Era tarde da noite quando Lucero chegava da faculdade de música. Apesar de ser bastante cansativo e de estar longe da família, ela não se arrependia de estudar tanto, pois queria ter um diploma e finalmente fazer o que mais gostava, além de honrar o esforço dos seus pais em lhe manter em uma capital, pois ela sabia que o custo não era barato. A moça foi para o quarto e tomou um longo e relaxante banho, logo se deitando e querendo dormir. Minutos depois, de tanto se revirar na cama, Lucero bufou e desistiu de pegar no sono, se levantando e voltando a andar pela casa até o porão, onde dona Cidinha, a dona da pensão e sua madrinha, permitia que ela e outros artistas ensaiassem suas apresentações. Por ter a faculdade mais famosa do país, a Cidade do México reunia artistas de todos os estados e a maioria também vivia na pensão, apesar dela não ter contato com eles por ser tímida. Mesmo estando escuro, Lucero não acendeu a luz, mas quando pensou em fazê-lo, ela se assustou ao sentir alguém se aproximar dela.
− Quem está aí? – Lucero perguntou ofegante.
A pessoa não respondeu, simplesmente se aproximou de Lucero e segurou sua mão, a levantando com cuidado e entrelaçando seus dedos. A moça percebeu que era um homem pelo cheiro forte de perfume e pela mão pesada, mas se assustou quando ele a agarrou pela cintura.
− Por favor, me solte, me deixe ir. – Lucero pediu trêmula.
Lucero sentiu o homem dar espaço para ela passar e ela tentou fazer hesitante, mas ele a segurou novamente e beijou seus lábios. A moça não tinha tanta experiência com relações amorosas, mas ela não conseguiu se livrar dele, não por ele estar usando da força e sim por ele ser irresistível, que com um toque a ganhou de toda forma.
− Não, não. – Lucero sussurrou, tentando se afastar do homem.
O homem deu mais uma chance para Lucero ir embora, porém mais uma vez ela não conseguiu se mover dali, querendo saber o que estava acontecendo com ela que um toque de um desconhecido estava lhe causando tantas sensações diferentes. Qualquer resquício de juízo foi deixado para trás quando o homem voltou a beijá-la e caminhou com cuidado para o sofá, onde se deitou por cima dela, desceu os beijos para o seu pescoço e lhe deu leves mordidas e chupões. A moça gemia baixinho, sentindo o meio das suas pernas se queimar. Ela sentiu seu vestido ser levantado e naquele momento, não sabia se era uma vantagem ou se deveria se preocupar com o fato de não estar vendo nada, mas os lábios do desconhecido desceram da sua barriga para a sua intimidade e a única coisa que passou a ser descontrolado foi o seu gemido até um líquido sair de dentro de si e ser sugado por uma língua habilidosa. De repente, Lucero se sentiu vazia quando o homem se afastou dela e ao encolher suas pernas, ela foi agarrada novamente e teve a sensação de ser rasgada por dentro. Às escuras, sua mão encontrou o pescoço do rapaz, o qual ela passou as unhas e entrelaçou os dedos no cabelo curto, unindo seus lábios outra vez. As mãos passeavam pelos corpos um do outro até que ela estremeceu, tendo outra vez a sensação de completude que veio há poucos minutos enquanto sua barriga se contraía. Ela também ouviu um urro do homem e sentiu a respiração dele em seu pescoço, mas antes que pudesse se recuperar, a loira foi deixada no sofá novamente e daquela vez, ouviu o barulho da porta se fechando. Lucero tentou se ajeitar como podia e se encolheu, olhando ao redor à procura de ao menos uma sombra, mas já estava sozinha como quando chegou, por isso se arriscou a se levantar e acender a luz do porão. Nada parecia ter mudado ali e ela poderia pensar que tudo que aconteceu foi fruto de um sonho se suas roupas não estivessem abarrotadas e o meio das suas pernas ainda não estivesse molhado, denunciando o seu primeiro orgasmo da vida. Lucero voltou lentamente para o sofá, tentando entender o que havia acontecido. Como ela foi capaz de deixar que um desconhecido fizesse sexo com ela se ele nem mesmo se dignou a mostrar a cara? Sem perceber, a moça chorava. O erro foi totalmente seu, pois teve várias oportunidades de sair e decidiu ficar mesmo não estando pronta para ter a primeira vez. Como encararia as pessoas dali em diante se em minutos, seu corpo deixou de ser puro nas mãos de alguém que ela nem sequer conhecia? Lucero se levantou e correu escada acima até parar no próprio quarto e se jogar na cama, soluçando.
− O que foi que eu fiz, meu Deus? – Lucero perguntou entre soluços.
~ * ~
Eita que já começou quente 👀🔥
Lucero fez uma loucura que trará consequências sérias. Quem será o verdadeiro responsável por isso, além dela mesma?
Sejam bem vind@s a essa nova história, espero que gostem ♥️
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Dos Extraños
RomanceLucero era uma moça de dezessete anos que desde cedo, conseguiu sair do interior onde morava para lutar pelos seus sonhos na cidade grande. Contando com a ajuda da dona da pensão em que vivia, ela viu seu mundo virar de cabeça para baixo quando em s...