Nota da autora: Agora os capítulos serão na quarta. Beleza?
~
Magnus acordou com sensação de que sua cabeça era um prego e tinha um martelo batendo nela repetidas vezes, mas isso não afetou a sua memória da noite anterior.
Ele se lembrava do jantar, do passeio no calçadão, da festa com os amigos de Alec, e de como os dois terminaram a noite naquela cama de um maravilhoso resort.
Agora Magnus acordou exatamente como foi dormir, com um sorrisinho se abrindo involuntariamente ao ver que Alec ainda estava do seu lado, esparramado de bruços e com sua bunda redondinha coberta apenas pela cueca justa.
Ele estava com os braços embaixo do travesseiro e o rostinho amassado e ainda adormecido virado na sua direção.
Já havia alguns pelinhos crescendo no seu queixo, e Magnus ficou imaginando como ele ficaria de barba, mas estava tão imerso naquele momento visualmente perfeito que se assustou quando Alec começou a abrir aqueles inacreditáveis olhos azuis.
- Bom dia. - Ele disse, ainda meio grogue de sono.
- Bom dia. - Magnus respondeu e se cobriu com o lençol até a cabeça. Parecia uma criança envergonhada ao ser pega no flagra.
- O que foi?
- Nada.
- E porque você se cobriu assim?
Magnus não podia vê-lo agora, mas sentiu o colchão mexendo e o corpo sarado de Alec se aproximando.
- Eu não estava te encarando de um jeito psicótico enquanto você dormia, tá? Eu juro.
Alec riu e tentou tirar o lençol do seu rosto, mas Magnus abaixou apenas o suficiente para revelar seus olhos.
- Eu nem pensei nisso, Magnus.
- Que bom.
- Mas você estava me olhando de um jeito não psicótico? - Ele provocou.
- Sim, mas em minha defesa, eu seria idiota se não olhasse. Você sabe como é lindo até com a cara amassada de sono? Isso é irritante.
- E você está me elogiando ou me depreciando agora?
Magnus suspirou e finalmente tirou o lençol do rosto. É claro que Alec estava sorrindo e o puxando contra seu corpo, então apoiou a cabeça no ombro dele e ergueu a mão para acariciar seu maxilar.
- Eu não conseguiria te depreciar nem se tentasse. Só estava imaginando como você fica de barba.
- Acho que nem eu me lembro direito. Comecei a me barbear aos 20, e tem sido uma rotina.
- Eu entendo. - Magnus divagou, ainda acariciando o queixo dele. - Eu costumava usar cavanhaque, mas quando era menorzinha a Tessa se assustava porque pinicava sempre que eu a beijava, então eu nunca mais deixei crescer.
- Você acha que ela ainda se assustaria se deixasse crescer agora?
- Provavelmente não. O namorado da Camille tem barba, e que eu saiba ela nunca reclamou.
Alec assentiu fraquinho, e de repente também começou a acariciar o queixo de Magnus, traçando o desenho invisível de um cavanhaque ao redor da boca.
- Talvez... - Ele disse, um pouco hesitante. - se um dia nos encontrarmos de novo, você esteja de cavanhaque e eu de barba.
Magnus sentiu a mão travar no rosto dele, e seria uma grande falsidade da sua parte se dissesse que nunca tinha pensado nisso... pensado em vê-lo novamente, mas aquele era seu último dia de férias. Era seu último dia no Havaí. E era seu último dia com Alec porque cada um seguiria seu caminho depois daquela noite, então ele optou por não responder nada, apenas abriu um sorrisinho e beijou sua bochecha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Redescobrindo o Amor aos 40
FanficMagnus Bane é um pai divorciado que só vivia pelos filhos e pelo trabalho, até receber um presente que mudou a sua vida para sempre: A chance de redescobrir o amor.