39. continue a nadar

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*meus hábitos nada saudáveis continuam e eu? nadaaa uhauhauh tô bem, tô bem o.O 


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Não eram raras as vezes que Momo acabava dando pisões e/ou cabeçadas nas pessoas acidentalmente por aí, acontecia bastante em duas ocasiões: 1. Quando estava tímida demais; 2. Quando estava empolgada demais. Naturalmente, quem mais sofria cabeçadas e pisões nos últimos tempos era Myoui Sharon. Ou como era conhecida no exterior, Sharon M. Swan – filha de Steve Swan, dono de uma das maiores empresas de consultoria ambiental e meteorológica dos EUA. E o que ela fazia diante dos pisões e cabeçadas? Ria. Hirai, por outro lado, morria de culpa e vergonha. Daquela vez, estavam em algum lugar da universidade – nos fundos de uma estufa, repleta de flores coloridas por dentro e um bosque quase desértico de gente por fora. Uma beleza.

— D-desculpa, Sharie--

Stop right noww, thank you very much. Entenda, peach-girl... Por uma mulher feito você? Até ser masoquista por tabela vale a pena. Na-na-na, come on. S&M, Sharon e Momo. Já dizia Nietzsche e Kelly Clarkson: o que não mata, fortalece.

— Doeu muito?

— Claro que não, coração... — Ela trouxe a namorada para um beijo, tentando ignorar seu pé latejante. Estava de sandália, Momo de coturno. Um coturno com plataforma. Mas é aquilo: mais valia uma mentirinha de nada e um beijo gostoso do que se emputecer, berrar e xingar até invocar o capeta por uma dorzinha passageira, como quando se bate sem querer o dedinho no sofá e o espírito vai e volta. Quando se separaram, Sharon não tardou em abrir um sorriso tirando um trevo de quatro folhas de seu decote. — Olha só o que eu achei vindo pra cá! — A japonesa pendurou a plantinha na orelha da outra. — Um símbolo da sorte, pra minha garota da sorte. Não faltam signals no nosso caminho.

— C-como posso ser a sua garota da sorte te pisando? — Hirai olhou para os pés dela, notando algo além da vermelhidão e marca de solado. — Acho que estraguei seu esmalte--

— Já tava descascando, relaxa! Eu tenho mesmo que voltar no salão. — Disse a mulher que no dia anterior esteve num spa pintando as unhas. — N-não foi de agora, não. Eu tô bem, juro pra você... Mal senti a pisada.

— Tá marcado--

— Pois, eu nem percebi.

— E vermelho.

— Eu fico vermelha fácil, sabe disso.

— Certo...

— Hoje vou almoçar com a Mina, mas trouxe comidinha pra você — Sharon abriu sua bolsa, tirando um marmita embrulhada por um lenço rosa estampado. — Depois me diz o que achou.

— Não precisava, suki--

So, eu deveria levar de volta?

— Negativo!

— Foi o que eu pensei... — Elas riram e se beijaram novamente, dessa vez por iniciativa de Momo. Sharon suspirou, deixando que seus olhos despencassem do rosto para os seios da maior. Que visão... Seus braços ao redor da Hirai, uma satisfação crescente a pegando de jeito como se fosse anestesia para a dor de antes. — Nos vemos mais tarde, então?

— S-sharon — Momo ruborizou, a respiração vacilante. — Você, por acaso, tá falando comigo ou com os meus--

— Tô falando com o seu coração! — Myoui se defendeu, risonha. Deram outro beijo e finalmente se distanciaram. Ela ajeitou seus cachinhos, apertando o próprio cabelo. Tinha uma bandana enrolada no pulso sobre a tatuagem idêntica à da Hirai. — Até, Momo-chan. X.O.X.O., muitos hugs e kisses pra você. Que a mãe natureza esteja convosco. Mwah!

Namorada de Mentirinha - SAIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora