𝓐𝓷𝓰𝓮𝓵...

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"Acho que foi uma péssima ideia. Se nossos pais descobrirem, estamos mortos..." falo alto para minha irmã, que me arrasta para uma balada super famosa aqui na cidade. Um lugar cheio de pessoas de diferentes idades e gêneros, bebendo e dançando, se divertindo, se pegando e quase fazendo sexo no meio de muitos outros.

"Ah, para de ser careta. E ainda tá cedo, relaxa um pouco. Você precisa sair mais de casa e se divertir..." fala ela enquanto bebe um copo de uísque.

"Desde quando você bebi? E se papai ou até mesmo Lucca nos ver aqui..." Falo com um pouco de medo em minha voz. "Não quero nem pensar... E para de beber álcool sua loca!" Falo segurando o copo que estava em sua mão.

"Me devolve... Você é muito chato, garota!" fala ela enquanto se levanta. "Eu vou ao banheiro, já volto..." diz, afastando-se e passando por várias pessoas na balada sem me dar a chance de refutar. Olho em volta, um pouco assustado. Este não é o ambiente em que costumo viver, e não sou muito sociável. E do jeito que minha família é protetora comigo, vocês já podem imaginar como pode ser minha vida. Bom, deixando isso de lado um pouco, deixe-me me apresentar. Meu nome é Angelo, Angelo Giorno, filho de Fabrício e Mari Giorno. Tenho 17 anos, e na verdade faltam menos de 2 semanas para completar meus 18 anos. E vocês devem estar pensando: "Por que você estaria em um lugar como este, Angelo?" Bom, meus amores, eu também não queria estar, mas é um pouco difícil ir contra Rafaella Giorno, minha irmã, que quando coloca uma ideia na cabeça, só Deus para tentar convencê-la do contrário. Enfim... terminei o ensino médio faz alguns dias, e ela arranjou uma "surpresa inesquecível". Ah... Como eu queria estar em casa agora. E se papai souber, não, se ele imaginar, cabeças vão rolar, e de preferência a minha, por ter ido contra uma das inúmeras regras que ele impôs contra mim. Mas eu não entendo por que meus irmãos são uma exceção. Eu até entendo que, por sermos uma família de mafiosos, muitas regras se aplicam a todos, mas algumas que ele impõe contra mim são bem duvidosas. Por exemplo, não poder namorar até completar 18 anos. Mas por quê? Meus irmãos, como Lucca, que agora tem 28 anos e é chefe da família, graças a isso, por ser o primogênito, estamos livres de um casamento arranjado, como o que meus pais tiveram. Por minha mãe ser a mais velha de 3 irmãs, seus pais tiveram que procurar um pretendente dentro da máfia, já que, segundo eles, mulher e "mpreg" não podem comandar a máfia, porque homens são isso e aquilo, blá blá blá. E bem, continuando, já que meu irmão é o "chefe", eu e minha irmã estamos livres para escolhermos o que queremos e como queremos. Bem, eu quero começar minha faculdade de Artes Visuais. Eu amo pintar, e a arte sempre foi minha paixão, e... Ops, desculpa, acabei desviando do assunto do qual falava. Meus irmãos tiveram seus relacionamentos muito antes de completar 18 anos. E por que eu não posso? E como eu sei disso? Bem, a Rafa me conta tudo sobre o que aconteceu em sua vida. E boatos de que meu irmão é um tremendo galinha circulam pela cidade. Mas eu sou tão diferente deles, e só quero me esconder em meu quarto com meus materiais de pintura.

"Oi, lindinha!" Um rapaz com sorriso de dentes brancos e cara de bobó se senta à minha frente, onde Rafaela estava. E falando nela, onde ela se meteu? Olho em volta para ver se a encontro, e nesse mar de gente, com luzes piscando e o barulho quase ensurdecedor de música eletrônica, é quase impossível localizá-la. "Vai fingir que não tá me vendo aqui, coisa linda?" Que nojo.

"De preferência... Sim, e porque tenho companhia, e inclusive você está sentado no lugar dela." falo com meu sorriso mais simpático que consigo, mas eu acho que não funcionou.

"Ué, não vi ninguém aqui, e talvez eu possa ser sua nova companhia pelo resto da noite." fala ele, com um sorriso nojento, tentando segurar minhas mãos. Mas me afasto e me levanto bruscamente para sair e procurar minha irmã negligente.

"Pois eu me recuso, e adeus..." Falo alto para que ele me escute enquanto caminho um pouco rápido, desviando de várias pessoas pelo caminho para chegar até onde ficam os banheiros. Ao chegar na área dos banheiros, começo a olhar em volta, a ver se talvez haja algum sinal de Rafa, mas sinto alguém me puxando pelo braço de forma bruta e me levando rápido para um canto mais afastado e escuro da balada, onde tinha menos pessoas. Me debato e grito, tentando me salvar, mas sou empurrado sem delicadeza contra a parede, me fazendo gemer de dor pelo impacto.

"Oi, lindinha." Sinto um arrepio de medo e pavor subir pela minha espinha quando reconheço a voz do homem que estava, há pouco tempo, me incomodando. Levo meus olhos para encarar sua face, com o mesmo sorriso nojento de poucos minutos atrás. "Pensou que iria me dar um fora e que ficaria por isso mesmo? Você tá muito enganado..." diz ele, passando seus dedos nojentos pela minha bochecha, mas bato em sua mão, fazendo-o recuar.

"Não encoste em mim, seu asno!" falo e tento passar, mas ele coloca suas mãos na parede, me prendendo entre ela. "Me deixe ir, seu idiota!" Grito e tento bater nele, mas ele, com uma de suas mãos, consegue segurar as minhas e prendê-las sobre minha cabeça. Eu começo a me debater mais e a gritar, enquanto seu rosto se aproxima do meu. Eu viro o rosto rápido. "NÃO!!!!" Grito, enquanto sinto seu hálito de álcool e seus lábios no meu pescoço. Lágrimas escorrem pelo meu rosto, e sua outra mão segura meu rosto com força, fazendo-o virar, e ele beija meus lábios e tenta adentrar minha boca, mas eu acabo mordendo com muita força seu lábio até sentir o gosto metálico. Ele grita alto de dor e se afasta rápido, soltando meu rosto, mas ainda segurando minhas mãos. Vejo fogo e raiva em seus olhos, e o impacto de sua mão contra minha face faz minha cabeça girar, e acabo caindo no chão, desnorteado.

"SUA VADIA ESTÚPIDA COMO OUSA-" Escuto abafado e um estrondo. Abro meus olhos por alguns segundos e vejo o mesmo homem que me agrediu no chão, desacordado. Logo atrás dele, um outro homem, um pouco mais alto, usando um terno. Não consigo ver seu rosto. Minha vista escurece e eu finalmente perco os sentidos.

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>>>>*Nota do autor: Tenham paciência comigo, pois é meu primeiro livro. Peço desculpas pelos erros de ortografia e pode demorar um pouco para eu atualizar novos capítulos. Por favor, tenham paciência. Até a próxima...*<<<<

Meu Mafioso...Onde histórias criam vida. Descubra agora