sunshine | percy jackson¹

𝟏𝟎. mensagem de íris

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capítulo 10. 
❝𝒎𝒆𝒏𝒔𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒅𝒆 𝒊́𝒓𝒊𝒔❞

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    𝐀𝐂𝐎𝐑𝐃𝐄𝐈 𝐓𝐎𝐒𝐒𝐈𝐍𝐃𝐎 𝐀́𝐆𝐔𝐀 𝐏𝐎𝐋𝐔𝐈́𝐃𝐀 𝐄 𝐀𝐋𝐆𝐀𝐒.

    Meu corpo inteiro  latejava, e algo no meu pescoço ardia como uma ferida aberta. Meus pulmões pareciam estar em fogo.

    Continuei vomitando aquela água até sentir o oxigênio entrar em meu organismo novamente. Deitei na areia quente, sentindo o sol contra o meu rosto.

    Meu cérebro demorou alguns minutos para compreender onde eu estava e o que havia acontecido. E então tudo voltou como uma enxurrada. A Quimera. A picada. A queda.

    Tentei me mexer mas não consegui. Não tinha forças. Qualquer movimento muito forte com o pescoço me deixava nauseada. Vi um grupo enorme de corvos brancos voarem por cima de mim e desaparecerem no céu.

    Como eu havia saído do rio? Eu supostamente já deveria ter virado um peso morto no fundo. Aqueles corvos haviam me tirado de lá?

    Me lembrei do meu pedido de ajuda e tive vontade de chorar. Ele me ajudou. Até soluçar doía mas não consegui conter as lágrimas.

    — Helena!

    Não consegui virar em direção a voz, mas soube que era Annabeth. Sua cabeleira loira apareceu em cima de mim, cobrindo o sol. Grover apareceu logo depois.

    — O que aconteceu? Você está bem?

    — Meu pescoço... — falei rouca — Ambrosia... bolsa...

    Ela entendeu o que eu disse. Tirou um saquinho de ambrosia de dentro da bolsa – que agora era uma maçaroca de geleca cor de âmbar – cortou um pedaço e colocou na minha boca.

    Me senti imediatamente melhor ao sentir o gosto de muffins de baunilha e morango. Os dois me ajudaram a sentar na areia, eu ainda me sentia meio zonza, mas já conseguia movimentar melhor o corpo. Não faço a menor ideia de como a ambrosia funcionou. O veneno da Quimera é supostamente letal - não é atoa que ela é conhecida como a assassina de semideuses -, mas não me prendi muito nisso. Graças aos deuses, eu ainda estava viva.

    Annabeth me abraçou, seus braços tremiam e a respiração estava rasa. Não tive forças para movimentar os braços, então me contentei com apoiar minha cabeça em seu ombro.

    — O que aconteceu? — Grover perguntou.

    — Nós deixamos vocês sozinhos por um segundo e... BOOM! Lá se vai um monumento.

    Minha cabeça latejou com toda a teatralidade.

    — E-equidna... — falei com a cabeça apoiada na mão — Nós caímos.

    — Cento e noventa e dois metros!?

    — Onde está o Percy?

    Percy... Me lembrava de sentir nossos corpos se separando na água antes de perder a consciência. 

    — E-eu não sei. Acordei aqui sozinha. Não sei como consegui sair da água, eu estava desmaiada — os dois se entreolharam preocupados.

    Olhei para a água. Não tinha como ele morrer, tinha? Quer dizer, ele é filho de Poseidon. Filhos de Poseidon não se afogam... em teoria. Ficar ansiosa não ajudou nada na minha tontura.