Amor sempre Amor

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CAPÍTULO VINTE E UM

           Lan Wangji

EU  estava chateado, ainda tão chateado, mas eu precisava dele. Precisava tocá-lo e saboreá-lo, porque minha semana com ele foi o único momento na minha vida em que me senti vivo.

Ele tinha o mesmo gosto, como se meu corpo tivesse se agarrado a isso, e um golpe de sua língua foi o suficiente para fazer a memória voltar à vida. O uísque também estava lá, e eu chupei sua língua antes de alimentá-lo com a minha, pensando que aproveitaria esse momento e pronto.
Os braços de Wuxian me envolveram, e dane-se se eu não relaxasse neles, se meu corpo não se lembrasse de seu toque também e se arrepiasse com a verdade de que com ele era onde eu queria estar, onde eu sempre quis estar. .
Ele gemeu em minha boca, me beijou como se estivesse morrendo de fome, e eu não queria nada mais do que ser a única pessoa que poderia sustentá-lo.
Nós nos separamos alguns centímetros quando puxei sua camisa, os botões voando em todas as direções, porque tudo que eu queria era sua pele.
Ele  um abdômen bem cortado, pelo qual ele me provocava quando tínhamos dezoito anos. Meu corpo não estava tão bom quanto antes, pois não me cuidava como deveria, mas nada disso importava.
“Quem parece um atleta agora?” Eu brinquei antes de nossas bocas colidirem novamente.

Mordi seus lábios e alimentei-o com minha língua, minhas mãos vagando por todo seu corpo. Ele não se afastou do meu toque, então presumi que ele estava bem com isso, embora ele tivesse estado assim a maior parte da semana que passamos juntos de qualquer maneira.
Quantas outras mãos estiveram sobre ele ao longo dos anos? Quantos sabiam que ele gemia ao beijar e qual era o gosto de sua boca, e quem mais estava dentro dele?
Quem levou Wuxian para dentro de seus corpos?
Eu estava com ciúmes de todos eles, mas especialmente do último porque era para ter sido meu. Nós também fomos roubados disso.

Suas mãos foram para minha camisa em seguida, mas eu me afastei e caí de joelhos.

“Ah, merda”, disse Wuxian enquanto eu desabotoava e desabotoava seu short. Quando consegui que seu short e sua cueca caíssem, me inclinei, enfiei o nariz no cabelo  escuro de sua virilha e inalei.
O cheiro de almíscar e água salgada e de Wuxian subiu direto à minha cabeça, deixando-me mais bêbado do que qualquer uísque jamais poderia.
Eu lambi suas bolas enquanto desabotoava e abria o zíper do meu próprio short, puxando-o para baixo até que meu pau dolorido se libertasse.

“Estou melhor nisso do que da última vez”, eu disse a ele, e ele se encolheu. Não foi minha intenção. Não importa o que acontecesse, eu não queria machucá-lo, mas então, o que ele esperava? Que em quinze anos eu nunca tive outro homem? Se tivesse sido do meu jeito, eu o teria tido o tempo todo, mas isso não aconteceu, não é?

“Jesus, esse pau,” eu disse enquanto colocava minha mão em torno dele. Lembrei-me do quanto eu o queria dentro de mim, do quanto eu precisava dele. Ele era grosso, tão grosso, com a ponta vazando e as bolas cheias.

"Wangji..." ele disse sem fôlego enquanto eu girava minha língua ao redor da cabeça, lambia o pré-gozo ali, morrendo de vontade de que minhas papilas gustativas ganhassem vida com seu sabor.

Envolvi minha boca em torno dele, chupei-o profundamente e, porra, sim, este era Wuxian, meu Wuxian, na minha boca, ofegando, gemendo e sussurrando meu nome. Era onde deveríamos estar, onde sempre deveríamos estar, mas foda-se se a vida não atrapalhava às vezes.
Eu me afastei só para poder cuspir na mão, e então comecei a chupá-lo e me masturbar. Eu o levei até o fundo da minha garganta. Eu engasgaria com ele se pudesse, porque esse era Wuxian e eu nunca me cansava dele. Ele era minha obsessão, e eu não me importava com o que isso dizia sobre mim.
Sua mão apertou meu cabelo, fez meu couro cabeludo arder e, porra, eu queria que ele me agarrasse com mais força, queria ter certeza de como era isso e segurar esse momento, porque ele sempre foi quem me carregou.

“Wangji. Sinto muito, Deus, sinto muito...” Ele balançou os quadris e eu me afastei dele.

“Mais,” eu disse, e ele fez isso de novo, fodendo minha garganta enquanto desculpas continuavam saindo de seus lábios. "Sinto muito, sinto muito, sinto muito."
Minha visão ficou nublada e lágrimas caíram dos meus olhos, porque ele estava lá e eu estava me permitindo aceitar isso de verdade.
Wuxian estava lá .

Também tinha sido real para ele.
Passei quinze anos pensando que ele não se importava, que isso era unilateral, que ele percebeu que eu não era o que ele queria. Sabendo que isso não era verdade, senti que poderia voar.
Eu estava com ele, de joelhos por ele, sua mão em meu cabelo e meu nome em seus lábios, a tristeza em sua voz combinando com a que vivia em minha cabeça.
Estávamos sempre no mesmo comprimento de onda, como se fôssemos um, essa garantia cósmica que sempre deveria acontecer, e de alguma forma sempre voltaríamos um para o outro.

“Eu não posso acreditar que posso sentir você novamente. Porra, você se sente tão bem. Eu vou gozar... Porra, quero que isso dure, mas eu vou gozar.

Ele empurrou de novo e de novo, e minhas bolas apertaram quando meu orgasmo caiu sobre mim. No segundo em que Wuxian jorrou em minha garganta, seu gozo grosso e pegajoso cobriu minha língua, eu o soltei, disparei minha própria carga e o engoli. Assim como quando acordei sozinho, como naquela noite passada no quarto do hotel, não consegui me conter. Eu me soltei e chorei, e então ele estava lá, no chão comigo, com os braços em volta de mim, me abraçando e chorando também.

(....)