Capítulo 17

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Melinda deixa o carro desapontada. Questionando-se o porquê de Celine simplesmente não poder saciar suas vontades.

Haviam passado uma noite juntas. Haviam se beijado. Haviam feito sexo. O que seria um beijo a mais?

Entra em casa nas pontas dos pés, e sobe para o segundo andar, indo em direção ao seu quarto. O calor causado por estar perto demais de Celine Jagger a tomando em cheio. Adentra o cômodo, despindo-se enquanto deixa os sapatos de salto alto próximo a porta.

Um banho. Talvez seja suficiente para fazer com que Celine havia começado tenha fim.

Talvez.

A água fria cai por seu corpo, esfriando sua pele, acalmando os ânimos enquanto os pensamentos dirigem-se à mulher.

Como Celine era capaz? Como ela ousava? Como ela conseguia tê-la tão facilmente?

Melinda precisa de respostas. E está disposta a consegui-las com o tempo. Sim, precisa de tempo. E, sim, com certeza irá ver Celine novamente se assim ela permitir.

Desce com a mão por seu abdômen, em direção ao seu sexo, e surpreende-se ao sentir como a região se encontra molhada. A lubrificação se fazendo presente.

— Eu não acredito. — Solta enquanto sente sua textura em seus dedos e sobe com as mãos, conferindo o estado em que se encontra, sentindo-se levemente envergada com a situação.

Quando deixa a suíte já seca e vestida e se joga na cama, colocando-se a pensar. E com os pensamentos em Celine Jagger, e um sorriso esboçado no rosto, adormece.

Na manhã seguinte acorda disposta e com fome. Faz sua higiene matinal e segue até a cozinha, onde Isabel, Laura e Maria já estão apostas em seus lugares na mesa. As melhores amigas de Melinda fixam os olhos em si, enquanto ela caminha sem pressa e ignora os olhares curiosos sobre si.

— Bom dia, tia Isabel. Bom dia, meninas. — Senta-se à mesa.

— Bom dia, Linda. — Isabel desvia os olhos do jornal.

— Bom dia, Linda! — Maria e Laura soltam em uníssono.

— Como você está? — Laura começa.

— Bem, mas poderia estar melhor.

— Como foi a negociação com sua chefe? — Maria malícia o tom que somente ela, a irmã e Melinda têm noção.

— Bem, inflexibilidade seria palavra certa. Não conseguimos arrancar nada na negociação.

— Como assim, não? — Laura arregala os olhos para Melinda. — Nada? Tipo, nadinha?

— Exatamente. Mas temos algumas chances e estamos dispostas a tentar.

— E quando será isso? — Isabel fecha o jornal e o coloca sobre a mesa, virando o resto do café em sua xícara.

— Quando eu quiser. — Melinda sorri para as amigas. — Quero dizer, eu quem marco os compromissos de minha chefe.

— Entendo. — Isabel ergue-se da cadeira e beija a testa de Melinda, repetindo o gesto nas filhas. — Se cuidem e nos vemos no almoço.

Após pegar a bolsa e as chaves, ela sai pela porta da sala, deixando as três a sós para darem continuação a conversa.

— Nem um beijinho? — Maria não contém a expressão de desapontamento.

— Não. — Melinda nega com a cabeça.

— Diga ao menos que o jantar valeu a pena. — É a vez de Laura.

— Sim, ela me levou ao Nobu at Eden Roc.

The White Box: Chapter I (NOVA VERSÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora