31. doentes de amor

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*cheguei não sabendo mais escrever, me deem um desconto existe a vida antes do Twice em solos BR e a vida pós Twice em solos BR - eu não sei de mais nada tamanho foi o impacto (só sei que esse tomou o posto de maior cap... como? boa pergunta, tentando descobrir até agora


p.s: a doente sou eu


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Não. Jihyo e Daniel mal conversaram durante aquele reencontro, não porque estavam loucos de saudade e não se aguentavam perto, claro que não. Pelo menos, não do ponto de vista da Park já que a primeira coisa que o rapaz fez depois de cumprimentá-la foi: a beijar de repente. Segurou o corpo dela com força contra o seu como se fosse a coisa mais simples do mundo, como se não tivessem separados há cinco anos. E tudo o que Jihyo fez, a princípio, foi ficar ali, completamente estática. Não esperava aquela atitude do Kang. Mas, bastou ele enfiar a língua na sua boca para a mente dela reiniciar, foi quando juntou forças empurrando-o para longe de si, extremamente desconfortável, aborrecida e indignada.

Ele sequer tinha se dado ao trabalho de saber se ela queria ou se estava comprometida antes, o que estava – jamais trairia a confiança de alguém, ainda mais alguém tão maravilhosa como Chou Tzuyu. Se pudesse voltar no tempo, teria contado o que estava acontecendo para sua namorada, teria a levado junto, teria a apresentado para seu ex e evitado tudo isso. O que a aliviava é que não havia sentido um pingo de atração ou sentimento por Daniel. A esquisitice de manhã estava mais para intuição de que algo ruim aconteceria. Aquele beijo forçado era a prova disso. E dali para frente Jihyo tinha duas escolhas, contar tudo para Tzuyu ou esconder a existência de Daniel e daquela ocorrência infeliz.

Sabia o que fazer.

Já se sentia muito culpada por não ter mencionado que seu ex estava procurando por ela de manhã, quando teve chance, assim que descobriu. Seu primeiro erro foi esse. Se fosse ao contrário, não gostaria nada que Tzuyu fosse encontrar às escondidas uma ex-namorada e que terminasse a noite sendo beijada por ela. Mesmo que a força, sem querer. Então, contaria tudo a taiwanesa, pediria desculpas e nunca mais deixaria acontecer. Ainda que não tivesse a mínima pretensão (muito menos desejo) parecia traição. Não suportava essa ideia. Sentia-se A pior pessoa do mundo.

Daniel se espantou com a reação dela, nunca viu Jihyo tão furiosa. Seu dedo indicador indo parar no meio da cara dele, o boné oliva com sua aba lá em cima quase caindo da cabeça, a camisa larga e escura cobrindo parte da legging preta, tênis de corrida claros. Era engraçado o contraste, Kang estava de blazer verde, calça jeans na metade das canelas e sapatos pretos slip-on, o cabelo puro gel. Pinta de riquinho. E era mesmo... Não que ela fosse pobre. Não era. Tzuyu também não. Todos tendo em comum a classe social.

— E-enlouqueceu, Daniel!? — Seus olhos deixavam muito claro o espanto. — COMO É QUE VOCÊ CHEGA ME BEIJANDO DESSE JEITO? Não tem esse direito, não!

— Você não lembra, Jihyo-ssi?

— Lembrar o quê?

— Da nossa promessa.

— Promessa?

— Sim. — Ele tentou pegar nas mãos dela, mas Jihyo deu um passo para trás cruzando os braços. — Juramos que a primeira coisa que a gente faria quando tivéssemos chance de... Sabe, nos reencontrar, era dar um beijo pra ver se nosso amor ainda vive. Não importa o que ou quem estivesse no caminho... E eu ainda te amo. Nunca deixei de amar.

— Tá legal... Nós não somos mais adolescentes, Daniel. Muitas coisas mudaram nesses anos. Perdemos contato, eu tive outros relacionamentos, acredito que você também. Tô em outra página da minha vida agora, por isso... Foi muito desrespeitoso da sua parte me beijar assim de surpresa. Eu namoro, sabia? Tô me sentindo horrível. Não foi legal.

Namorada de Mentirinha - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora