Capítulo 7

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Depois de muito insistirem, Alexa e Martha convencem Melinda a tomar um banho de loja, pois, algumas coisas devem ser mudadas até o leilão e a mesma precisa habituar-se. Martha Hansen, a mulher de grande porte e muito elegante fez questão de colocar-se na Mercedes-Benz com Melinda, para que o motorista as direcionassem até o Dolphin Mall, um dos melhores e maiores shoppings da Flórida.

— Obrigada, Paul. — Diz assim que coloca os pés para fora do veículo. — Precisaremos de alguém forte para nos ajudar a carregar as bolsas, você nos acompanhará nessa jornada.

— Como quiser, Senhora Hansen. — Concorda e se coloca à disposição.

Entram na enorme construção enquanto Melinda repara em seu reflexo no chão cintilante e por segundos sente-se intimidada. Não está acostumada com tamanha mordomia e muito menos a ter alguém para carregar suas bolsas. Seguem direto para uma das lojas com fachada em vidro, qual recua antes de adentrá-la. Martha a puxa para dentro e no instante seguinte uma mulher de muito boa aparência vem sorridente ao seu encontro.

— Em que posso ajudá-las?

— Em tudo! Precisamos dar um banho de loja na minha mais nova gata borralheira. — Martha diz como se tivesse intimidade com a mulher.

— Por favor, sigam-me.

Adentram mais a loja, passando por diversas araras com diversas peças de roupa. Há também a sessão de sapatos, os saltos altos são exibidos em uma vitrine em vidro com iluminação. Pessoas com esteriótipos granfinos circulam pelo ambiente como se já estivessem acostumados a gastar milhares em uma simples peça de roupa. Melinda respira fundo, observando Martha separar algumas peças e as carregar junto a si.

— O que achou? — Para olhando ao redor.

— Eu nunca me habituaria a isso. — Diz sincera, conferindo algumas peças de roupa na arara estendida até que um casaco lhe chama atenção.

— Gostou?

— É lindo.

— É seu! — Martha separa o casaco da arara e o adiciona ao amontoado de peças de roupa que havia separado.

— Martha… Não.

— É só um casaco.

— Que custa seis mil e quinhentos dólares.

— Sabe o que é seis mil e quinhentos dólares perto do que você irá receber? Não, não sabe. Eu acho que você sequer tem noção. Mas, já que gostou tanto do casaco, leve-o, considere um presentinho meu. — Sorri para Melinda, pois sabe que ela é diferente das outras. Que ela não deveria estar na Mansão Ferrer, mas devido às circunstâncias não hesitou em estar, e isso diz muito sobre ela. — Será que poderia nos trazer duas taças de champanhe e alguns daqueles chocolates? — Pede a mulher que as atendem.

— Claro, Senhora Hansen. Um minuto. — A mulher confirma as deixando a sós.

— Sabe? Você não vai querer ser a gata borralheira em meio a todos milionários. — Senta no banco dentro da área do provador.

— Tem razão, eu não vou. Não vou porque isso tudo vai acabar na noite do leilão. — Afirma convicta. — Não é como se eu fosse querer me envolver mais que o necessário.

— Todas se envolvem, Linda. — Para e depois de uma pausa continua: — Eu posso te chamar de Linda?

— Sem problemas.

E realmente não havia. Martha está sendo a amiga que Melinda não tem dentro da Mansão Ferrer, hospitaleira e de muito boa vontade. Ela é diferente de todas as outras, bem melhor que Alexa, o que a conforta.

The White Box: Chapter I (NOVA VERSÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora