Descrição 3.0
"Eu não vou te deixar afundar"
O coração dela errou uma batida miseravelmente com essa frase. Essa afirmação. Essa promessa. Ela estava decidida que ia ser fiel a ele. E ele? Queria que ela reinasse junto com o mesmo.
"Eu vou ser o rei...
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— Você vai ver o que merece, sua miserável insignificante. — A voz de George ecoava sobre minha cabeça — Tranquem-na.
Dois guardas, cada um, agarravam um braço meu e me arrastavam até uma cela.
— Não vai falar nada? — um dos guardas quebrou o silêncio
— Oque eu posso fazer... — a criança - Eu - — Falou baixo, com sua voz trêmula.
Eles me jogaram na cela de forma agressiva e trancaram com 3 cadeados. Eu fiquei apodrecendo por dias. Meses. Anos? Talvez... Já tinha perdido a noção do tempo.
— Seu almoço. — Uma bandeja com arroz era passada por um buraco da cela, algumas vezes.
— Está com mofo e vencido... — Falei depois de ter cheirado a comida repetidas vezes pra confirmar.
— Você não acha que está querendo muito não sua rata? Você ainda acha que é uma Everglades desse jeito. — Meu irmão apareceu de repente na frente da cela, e o guarda foi embora.
Confesso que estremeci só de ver sua presença intimidante. Ainda bem que grades nos separavam...
Eu apenas ouvia calada, caso contrário, eu tomava chicotadas ou pior. Ele não precisa de mim pra nada, ele só quer me torturar e mostrar que é melhor que eu.
Não sei por que mudou assim, George.
— ME RESPONDA! — Chacoalhou o portão da cela com força.
— Si-Sim!! Me desculpa... — Abaixei minha cabeça, rendida e intimidada.
— Daqui alguns dias você vai lutar, se prepare. — Falou seco
— Lu-Lutar?! Como assim Geor...
— Está questionando minha atitude, desgraçada? Apenas assinta calada. — Me interrompeu e mostrou uma faca em sua mão e depois a guardou no bolso do terno que vestia. — Como acabaram os canhões e a maioria está danificada, você será o canhão. — Falou sorrindo maligno.
Como assim?! Eu vou ser o canhão? Que merda é essa?!
Apesar dos meus questionamentos, assenti com a cabeça mesmo querendo fugir dali. Eu odeio George e seu jeito asqueroso.
— Você será mandada pro barco inimigo, e vai ter a tarefa de matar todos. Todos.
Assenti com a cabeça.
— Ah e é melhor comer isso aí, na despensa só tem mais frutas podres. — Piscou sínico e saiu, e o guarda retornou logo depois.
Eu sabia que era mentira. Só tinha frutas podres pra mim.
Mas para o resto do bando era bebedeira e comida sem limites.
Eu chorei baixinho. Ah, era um dia normal, por que a surpresa? Ele sempre foi assim comigo, não tem explicação, ele só... Mudou.
Mudo a minha posição sentada no chão, agora abraçando meus joelhos e a cabeça enfiada entre eles.
Apertava meus joelhos, apenas desejando sumir.
Mas apesar do sentimento de humilhação e inutilidade, fui ensinada a não desistir. Independente da ameaça e situação.
— Eu vou te mostrar, eu sou uma Everglades. — Murmurei baixinho. Pensando alto, sabia que nunca conseguiria passar por cima de George.
Pelo menos não sem ajuda.
E eu ainda era insignificante.
♡︎
. Memória de hoje! Esse George eh um fdp não e? Mas ele vai ter um fim maravilhoso, só leiam!
