Capítulo 6 - Moletom.

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04 de maio, 2024. Saturday.

¿ Freen ?

Acordei com fortes dores de cabeça, como eu já estava acostumada, só peguei os remédios na escrivaninha e mandei 'pra dentro. Sono da porra, tenho que me arrumar para a escola. Olhei o relógio, 06:45, infelizmente, se eu dormir mais alguns minutos, me atrasaria, então fui para o banheiro batendo o pé no chão.

Já pronta, peguei minha mochila e corri para fora do quarto, encontrei minha mãe fazendo o café tranquilamente.

-- minha filha! Aonde você vai com essa pressa toda? -- apontei para a minha mochila como se fosse óbvio. -- filha... hoje é sábado! -- franzi o cenho é olhei meu celular, e realmente, hoje é sábado! -- volte para a cama filha, depois mamãe te acorda. -- agradeci assentindo com a cabeça e voltei para o meu quarto ainda meio frustrada por ser tão burra assim.

Eu poderia dormir normalmente, mas eu quero fazer qualquer outra coisa, sei lá, tocar piano, assistir um filme ou até mesmo sair lá fora, qualquer coisa. Escolhi a terceira opção, sair de casa. Eu amo ficar no meu quarto, mas também amo sair de casa, é confuso. Decidi ir para o parque.

-- aonde vai, Freen? -- meu pai perguntou me assustando levemente. Dei de ombros em resposta. -- ok, só não volte tarde! -- disse bagunçando um pouco meus cabelos.

Passei pela cozinha e dei tchau para minha mãe com um breve aceno com a cabeça, mas ela me parou antes que eu passasse pela porta.

-- vem comer alguma coisa, filha. -- neguei com a cabeça. -- nada disso senhorita, hoje você nem vai para a escola, sei que não vai comer nada! Coma ao menos uma maçã! -- neguei novamente e cruzei os braços. -- toma. -- colocou a maçã em minha mão que estava livre. Agarrei a maçã e tentei passar pela porta, mas novamente fui impedida. -- come, Freen. -- como sabia que eu não iria comer? Para minha mãe não ficar preocupada, mordi duas vezes a maçã, mastiguei e engoli. Ela deu um sorriso convencido e me liberou para sair. Quando saí pelo portão de casa, a primeira coisa que fiz foi ir para a lixeira mais próxima e me forcei a vomitar, eu não posso comer. Joguei a maçã fora e continuei meu caminho para o parque.

Era um dia de sol, perfeito para uma caminhada no parque.

Fui no mesmo parque que Rebecca, ou melhor, Becky, estava quando conversava com um garotinho. E adivinha só, ela estava lá, no mesmo banco, com o mesmo garoto, com o mesmo olhar de preocupação e o mesmo homem enorme vindo em sua direção.

-- já não falei para você ficar longe dessa puta, Mathias? -- indagou com raiva, fiquei em alerta, poderia acontecer algum tipo de agressão vindo do maior. -- vamos, Mathias! -- cuspiu as palavras.

-- mas eu não quero ir, papai. -- o garotinho disse com a cabeça baixa.

-- não é questão de querer, e outra, eu já não te disse que era para parar de falar em inglês? -- Becky observava tudo calada, mas pude perceber uma lágrima descer em seu rosto angelical. -- vamos, Mathias! -- disse bruscamente e puxou o braço do garoto, outra lágrima.

Os dois se afastaram até saírem do meu ponto de vista, o dia que estava ensolarado, agora está tomando uma coloração cinza e indicar uma tempestade. Olhei para Becky e percebi que agora ela chorava um pouco mais forte.

Me aproximei em passos lentos e sentei ao seu lado. Diferente do outro dia, me senti mais confiante para fazer algo que queria faz um tempo. Fiquei a encarando mais um pouco e a puxei para um abraço. Rebecca se surpreendeu, mas não demorou a me abraçar de volta e enterrou seu rosto na curvatura de meu pescoço. Senti minha pele ficar um pouco úmida e me dei conta de que eram as lágrimas de Rebecca. Ela aumentou um pouco mais o aperto sobre mim.

Becky tremia, percebi que era por conta do frio que derrepente chegou silenciosamente junto de uma garoa, decidi que era melhor levá-la para casa. Me lembro parcialmente do caminho, acho que consigo acompanha-la.

Com cuidado, me levantei sem quebrar o abraço, mas tive que quebrá-lo para tirar o meu moletom, o ofereci para Rebecca que negou de início, porém, coloquei nela a força, ela poderia pegar algum tipo de resfriado, aliás, a chuva começou a apertar.

Peguei na mão de Becky e fiz um leve carinho com o polegar, tentei relembrar o caminho e felizmente lembrei, levei Rebecca até sua casa e esperei ela pegar suas chaves e entrar dentro de casa para poder ir para a minha. Mas ela parou e se virou para mim.

-- obrigada, e... seu moletom. -- tentou retirá-lo, mas eu a impedi colocando a mão na barra da blusa. Com o dedo indicador fiz o sinal de não e ela entendeu o recado sorrindo, ela negou com a cabeça e adentrou sua casa. Sorri, e dessa vez não foi internamente, mas um sorriso físico, mostrando os dentes e tudo mais. Rebecca Armstrong, o que você está fazendo comigo?

Fui para casa antes que a chuva apertasse, passei pela porta e notei que meus pais já haviam saído para trabalhar, o que quer dizer que a casa é só minha por agora.

:) Becky :)

É incrível que em um momento desses, Freen ainda assim conseguiu me fazer sorrir, como ela consegue? Ela não precisa falar, ou ter algum tipo de expressão, só basta ser ela e eu sorrio. Freen... por que você é assim? Tão calada, mas tão perfeita.

-- de quem é esse moletom, maninha? Deixa eu adivinhar... é da sua "amiga" -- disse fazendo aspas com as mãos.

-- é dela mesmo.

-- você 'tava chorando? O que aconteceu? -- perguntou preocupado.

-- nada demais, só umas coisas, mas eu já já resolvo isso.

-- olha lá o que você vai fazer em Rebecca! -- me direcionei ao meu quarto onde me joguei na cama e fiquei cheirando o moletom, tem o cheirinho dela.

-- olha lá o que você vai fazer em Rebecca! -- me direcionei ao meu quarto onde me joguei na cama e fiquei cheirando o moletom, tem o cheirinho dela

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Pitiquinhas

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Oi bando de fudido, tudo bem?

Cap bem gayzinho para vocês!

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Desculpem qualquer erro

Beijos da autora! 💋

Why Doesn't This Beautiful Girl Speak? - Freenbecky♡Onde histórias criam vida. Descubra agora