Revenge is Sweet

Capítulo 15

...

Um ar inquieto de excitação tomou conta do castelo com a aproximação do amanhecer. Todas as quatro casas acordaram estranhamente cedo para se preparar para o baile, para grande exasperação de seus professores.

Rapidamente derrotados, os funcionários cederam e deixaram as crianças indefesas e hiperativas entregues à sua própria sorte. Seguindo ordens específicas de Dumbledore, eles já estavam apressados, colocando decorações, organizando entretenimento de última hora e conduzindo extensas medidas de segurança.

A Taça das Casas havia sido concedida na noite anterior, enquanto toda a escola desfrutava de uma barulhenta festa de final de ano. No final do baile, o dia seguinte prometia apenas analgésicos para a ressaca e um trem de volta cedo para o mundo trouxa.

Severus teve a infelicidade de ser rudemente acordado de suas próprias noites de sono intermitente. Estremecendo de desgosto, ele arrastou o travesseiro ainda mais sobre a cabeça até que a onda de gritos estridentes foi reduzida a um eco abafado. Suas feições sonolentas se transformaram em uma carranca enquanto ele amaldiçoava as crianças infernais que o haviam acordado àquela hora.

Fechando os olhos com força, ele se permitiu voltar a um estado letárgico, onde por muito tempo se imaginou em um local mais preferível... Um banho. Mãos molhadas e escorregadias percorriam todo o seu corpo, sondando, vagando... mergulhando nas curvas e explorando extensões de pele oca... excitando-o além da compreensão. Resistindo, ofegando, sacudindo-se, ele nunca havia experimentado uma sensação tão gloriosa.

Com os lábios se contraindo com a doce lembrança, Severus deleitou-se com as dores em seu corpo, centradas em sua virilha cansada. Ele lembrou que tinha vindo naquele dia, bastante vocalmente, mais vezes do que poderia explicar...

Severus abriu os olhos com o som inconfundível de pés arrastando, quase inaudível através da fina parede de pedra que o separava do corredor externo. Perturbado pela lembrança erótica de seu último encontro com James, ele só podia rezar para que seus excitáveis ​​colegas da Sonserina passassem rapidamente e não tropeçassem em seu esconderijo secreto.

Ele tinha certeza de ter imaginado isso, mas podia sentir o teto balançando acima dele, o que só aumentava a sensação de caos total nos níveis superiores do castelo. Ele ficou tentado a lembrar a cada aluno, com acidez severa, que o baile era apenas uma festa. Foi um evento anual previsível que dificilmente justificava tal histeria.

Mas até Severus sabia que isso não era verdade. O baile foi uma extravagância... Foi uma noite de música alta sem fim, confusão e quebra desenfreada de regras...

Tirando relutantemente o travesseiro do rosto, ele jogou o edredom de lado e foi até o banheiro, onde encontrou seus próprios olhos cansados ​​no espelho. Ele parecia especialmente magro e pálido em sua camiseta branca suja e calça larga de pijama. Ainda era difícil acreditar que, há poucas horas, alguém tivesse acariciado uma carcaça tão ossuda e mimada com afeto aberto.

Severus sorriu vagamente e desviou o olhar para escovar os dentes agressivamente, não parando até que sua saliva ficou vermelha de forma satisfatória. James pode apreciar seu corpo, mas duvidava que algum dia o fizesse.

Ele estava em profundo conflito. Esta noite teria sido a noite em que ele exporia James Potter como ele realmente era. Mas o que ele era realmente? Ele era tudo que Severus pensava que era? Provavelmente, ele pensou... Mas agora que ele era seu , nada disso parecia importar.

Parecia que há muito tempo ele havia feito esse juramento a si mesmo.

Voldemort era um farol escuro chamando por ele e James Potter era um caminho de luz e... confusão. Ele sabia onde pertencia, mas onde queria estar era um lugar muito diferente.