and this time, he left.

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
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(the night we met, by lord huron.)

Gustavo e Celine estavam colocando as malas no carro. Eu já havia me despedido dela no café da manhã, mas não tive oportunidade de falar com Gustavo. Eles partiriam a qualquer minuto. Era difícil acreditar que esse dia finalmente havia chegado. Eu sentia uma mistura de pavor e alívio. Vê-lo todo dia seria ainda mais difícil, sabendo que, com toda a certeza, não havia mais nenhuma possibilidade de futuro para nós.

Gustavo não queria ter filhos. Não ia querer criar o filho de outro homem. A gravidez era o último prego no caixão. Talvez eu concordasse com a ideia do cronograma para o próximo verão. Melhor ainda, talvez eu tivesse que vender minha parte da casa para ele. Por mais que odiasse pensar nisso, não sabia qual seria minha situação financeira depois que o bebê nascesse.

Parada diante da janela do quarto, vi os dois colocarem malas e caixas no porta-malas do Range Rover. Em dado momento, Gustavo olhou para cima e me viu. Ele levantou o indicador, como se me dissesse para eu esperar. Pouco depois, notei que ele cochichava no ouvido de Celine. Em seguida, ela saiu com o carro. Logo depois ouvi passos, e Gustavo apareceu na porta do meu quarto.

— Oi.

— Oi.

— E aí, como se sente?

— Não muito bem.

— Pedi a Celine para abastecer enquanto eu me despedia, disse que queria ver se você precisa de alguma coisa antes de irmos embora.

— Não preciso. Estou bem. Você tem que voltar para a sua vida.

Eu me sinto mal de deixar você assim.

— Eu vou embora em dois dias. Quanto mais cedo voltar a Providence e me preparar para essa nova realidade, melhor.

— Tapa...

— Não me chama mais desse jeito. — Meus olhos se encheram de lágrimas. — Não estou brava com você, mas isso me deixa triste. — Meus lábios tremeram.

— Tudo bem.

— O que veio me dizer?

— Se precisar de alguma coisa... qualquer coisa... pode me ligar. E promete que vai me manter informado sobre tudo o que acontecer.

— Prometo.

— Avisa quando eu puder contar para a Celine.

— Tudo bem. Não vai dar para esconder por muito tempo. — Ele olhou para a cama. Pouco antes eu estava olhando as fotos do ultrassom, e elas ainda estavam lá

Gustavo foi pegá-las. Ele olhou para as imagens como se estivesse hipnotizado.

— Essa coisa está aí dentro? Nem parece.

— Eu sei. — Ele balançou a cabeça enquanto examinava as fotos.

— Meu Deus, é muito estranho. Acho que ainda estou em choque.

— Você não é o único. — Gustavo deixou as fotos em cima da cama e ficou olhando para o nada, perdido nos próprios pensamentos.

Pôs a mão no bolso e tirou o canivete suíço vermelho.

— Quero que fique com isto. Você precisa dele mais do que eu. Deixa ao lado da cama de noite. Vai me fazer sentir melhor, porque agora me sinto bem imprestável. — Eu não ia discutir com ele.

— Tudo bem. — Gustavo olhou para a janela. Nós dois vimos Celine chegar.

— É melhor você ir. — Enxuguei os olhos.

Ele não se moveu. Ficamos nos olhando em silêncio até ouvirmos o barulho de Celine entrando em casa.

E então, ele foi embora.

E então, ele foi embora

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𝗶𝗻𝘁𝗲𝗻𝘀𝗲 𝗹𝗼𝘃𝗲 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora