Capítulo 11

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Melinda desperta com a claridade forte que invade o ambiente. A falta de calor ao seu lado, indicando que Celine não está mais ao seu lado. Esboça um sorriso, se espreguiçando feito um urso preguiçoso, alongando todos os músculos exaustos. Levanta enrolada no lençol procurando por seu vestido, qual Celine havia capturado do chão e deixado sobre a cama.

Segue para a suíte luxuosa do iate.

A água a lava da cabeça aos pés, escorrendo por todo seu corpo por um logo tempo, até os músculos relaxarem e o desconforto doloroso e prazeroso ser amenizado. Seus pensamentos se dirigem para a noite passada, para Celine, para as marcas e hematomas em seu corpo. Precisará escondê-los caso queira encerrar o ciclo com cem porcento de êxito. Não sabe mentir, e caso precise, como irá explicar para as melhores amigas ou para a mãe delas as marcas por seu corpo?

Ao deixar o box, Melinda para frente o espelho sobre a pia e repara em seu corpo enrolado na toalha. Nada mudou. Ela continua sendo a mesma de sempre, exceto por uma das melhores noites de sua vida. Temeu que Celine não desse o último lance da noite, e temeu ainda mais o fato de correr o risco de ter que ir para cama com um daqueles magnatas presentes.

Mas Celine pareceu determinada e a cada lance dado sua expectativa aumentou. Naqueles breves instantes que seus olhares se encontram, sim, ela queria ser de Celine, e de mais ninguém no auditório.

Deixa a suite já vestida, passa pelo quarto, constando não deixar nada para trás. Na parte externa da embarcação, percebe que o sol brilha e só assim consta ser tarde e que dormiu mais que o suficiente.

— Bom dia, Senhorita Madrazzo. — Uma das funcionárias da noite anterior vem a seu encontro.

Melinda se assusta ao perceber que há outras pessoas na embarcação, todas devidamente vestidas em uniforme brancos, inclusive a mulher a sua frente.

— Bom dia.

— A Senhora Jagger pediu para que o café da manhã fosse servido a senhorita, e lamenta por não poder acompanhá-la. — Sorri simpática. — Siga-me.

Melinda segue mulher para o próximo andar do iate. Celine cumpri com sua discrição quanto ao acontecido. Um pequeno banquete aguarda por Melinda. Sobre a mesa redonda há comida para alimentar uma família. Melinda opta por uma taça de suco de laranja e come um pouco da salada de frutas.

Põe-se a pensar novamente, enquanto tem uma vista de tirar os olhos da costa da cidade de Miami. Não acredita no que fizera e sente-se surpreendida. Havia sido bom. Mais que bom, sendo sincera. Celine realmente sabia o que estava fazendo e o fato estranhamente a agrada.

Fora sua primeira vez. Não fora com alguém que estava completamente apaixonada ou amava, mas de alguma forma fora agradável e especial. Melinda se arrisca a pensar que de qualquer modo, não poderia ter algo melhor que aquilo, com uma pessoa tão experiente quanto Celine. E tudo isso a conforta.

Ao terminar a refeição, a mesma mulher de alguns minutos atrás alerta que o helicóptero está a disposição. Melinda deixa a embarcação e aterrissa no pequeno heliporto, após reparar nas águas escuras do mar e ter uma breve distração. O carro e o motorista de Alexa estão de pronta e a sua espera.

— Bom dia, Senhorita Madrazzo. — Cumprimenta educado, abrindo a porta traseira.

— Bom dia, Paul.

— Bela embarcação.

— Eu que o diga. — Sorri entrando na Mercedes-Benz.

— A Senhora Ferrer pediu para que fossemos direto para a mansão.

— Ok.

O caminho segue no mais puro silêncio, o motorista de Alexa não sendo de muito assunto, e Melinda agradece pelo fato. Seus pensamentos voam para longe, e conversar com alguém a impediria de acompanhá-los.

The White Box: Chapter I (NOVA VERSÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora