8- Eu estraguei tudo

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Sair daquele quarto foi mais difícil do que Magnus pensava, especialmente quando seu corpo se encaixava tão bem ao de Alec na cama. Mas agora os dois estavam no terraço, dentro de uma piscina enorme com uma boia flutuando com um delicioso café da manhã.

Não havia mais ninguém ali, e Magnus aproveitou para continuar beijando Alec, escorado na borda e com as pernas ao redor do quadril dele.

Aquilo tudo ainda parecia ser uma loucura, do tipo que Magnus mandaria internar se lhe dissessem que isso iria acontecer bem no seu aniversário, mas agora ele só queria agradecer ao que quer que tenha colocado aquele garoto no seu caminho quando mais precisava e menos esperava.

- Você gostaria de ir nadar? - Alec perguntou de repente, com a boca deslizando por seu pescoço, e Magnus mal conseguiu compreender as palavras.

- Já não estamos fazendo isso?

- Tecnicamente estar dentro da água não significa estar nadando. - Ele respondeu rindo. - E eu quis dizer no mar.

- Ah.

- Seria muito bom continuarmos aqui nos beijando, mas também seria um pecado você perder as maravilhas do Havaí.

*As outras maravilhas, né?*

- Tem razão. Eu gostaria muito de ir nadar no mar.

Alec sorriu e lhe um selinho antes de começar a sair da piscina e pegar uma toalha para colocar sobre os ombros de Magnus.

Era impressionante como ele conseguia ser tão atencioso e cuidadoso até nos gestos mais simples, e isso dificultava lembrar que ele era real, e não um fruto muito perfeito da sua imaginação.

Durante o caminho, Magnus se surpreendeu outra vez ao ser guiado até um jeep azul, e esse jeep começou a percorrer algumas ruas, depois algumas trilhas, até parar num píer.

Lá na ponta, flutuando naquela imensidão azul cristalina, tinha uma lancha maravilhosa, e Nick Diaz estava escorado nela, assoviando distraído até avistar os recém chegados e abrir um sorrisão de orelha a orelha.

Sua pele bronzeada e os cachinhos escuros pareciam se destacar e encaixar ainda mais naquele cenário paradisíaco.

- Magnus Bane. É sempre bom vê-lo.

- Sóbrio, eu espero. - Alec resmungou, mas não parecia bravo. A amizade entre os dois era realmente genuína.

- Claro. Claro. Foi mal por ontem.

Magnus sorriu.

- Tudo bem. Acho que se você não tivesse dito que o Alec ficou nervoso eu não sei se estaríamos aqui agora.

- Ah viu só! Eu ajudei. - Nick comemorou, e Alec tentou esconder um sorriso enquanto entrava na lancha, mas falhou. - Então tá, meus queridos. Estou muito feliz em ver que vocês dois estão se dando bem, mas tá na minha hora.

- Você não vai com a gente? - Magnus perguntou, entrando no barco também enquanto Nick se abaixava e desamarrava a corda que a prendia no píer.

- Não, não. Eu só vim abastecer algumas coisinhas e dar um Oi. Eu peguei umas aulas extras, então tenho que voltar para o trabalho porque o moço ali tá de folga.

- Ah! Desculpe. Acho que a culpa disso é minha.

- Não se desculpe, Magnus. Eu estou grato porque é mais grana pra mim. - Ele cantarolou, dando um tapinha no bolso da bermuda para enfatizar que estava tudo bem.

Depois disso Nick deu uma piscadinha, e Magnus apenas observou, um pouco distante, Alec indo até o amigo e cochichando algo que o fez sorrir.

Talvez fosse um agradecimento, ou alguma outra coisa, mas havia tanto afeto no abraço que eles deram que Magnus desviou o olhar para não atrapalhar a privacidade deles.

Redescobrindo o Amor aos 40Onde histórias criam vida. Descubra agora