24. ironias da vida

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"Eu lá tenho cara de acompanhante de luxo?"


Não.


"Você é muito folgada... Parece que tá tentando tirar proveito da situação."


Talvez, fosse verdade.


"GAROTA, DESGRUDA AGORA QUE EU SOU DA IGREJA!"


Ela tentava manter distância...


"Como se eu tivesse louca pra pisar no seu quarto, nossa!"


Desde o início.


"Mesmo assim, foi errado te puxar daquela forma. Fora que eu também não devia ter... Te beijado. Não sei o que deu em mim."


Então, teve isso. A primeira trégua nasceu daí... Do beijo que ela começou durante uma discussão. Da conversa que tiveram depois, da festa do pijama e também de quando ela voltou para seu quarto atrás do celular e acabou ficando por lá. Naquele dia Dahyun não só enxugou suas lágrimas, mas ofereceu um abraço, mostrou suas músicas, a fez comer, dormir e esquecer de como o amor era uma droga... Sendo um amor de pessoa. Engraçado. Mesmo que nunca se envolvessem romanticamente, Sana ainda gostaria de tê-la por perto. Podiam ser ótimas amigas.


"Eu meio que tinha... Ou ainda tenho crush numa garota aí. Eu não tenho certeza."


Essa dúvida ainda existe?


"Melhor evitar esse tipo de contato se não for estritamente necessário. Não sou fã de grude, me incomoda bastante."


Quando o sentimento começou?


"Eu avisei pra parar com as gracinhas, não avisei? Não gosto disso. Se quer fazer essas coisas com alguém, arruma uma namorada de verdade."


Não foi aqui...


"Eu não banco a puritana. Só não entendo qual é dessa sua carência, se sente tanta falta de ter alguém devia namorar de verdade. Não faz sentido me provocar. Não quero nada com você, Minatozaki."


Irônico.


"Eu sabia que não devia ter vindo pra cá, eu sabia!"


Nem aqui.


"Sana... O que vai fazer se eu começar a gostar de você?"


Ela ficou tão feliz de ouvir aquilo. De saber que era uma possibilidade, que existia algo a mais acontecendo, que não estava vendo coisa onde não tinha que mal conseguiu conter a animação no dia seguinte. Mas, Dahyun não se lembrava de perguntar e nem bêbada estava. Bom, só de sono. De qualquer forma, foi fofo. Era muito fofa. Meio estranho pensar que uma pessoa tão estressada de pavio curto conseguia ser a coisa mais fofa só por existir, simples assim. Era toda linda, o coração de Sana disparava toda vez que estavam juntas. Perdia o fôlego, a razão. Mas, não era hora de pensar nisso. Não era. Bastava de ser trouxa. Precisava de limites.

Namorada de Mentirinha - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora