

Com um suspiro, Magnus entrou no box e ligou o chuveiro. A água morna contra seu corpo tenso foi uma benção, mas ele não demorou muito. Precisava do seu irmão mais do que nunca, então se enrolou com um roupão por cima da cueca e pegou o celular perdido no bolso da calça jogada no meio do quarto.

Ragnor deve ter lido a sua mente de alguma forma porque já estava ligando.

- Parabéns! Parabéns! Hoje é o seu dia, que dia mais feliz. Parabéns! Parabéns! Cante novamente que a gente pede bis!

Magnus não conteve uma risada ao ouvir seu irmão cantando antes mesmo que ele pudesse dizer "alô".

- É sério mesmo que você está cantando Xuxa pra mim?

- Culpa da sua filha, maninho. Tem noção de quantas vezes ela me fez escutar esse troço?

- Tenho noção de que me arrependo profundamente de ter comprado aquele DVD quando ela tinha 5 anos, mas felizmente ela está na fase do RBD agora.

Redescobrindo o Amor aos 40Onde histórias criam vida. Descubra agora