The White Box: Chapter I (NOVA VERSÃO)

Capítulo 9

Celine captura a mão de Melinda, as encaminhando até o interior do iate, onde tudo é extremamente luxuoso e rústico. A decoração em tons claros dando a elegância junto aos móveis brancos no ambiente. Melinda segue os passos tendo a visão do belo corpo dentro do vestido longo e preto. Seus saltos contra o piso polido sendo os únicos a quebrarem o silêncio em todo iate.

O fato de estarem sozinhas deveria assustar Melinda, mas não, seus sentidos sequer protestam.

Celine para a um passo do quarto com direito a suíte. Olha para Melinda à procura de seu consentimento e o tem no instante que a mesma assente com um sorriso modesto. Celine sorri de volta, o sorriso mais sacana que alguém dera a Melinda em seus vinte anos de idade, e no segundo seguinte estão dentro do quarto com a enorme cama coberta por lençóis brancos de seda.

Branco com certeza é a cor favorita de Celine — Melinda pensa.

— Você estava maravilhosa hoje.

— Obrigada.

Celine assente ainda a um passo atrás de Melinda.

— A maneira como olhou para mim... Posso? — Celine joga o cabelo de Melinda para um único lado, inspirando o perfume lentamente após Melinda assentir para "sim" com a cabeça. A ponta de seus dedos tocam delicadamente sua nuca, fazendo o arrepio singelo eriçar os pêlos na região em específico. Melinda agradecimento mentalmente à Martha por ter colocado a fragrância importada em sua lista de compras. Inclina o pescoço, permitindo que Celine tire os fios restantes de seu cabelo, da região. — Como se pedisse para que eu desse o último lance... Como se pedisse para ser minha.

— Não deveria ser tão presunçosa. — Melinda sente o corpo de Celine encostar na traseira do seu.

— Por que, Senhorita Madrazzo? — Insiste arrancando outro sorriso de Melinda, dessa vez, sem graça.

Celine sabe sua resposta, sabe o motivo de Melinda tê-la fitado tão intensamente, mas quer ouvir para usar única e exclusivamente a favor de seu ego.

Não fora intencional, muito menos pessoal.

Melinda estava lá para todo e qualquer cliente, sem excessões, mas a beleza estonteante da mulher de olhos e cabelos escuros, sentada feito uma rainha em seu trono, atraiu sua atenção ao fazer com que seus olhos se encontrassem, prendendo-se mais tempo que o necessário um no outro.

De início fora quase constrangedor, mas quando Celine sorriu, erguendo o copo com a dose de whisky em sua direção como quem quisesse sua atenção, ambas conectaram-se feito imãs em pólos totalmente opostos.

E, a partir daquele momento, Melinda concluiu que não seria de mais ninguém se não de Celine Jagger.

— Porque eu olhei para todos sem exclusividade alguma. — Continua, Celine sorri como quem finge acreditar.

— Eu não divido o que é meu ou o que penso ser meu com ninguém. Viu Hamilton? Aquele velho estúpido que pensou que te tiraria de mim. — Pergunta ao pé de seu ouvido, enquanto as mãos rondam sua cintura, a boca toca cautelosamente a lateral do pescoço de Melinda, que sorri revirando os olhos.

— E ele iria?

— O que acha?

— Talvez.

— Melinda... — Beija-lhe a nuca ao cantarolar o nome. — Quando eu desejo algo, eu vou até o fim. Não seria diferente com você. Eu te desejei mesmo antes de te conhecer.

Melinda suspira sentindo a respiração tremer junto as pernas sobre os saltos. Questionando-se como Celine consegue a arrastar tão facilmente para seu abismo tentador, qual está prestes a pular em queda livre. Nunca imaginou desejar o toque de quem fosse que desse o lance final, mas com Celine é diferente. Seu corpo anseia pelos toques, mas Celine hesita como quem sabe o efeito que tem sob Melinda. Como quem quer descobrir o seu ponto de fusão.