The White Box: Chapter I (NOVA VERSÃO)

Capítulo 23

Celine desperta com a voz do piloto que soa nas caixas de som do jato, informando que em poucos minutos aterrissarão. Ajeita-se na poltrona, e repara em Melinda ao seu lado. Sua expressão descansa depois das longas horas de vôo. Então, ela se movimenta, abrindo os olhos e se espreguiça discretamente ainda na poltrona confortável e reclinável. Gordon olha além da janela a paisagem completamente branca e opaca, mas por sob as nuvens abaixo do jato, a luz do sol ilumina toda Zurique. Jonathan está com o celular em mãos e o coloca no bolso do blazer que o veste, ajeitando-se na poltrona.

Com os cintos de segurança apostos e verificados, todos sentem a aeronave perder altitude e pouco mais de três minutos, o jato ganha as terras suíças. Ao colocarem os pés na pista do aeroporto, a rajada de vento frio bate contra seus corpos vestidos devidamente para o clima nessa época no país.

As bagagens são descarregadas e colocadas no veículo à disposição de todos.

— Bom dia, Senhora Jagger. — Jordan a saúda. — Senhorita Madrazzo, Senhor Jagger, Comissário Gordon. — Saúda os demais.

— Bom dia, Jordan. Como estamos?

— Bem, senhora. Tudo ocorrendo como previsto. — Abre a porta traseira do veículo para que Celine e Melinda adentrem o mesmo.

— Obrigada.

— Por Deus... — Melinda esfrega a mão uma na outra. — Eu estou congelando.

— Jordan, o aquecedor, por favor. — Pede ao homem que está sentado ao lado do motorista particular. Jonathan e Gordon entram no veículo em seguida. Jordan aumenta a temperatura do aquecedor.

— Melhor?

— Melhor. Obrigada, Jordan.

— Por nada, Senhorita Madrazzo.

O motorista dá partida no veículo e o caminho ocorre no mais puro silêncio. Gordon não sendo de muitas palavras e Jonathan não querendo estourar a bolha em que sua filha e Melinda se encontram. Repara em Celine acariciando as costas da mão de Melinda com o polegar enquanto checa se a temperatura de Melinda se estabilizou. E sim, sua mão quente, demonstrando que os minutos com aquecedor ligado a aquece. Mas Celine não repara em seu pai observando o ato tão natural e incomum vindo de si, e sequer repara em polegar sobre a pele de Melinda.

Minutos depois estacionam frente ao The Dolder Grand, o hotel que Celine escolhera para a hospedagem. Quando descem do carro, são recebidos por funcionários que se adiantam em ficarem por conta das bagagens de mãos.

— Bem-vindos ao The Dolder Grand. — Um dos funcionários indica para que todos adentrem o hotel.

Celine caminha à frente com Melinda, e sente se corpo se aquecer de forma natural. Melinda repara discretamente no local luxuoso, não há nada além de muito luxo na recepção. Gordon compartilha do mesmo sentimento.

O teto alto junto ao gesso escupido, a organização, o silêncio junto a todos os funcionários prontos para os servirem.

Celine dá entrada, pegando os cartões para seus respectivos quartos, e claro, Melinda e ela ficarão em quartos separados, porém, no mesmo andar. Os compromissos no próximo dia talvez não permitirão que dê a atenção desejada a Melinda, mas Celine tem planos e tentará executá-los.

Quando deixam o elevador, Celine despede-se educadamente de Gordon, que segue até a porta de seu quarto, insere o cartão e está aposto em seu devido lugar. Descanso, é o que o homem quer, assim como todos ali.

— Bom descanso, filha. — Jonathan a abraça. — Melinda, foi um prazer conhecê-la. Tente descansar um pouco também. Nos vemos mais tarde, Celine?