i lost my mind.

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
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Fui direto para o quarto naquela noite e não saí de lá porque não confiava em mim mesma tendo Gustavo por perto.

Ele havia falado sério? Talvez fosse brincadeira. Ou a proposta era um grande plano para se vingar de mim por tê-lo magoado há dez anos: me atrair com seu magnetismo sexual e depois me dizer que era brincadeira.

Virando de um lado para outro na cama, considerei os prós e os contras e cheguei a uma conclusão: transar com Gustavo seria incrível, mas o único resultado possível era sofrimento para mim. E também estragaria nossa segunda chance de amizade, que ainda era muito recente e incerta.

Ao mesmo tempo, eu estava completamente excitada, com a calcinha molhada só pelo jeito como ele havia falado comigo. Pensar em estar com ele me deixava maluca.

( . . . )

Em algum momento no meio da noite, devo ter adormecido enquanto pensava nisso. Quando acordei na manhã seguinte, eram onze horas. Eu não dormia até essa hora fazia anos! O sol brilhava através das cortinas brancas e finas da janela do meu quarto. Eu havia sonhado com a conversa com Gustavo?

Notei que Liz não estava no berço. Desci correndo e encontrei Gustavo sentado na sala de estar.

— Cadê a Liz?

— Bem aqui. Olha só. — Liz se arrastava lentamente na direção dele e do brinquedinho de pelúcia com que Gustavo a atraía. Era uma lagarta colorida que fazia barulho.

— Vem aqui, Abelhão. — Ele a chamava.

Eu adorava o apelido que ele tinha dado a ela. Liz se aproximava lentamente; essa era sua tentativa de mobilidade mais impressionante até agora.

— Ela está se aproximando de você!

— Eu sei. Passamos a manhã toda treinando.

— De onde veio esse brinquedo?

— Eu comprei para ela outro dia na loja do centro.

— E entrou no quarto hoje de manhã e a tirou do berço?

— Não. Ela saiu de lá sozinha, Ana Flávia. — Gustavo riu.

— É claro que sim. Fui ver se estava tudo bem, porque você nunca dormiu até tão tarde. Queria ter certeza de que não estava desmaiada depois de ter passado a noite toda pensando em mim.

Não exatamente, embora eu tenha pensado.

— Enfim... ela estava sentada no berço, olhando para mim, quietinha enquanto você roncava. Eu a trouxe para baixo para você continuar dormindo. Tinha uma mamadeira na geladeira. Acabamos com ela. — Gustavo olhou para Liz.

— Agora ela é minha companheira de café da manhã.

— Obrigada.

— Não foi nada.

Nós nos encaramos, e senti que eu precisava quebrar o gelo.

— Gustavo, sobre ontem à noite... — Ele levantou do sofá.

— Não se preocupa com isso. Foi sem noção. Fiquei com ciúme, perdi a cabeça.

Fiquei surpresa com a repentina mudança de tom.

— Sério?

— Sim. Estava pensando com a cabeça errada.

— Tudo bem... fico feliz por estarmos de acordo.

— Bom, preciso trabalhar. — Gustavo pegou Liz do chão e a levantou sobre sua cabeça por um instante. — Vejo você mais tarde, Abelhão.

Depois disso, ele foi para o quarto e não saiu mais de lá durante o resto da tarde. Mais confusa que nunca, limpei a casa e lavei a roupa da Liz.

 Mais confusa que nunca, limpei a casa e lavei a roupa da Liz

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𝗶𝗻𝘁𝗲𝗻𝘀𝗲 𝗹𝗼𝘃𝗲 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺 ✔︎Onde histórias criam vida. Descubra agora