𝑭𝒍𝒂𝒔𝒉𝒃𝒂𝒄𝒌 - 01 ✔️

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eu conseguia sentir as ondas batendo no meu corpo e se retraindo ao mar

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eu conseguia sentir as ondas batendo no meu corpo e se retraindo ao mar. A brisa estava gostosa mas inticava minhas feridas abertas, que não eram poucas.

A areia se esfregava em meu corpo, se juntando com a brisa para me dar uma dose de tortura e sofrimento.

Eu me levantei, sem forças, sem ânimo, sem coragem... Sem esperança.

Minhas roupas estavam surradas e rasgadas, mas nada que deixasse meu corpo exposto. Meu cabelo estava sujo e pesado como resultado de dias sem lavá-lo.

♡︎

- Irmão! Por favor! Não me deixe aqui... - a criança gritava desesperadamente, mas era ignorada por seu irmão e seus capangas.

Ela encostou as costas na parede úmida e suja daquela cela, se sentou encolhida, e começou a chorar.

- Seu choro tá me incomodando oh piveta! - um dos guardas bateu com um cano na grade fazendo ecoar um barulho insuportável, e sem demora, a pequena criança começou a sentir sua cabeça latejar.

- E-eu só quero que esse pesadelo acabe.. - se deitou no chão cobrindo a cabeça, sem intenção de dormir, mas ela precisava dormir, precisava fugir da realidade.

♡︎

- Te-tem alguém aqui? - Clamo, sem forças até mesmo de falar. Minha barriga está indo a loucura e eu só precisava comer.

Logo avisto uma gaivota, distraída. Logo pensamentos carnívoros preenchem minha mente, resultado de dias sem lembrar o gosto de até mesmo um alface. Vai ser muito errado se eu...

Quando me dou conta já estava andando em passos leves e cautelosos em direção a ave, para não correr o risco de assustar ela.

- O-oi? Shhh, não precisa ter medo. Eu- Oh... - Enquanto me aproximo da gaivota percebo que sua asa está machucada.

Ela chiou pra mim assim que me percebeu, mas não tentou fugir ou entrar na defensiva, quanto mais eu me aproximava.

- Hoje é seu dia de sorte, eu não vou comer você assim. Não sou covarde. - me sentei ao lado dela lentamente e incrivelmente ela não se afastou.

Percebo que eu estou no ápice da loucura mesmo. Falando com uma gaivota? Vê se pode.

E foi assim, quando a ficha caiu: percebi, que eu estou numa ilha deserta e sem nem sinal de almas penadas por perto. É uma ilha inútil e ninguém passaria por aqui. Provavelmente nem está no mapa.

Fui tirada de meus pensamentos levemente melancólicos quando novamente a gaivota chiou, desta vez, bem mais alto.

- Quieta. - Ordenei de leve, mas ela chiou de novo. - Cala a boca. - Chiou de novo. E de novo. - CALA A BOCA! - Então finalmente ela parou de chiar.

𝐔𝐦 𝐏𝐨𝐥𝐚𝐫𝐨𝐢𝐝 𝐝𝐞 𝐀𝐦𝐨𝐫 - Monkey D. Luffy ♡︎Onde histórias criam vida. Descubra agora