𝟏𝟐. a canção das sereias

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capítulo 12. 
"a canção das sereias"

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𝐀𝐁𝐑𝐈 𝐌𝐄𝐔𝐒 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐄𝐍𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐀𝐑 𝐎 𝐁𝐑𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐅𝐀𝐌𝐈𝐋𝐈𝐀𝐑 𝐃𝐀 𝐋𝐔𝐀  passava pelas árvores em direção a janela ao lado da minha cama no chalé 7. Estava muito confortável naquela posição, de costas para as outras camas, enrolada nos meus cobertores brancos, com o rosto afundado no travesseiro.

Depois de tanto tempo senti o meu corpo relaxado.

Abri um pouco a janela como de costume, deixando a brisa da noite entrar. O cheiro de mar e dos campos de morango me invadiu imediatamente. Soltei um suspiro de prazer e um pequeno sorriso escapou dos meus lábios.

Estava pronta para cair no sono novamente quando senti uma presença quente atrás de mim e vi o reflexo de um brilho amarelado no vidro da janela.

Não. Ele não estava ali. Ele não podia estar ali.

Eu estava no acampamento meio-sangue, segura depois de voltar da missão.

    — Volte a dormir — sussurrei para mim mesma.

    — Você está sonhando... — eletricidade percorreu a minha espinha, fazendo meus músculos tensionarem.

Ele não está aqui, ele não está aqui, ele não está aqui, repeti em minha mente, tentando me convencer de que aquilo era real. Eu estava no acampamento, segura, longe de problemas e aventuras. Aquela era só mais uma das minhas alucinações malucas que iria desaparecer assim que eu dormisse.

Era isso que eu precisava fazer: fechar os olhos e voltar a dormir.

    — Helena... — ele me chamou.

Levantei relutante. Seria mais fácil aceitar que eu estava ficando maluca ou que Cronos estava pregando mais uma peça com a minha mente.

    — Pai? — Minha voz saiu como um sussurro,tão baixa que achei que ele não havia me escutado.

Apolo estava ali, em toda a sua glória, com sua túnica de linho branco, arco e aljava de ouro presos nas costas e uma coroa de louros em meio a seus cachos, loiros como os meus.

    — Estou aqui, filha.

Engoli o nó que se embolou em minha garganta, temendo me arrastar para fora da cama. Mas assim eu fiz, sentindo o peso dos meus músculos, que imploraram para que eu voltasse para o conforto.

    — Você realmente... É você? Ou sou apenas eu perdendo a cabeça e tendo mais uma visão maluca?

A expressão em seu rosto suavizou a medida que eu me aproximava. Um sorriso sutil apareceu em seus lábios.

    — Você nunca esteve maluca, minha princesa — minha respiração descompassou. Me senti uma criança ao ser chamada daquela forma — As visões, os desenhos... tudo tem um sentido.

Aquilo deveria me deixar aliviada, mas, de alguma forma, senti o peso da preocupação aumentar.

    — Eu não estou no acampamento de verdade, não é?

Apolo uniu os lábios e negou pesarosamente.

Finalmente reuni coragem para olhar ao redor. Pude finalmente perceber o brilho anormal e cálido que os objetos tinham, como um holograma. Pude ver a cama de Heitor, vazia e perfeitamente arrumada, com Lee dormindo na cama abaixo, escondido entre os travesseiros. Will estava na de trás, dormindo com aquele sorrisinho angelical que ele tinha quando estava tendo um bom sonho. Olivia, Lucy, e as minhas outras irmãs dormiam do lado direito do quarto.

SUNSHINE | percy jackson¹Onde histórias criam vida. Descubra agora