Nota da autora: ooooook, agora vocês aguentem firme porque semana que vem vai ser só 1 capítulo (na quarta)
PS: A partir dos (****) já começa o ponto de vista do Alec ;)
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Todo ano o Natal costumava ser agitado, com a casa cheia de família e amigos o dia inteiro.
Já o Ano Novo era bem mais tranquilo porque Ragnor, Raphael, Catarina e Camille sempre viajavam para onde bem entendessem enquanto Magnus curtia um tempinho mais aconchegante com as crianças, sem toda a correria da escola, cursinhos e trabalho.
Geralmente ele levava Rafe e Tessa para o Winter WonderFest, que era um evento belíssimo e tematizado em Chicago, com várias pistas de patinação e um pequeno parque de diversões que também contava com apresentações de teatro infantil e até algumas atrações musicais para a família inteira.
Rafe e Tessa amavam aquele passeio, e para Magnus era sagrado leva-los todo ano, mas dessa vez as coisas seriam um pouco diferente.
O Winter WonderFest acontecia no interior da cidade, e por isso Magnus alugava um quarto de hotel próximo para poderem aproveitar no mínimo dois ou três dias de evento, mas dessa vez Jem foi convidado, e eles aproveitariam apenas um dia porque Camille perguntou se poderia levar as crianças para esquiar no Canadá durante a primeira semana de janeiro, partindo logo depois da virada.
Ragnor surtou quando soube disso, e considerou como mais um "sinal do destino".
"Viu só?! A Camille sempre vai viajar com o namorado nessa época, mas agora quer levar as crianças junto. É um sinal descarado pra você ir pro Havaí"
Magnus teimou e insistiu que era só mais uma coincidência, mas enquanto Rafe, Jem e Tessa patinavam numa das pistas de gelo com os personagens do teatro que viram mais cedo, ele encarava seu próprio reflexo num pequeno globo de neve espelhado de uma lojinha.
Ele encarava e acariciava o seu cavanhaque distraidamente, lembrando do que Alec disse na última noite que passaram juntos, mais de um mês atrás.
"Talvez... se um dia nos encontrarmos de novo, você esteja de cavanhaque e eu de barba."
Magnus não queria admitir que tinha deixado o cavanhaque crescer a partir daquele momento com a esperança de vê-lo de novo, mas o fato é que tinha.
Ele largou o pequeno globo de volta no lugar e olhou para as crianças na pista mais uma vez. Os 3 estavam tão felizes, tão leves e despreocupados, e Magnus queria se sentir assim também, por isso tirou o celular do bolso e discou o número que tinha decorado de tanto olhar pra ele.
Naqueles 5 dias desde a ligação de Alec, os dois trocaram poucas mensagens. Apenas "Tenha um bom dia" ou "Durma bem"
Em nenhum momento Alec o pressionou ou exigiu uma resposta, mas era Magnus que estava desesperado, então simplesmente ligou.
Alec atendeu no terceiro toque dizendo: "Oi, Bane", e Magnus não tinha certeza se era mesmo possível saber se alguém estava sorrindo apenas pelo tom de voz, mas era exatamente assim que Alec parecia estar.
Inclusive Magnus adorava a forma dele dizer seu sobrenome, baixo e provocativo, como se os dois estivessem juntinhos num momento íntimo.
Era bem diferente de quando as pessoas o chamavam de Dr. Bane no consultório, e talvez por isso ele gostasse tanto.
- Oi. - Magnus respondeu, soando mais nervoso do que gostaria. - Você está ocupado agora?
- Não. Por aqui está bem tranquilo hoje. Nessa época os turistas preferem andar de barco e mergulhar, então estou apenas me bronzeando um pouco na praia.
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Redescobrindo o Amor aos 40
FanfictionMagnus Bane é um pai divorciado que só vivia pelos filhos e pelo trabalho, até receber um presente que mudou a sua vida para sempre: A chance de redescobrir o amor.