Meu Mafioso...

𝓛𝓸𝓻𝓮𝓷𝔃𝓸...

Lembro-me com desapego do dia em que o conheci, quase três anos atrás. Era um evento de caridade, e como futuro CEO de uma empresa multinacional bilionária, fui compelido por Dante a comparecer. Ao sair do veículo, fui cercado por uma saraivada de flashes das câmeras dos fotógrafos, repórteres e revistas de fofocas, todos ansiosos para registrar o futuro CEO da Bianchi Group S.A. Naquela época, meu pai ainda estava vivo, mas um ano depois ele veio a falecer de complicações de saúde. Após a morte de minha mãe e irmão.

Giovanni mergulhou de cabeça na empresa e na máfia, buscando vingança contra os miseráveis que tiraram a vida deles. Mas isso é conversa para outro momento.

Ao adentrar o salão do evento, fui abordado por bajuladores tentando chamar minha atenção. No entanto, nada disso me despertava interesse. Alguns deles eram membros da máfia, apresentando-me suas filhas com roupas provocativas demais. Parecia que sabiam que meu pai estava à procura de uma noiva para mim. Aquele velho desgraçado e os outros tolos do conselho estavam me pressionando para que eu me casasse antes de me tornar o chefe da máfia, mas isso não me importava. Eu aspirava ao comando sem depender de um casamento para tal.

Me afasto desses abutres e caminho para o jardim. Não queria estar aqui e não quero esses miseráveis me atormentando por um pouco de poder. Acho um canto mais afastado e deserto, acendo um cigarro e relaxo um pouco, sentindo a fumaça em meus pulmões e soltando a cada trago.

"Será que dá para você fumar em outro lugar, está me incomodando..." Escuto uma vozinha aguda ao meu lado, sentado em um banco de madeira, o garoto mais fofo que já vi. Ele usa um terno cinza com gravata borboleta azul, combinando com seus olhos azuis safira, sua pele incrivelmente pálida e seus lábios vermelhos, com o cabelo preto amarrado em um rabo de cavalo curto, enquanto segura um livro. Não tinha percebido sua presença até ele falar.

"Se está tão incomodado, pode sair" respondo em um tom rude, olhando para ele com uma expressão gélida.

"Você sabe que isso faz mal para sua saúde?" ele insiste, irritando-me ainda mais.

"Eu tô pouco me importando para saúde!" retruco, voltando a tragar meu cigarro e soltando a fumaça na direção dele.

"Ugh... Você é idiota ou o quê?" ele fecha o livro com raiva, colocando-o ao seu lado e se levanta, caminhando em minha direção. Ele arranca o cigarro de meus dedos e o joga no chão, pisando em cima, desafiando-me.

"QUAL É O SEU PROBLEMA, GAROTO!? Não tem medo de morrer, é isso!?" seguro seu pulso com força, forçando-o a me encarar com olhos cheios de desdém."Você não me conhece, nanico...?" ele puxa seu braço com força, soltando-se do meu aperto e dando alguns passos para trás, olhando-me com o rosto um pouco vermelho, desafiando-me.

"Não me importa quem você seja. Quero que respeite meu espaço. Eu cheguei aqui primeiro, então tenho todo o direito, e 'nanico' é a vovozinha" retruco com voz áspera e olhar cortante.

"Olha, garoto, você é apenas um garotinho que ainda está no ensino médio e não tem nenhuma autoridade para me dizer o que fazer" cruzo os braços, desdenhando de sua presença.

"Eu tenho quase 16 anos, mas isso não importa. E para sua informação, eu tenho toda a autoridade porque este 'garotinho' aqui na sua frente é o filho da dona desta casa...", diz ele, estudando meu peito com desdém, o que me faz rir de sua audácia.

"E daí? Isso não te dá o direito de me desrespeitar" reviro os olhos e coloco as minhas mãos nos bolsos, desafiador.

"Posso ter sido um pouco rude e até me sinto mal com isso, mas você também deveria me respeitar" ele fala, visivelmente desajeitado e nervoso, o que só aumenta minha irritação.

"Tudo bem, nanico. Só porque você é o filho da dona desta casa não significa que eu tenha que te respeitar" respondo com um tom sarcástico e arrogante, vendo-o suspirar de frustração.

"Quer saber de uma coisa..." ele pega seu livro e caminha de volta para o salão. "Cansei de gastar saliva com gente sem noção como você. Foi um desprazer conhecê-lo..." ele diz sem se virar, indo embora, e eu sorrio satisfeito com sua derrota.

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Espera que gostem e até a próxima...!!!