just one night.

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
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Quando voltamos para casa, Gustavo se acomodou em sua cama. Felizmente, ele não vomitava mais, embora ainda tivesse febre. Celine mandava mensagens de vez em quando, e eu a mantinha atualizada.

A enfermeira havia dito que era importante ele se alimentar e se hidratar, por isso fiz canja de galinha e levei para ele no quarto. Gustavo estava dormindo, e eu não queria acordá-lo. Achei melhor levar a sopa de volta à cozinha e esperar até ele acordar. Mas ele deve ter ouvido o ruído da colher sobre o prato, porque, estava me aproximei da porta, sua voz me deteve.

— O quê está fazendo?

— Fiz canja. A enfermeira disse que você precisa comer. — Voltei para perto da cama e ofereci a tigela.

Gustavo sentou-se apoiado à cabeceira e começou a comer devagar. Virei-me para sair, mas ele segurou meu braço.

— Não precisa ir.

— Eu volto para pegar a tigela.

Quando estava chegando perto, parei mais uma vez ao ouvir a voz dele.

Тара. — Meu corpo gelou. O velho apelido me pegou de surpresa. Não esperava ouvi-lo novo.

— Vira. — Pediu ele. Quando me virei, seu rosto refletia uma sinceridade que eu não testemunhava havia anos. Gustavo deixou o prato e a tigela sobre o criado-mudo.

— Obrigado... por tudo. Obrigado por cuidar de mim. — Surpresa e emocionada, acenei com a cabeça uma vez e saí do quarto. Não ia consegui parar de pensar nisso pelo resto da noite.

( . . . )

Dois dias depois, a febre de Gustavo havia finalmente cessado, mas ele ainda não se sentia bem o bastante para tocar no restaurante. Eu estava vendo televisão na sala, quando ele sentou ao meu lado no sofá, apoiou os pés em um pufe e cruzou os braços. Era a primeira vez que ele ficava na sala quando eu estava lá.

Gustavo havia acabado de tomar banho e cheirava a loção pós-barba. Meu corpo reagiu imediatamente à proximidade daquelas pernas, embora elas não tocassem as minhas. Queria que ele fosse meu. De onde saiu esse pensamento?

— Que porcaria é essa que você está vendo?

— Um reality show. Pode mudar, se quiser.

— Não. Você estava aqui primeiro.

— É bom saber que está melhor.

— Também acho. — Joguei o controle remoto para ele.

— Sério, escolhe alguma coisa. — Ele devolveu o controle.

— Não. Estou em dívida com você. Você aturou minhas bobagens quando eu estava doente e chorão. O mínimo que posso fazer é ficar aqui sentado e aturar essas mulheres gritando.

— Bom, se quer mesmo agradecer por eu ter cuidado de você, tem outra coisa que pode fazer.

Ele levantou as sobrancelhas.

— Pode dizer... — Meu Deus, só agora percebi como isso pode ter soado.

Pode conversar comigo.

— Conversar?

— É. — Ele suspirou profundamente.

— Não quero remexer essa história. Nós dois sabemos o que aconteceu. Não vai mudar nada.

Disposta a implorar, olhei nos olhos dele.

— Por favor.

Gustavo levantou-se de repente.

— Aonde vai?

— Preciso de uma bebida. — Respondeu a caminho da cozinha.

— Pode trazer uma para mim também? — Eu berrei.

Meu coração começou a bater mais depressa. Isso estava mesmo acontecendo? Ele ia mesmo conversar comigo sobre o que aconteceu ou só me ouviria falar?

Gustavo voltou com uma cerveja para ele e uma taça de vinho branco para mim. Fiquei surpresa por ele saber exatamente o que eu queria, embora eu não tivesse especificado. Era a prova de que me observava, mesmo fingindo me ignorar.

Gustavo bebeu um longo gole de cerveja e deixou a garrafa sobre a mesa de centro.

— Temos que estabelecer algumas regras.

— Tudo bem.

— Regra número um: se eu disser que acabou a conversa, acabou a conversa.

— Tudo bem.

— Regra número dois: depois de hoje, nunca mais vamos falar sobre porcarias do passado. É isso. Uma noite, mais nada.

— Tudo bem. Combinado.

Gustavo pegou a garrafa e bebeu metade do conteúdo e a devolveu à mesa com uma batida seca.

— Muito bem. Manda. — Por onde eu começaria? Só precisava falar tudo de uma vez.

— Não tem desculpa para o jeito como fui embora. Eu era jovem, idiota e estava com medo. Meu maior medo sempre foi você me magoar, porque você era a única pessoa com quem eu podia contar, além da minha vó. Quando descobri que você sabia o que estava acontecendo e não me contou nada... Foi como uma traição. Na época, não percebi que você só estava tentando me proteger.

 Na época, não percebi que você só estava tentando me proteger

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𝗶𝗻𝘁𝗲𝗻𝘀𝗲 𝗹𝗼𝘃𝗲 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora