#gustavostallion.

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
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1 mês depois.

Fé cega. Essa foi a única coisa que me fez sobreviver ao primeiro mês longe de Gustavo. De algum modo, eu simplesmente tive que me convencer a confiar em suas atitudes e em sua capacidade de julgamento, embora não estivesse lá para ver o que acontecia de fato.

Ele telefonava todas as noites. Às vezes, ligava no período que ele chamava de hora do relaxamento, por volta das oito da noite, antes da apresentação das nove. Mas também podia ser na hora do almoço ou do jantar. Pelo que Gustavo havia contado, seu itinerário diário era repleto de passagens de som e ensaios em cada nova casa de shows. O único horário livre era depois da apresentação, quando ele era arrastado para festas ou estava simplesmente exausto.

Se a banda passava mais de uma noite na mesma cidade, todos se hospedavam em um hotel. Se tinham que viajar para estar em outro lugar no dia seguinte, passavam a noite no ônibus da turnê. Eram dois ônibus, um para Calvin e a banda principal, outro para Gustavo e o restante da equipe. Cada ônibus acomodava cerca de doze pessoas, e eu nunca perguntei em qual dos veículos Olivia dormia, pois tinha medo de ouvir a resposta.

Fé cega.

Mesmo tendo escolhido confiar nele, encontrei uma janelinha para esse mundo novo, uma brecha que satisfazia meus episódios de paranoia: o Instagram de Olivia.

Quando Celine morava com a gente na ilha e reclamava de Olivia comentando em todas as fotos de Gustavo, procurei o perfil dela na internet. E fucei em suas redes sociais algumas vezes antes mesmo de Gustavo ir embora. Ela postava fotos da turnê todos os dias. Muitas eram só das paisagens, como o nascer do sol visto do ônibus quando entravam em uma nova cidade ou a comida que a banda e a equipe estavam saboreando. Outras fotos eram de Calvin e da banda nos bastidores.

Uma noite, quando Liz estava dormindo, acessei o Instagram. Olivia havia postado uma foto de Gustavo no palco. Era uma foto simples dele diante do microfone, com o holofote iluminando seu rosto bonito com a sombra da barba por fazer. Aquilo me fez querer estar lá, assistir à apresentação ao vivo.

Quando rolei a página, notei as hashtags:

"#garanhão, #gustavomioto, #pegador."

Aquilo me incomodou, mas não toquei no assunto com ele, me recusei a fazer o papel da namorada ciumenta, principalmente porque ele nem disse que eu era sua namorada. As batidas na porta me assustaram, e eu fechei o laptop.

Quem poderia ser a esta hora da noite?

Felizmente, além do sistema de alarme, Gustavo havia instalado um olho mágico na porta antes de ir embora. Do outro lado, uma mulher com longos cabelos castanhos tremia de frio. Parecia inocente, e eu abri a porta.

— Pois não?

— Oi. — Ela sorriu.

— Você é a Ana Flávia, não é?

— Sim.

— Queria me apresentar. Sou a Susan, moro na casa azul ao lado da sua.

— Ah. Roger se mudou?

— Não. Eu sou a esposa dele.

— Esposa?

— Ah, pensei que ele fosse...

— Divorciado? — Ela sorriu.

— Sim.

— Ele é. Teoricamente. Nós nos reconciliamos na última vez em que ele foi visitar nossa filha em Irvine. O combinado era que ele ficaria durante uma semana, mas foram três. Alyssa e eu voltamos para cá com ele.

— Puxa, eu não sabia. Isso é fantástico. — E acenei. — Entra, entra. Meu Deus, que falta de educação.

— Obrigada. — Ela limpou os pés no capacho e entrou. — Nossa filha está dormindo, mas quero que a conheça também. Ela acabou de fazer oito anos.

— Minha filha também está dormindo. Liz tem quase nove meses.

— Roger comentou que você tem um bebê.

— Ele também falou muito sobre a Alyssa.

— Ah, ele me disse que vocês são amigos.

— Sim, e só amigos, caso tenha alguma dúvida. — Ela hesitou.

— Se passaram disso, não tem problema. Não estávamos juntos.

— Não, não seria tão simples. Não para mim, pelo menos.

— Entendo bem como é especular sobre essas coisas quando a gente gosta de alguém. — Vi o alívio no rosto de Susan.

— Bem, obrigada por esclarecer. Seria mentira se eu dissesse que não pensei nessa possibilidade.

— Sou apaixonada pelo cara que divide a casa comigo. Ele está em turnê. É músico. Entendo completamente o ciúme. — Ela puxou uma cadeira e sentou.

— Caramba. Quer conversar sobre isso?

— Aceita um chá?

— Seria ótimo.

Susan e eu nos tornamos amigas naquela noite.

Contei a ela minha história com Gustavo, e ela se ofereceu para me ajudar com a Liz, se eu precisasse. Disse que Alyssa ficaria maluca se pudesse ajudar a mãe a cuidar da bebê da vizinha.

Isso me fez sentir grata por nunca ter me envolvido com Roger, pois a situação teria sido bem desconfortável.

Quando ela apareceu e disse que havia reatado com Roger, me senti ainda mais solitária. Mas esse pensamento egoísta foi logo substituído por um sentimento de felicidade em saber que eu tinha uma nova amiga, algo que até então faltava em minha vida.

 Mas esse pensamento egoísta foi logo substituído por um sentimento de felicidade em saber que eu tinha uma nova amiga, algo que até então faltava em minha vida

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𝗶𝗻𝘁𝗲𝗻𝘀𝗲 𝗹𝗼𝘃𝗲 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora