Amor sempre Amor

03

CAPÍTULO TRÊS

Lan Wangji

Eu CONSEGUI entrar. Eu não podia acreditar que tinha conseguido entrar.
Havia homens por toda parte. Alguns da minha idade e outros obviamente mais velhos. Eles dançaram, se beijaram, conversaram e riram, e eu nunca senti tanta dor na alma. Eu estava sangrando naquele momento por esse sentimento costurado em quem eu era, mas que eu não queria nada mais do que expulsar.

"Bem, você não é um doce?" alguém disse perto do meu ouvido. Virei-me e vi um cara que parecia ter cerca de vinte e cinco anos. Ele era mais alto do que eu, mais largo também.
Dava para perceber que ele se mantinha em forma, provavelmente levantava muito peso.

Eu também, mas não tinha o corpo dele.
“Hum… Oi.” Eu parecia um idiota, mas não sabia mais o que dizer. Nenhum homem jamais me chamou de doce antes, pelo menos não do jeito que ele fez. Eles nunca olharam para mim com o desejo olhando para mim através de seus olhos castanhos.

“Esta é sua primeira vez aqui?” ele perguntou, e eu balancei a cabeça. “Eu sou Bobby.”

“Wangji”, respondi.
“Tem certeza de que tem idade pra estar aqui, Wangji?” Bobby perguntou, e novamente eu balancei a cabeça antes de encontrar uma maneira de me forçar a falar.

“Sim, tenho dezoito anos. Só estou na cidade por uma semana, antes de passar o verão em casa e depois ir para a faculdade. Posso mostrar minha identidade, se você quiser. Isso era algo que eu deveria dizer? Isso me fez parecer um perdedor? Quem anda por aí se oferecendo para mostrar sua identidade às pessoas?

Bobby riu. “Não se preocupe, Wangji. Eu confio em você e cuidarei de você. Não se preocupe. Vou tratar você bem.

Um tremor percorreu todo o meu corpo. Deus, eu queria isso, mas também estava morrendo de medo disso.
Seis dias... só tenho seis dias para tirar isso do meu sistema.

Eu estava adiando convidar Langjiao para sair, mas sabia que o faria em breve. Os pais dela eram melhores amigos dos meus. Estávamos indo para a mesma faculdade. Ela era meu futuro, e nós dois sabíamos disso.

"Venha garoto. Vamos dançar." Bobby me agarrou e me puxou para mais perto. Eu podia sentir o cheiro de álcool em seu hálito. Uma música alta tocava enquanto ele passava os braços em volta de mim e passava as mãos para cima e para baixo nas minhas costas, movendo-se contra mim.

Eu poderia dizer que não era muito bom. Eu estava rígido contra ele, e não meu pau. Era como se houvesse uma tábua presa à minha coluna. Não importa quantas vezes eu dissesse a mim mesmo para relaxar, parecia que não conseguia fazê-lo.
Eu sabia que era isso que eu queria, que me sentia atraído por homens e precisava saber como era estar com um cara pelo menos uma vez, mas meu medo continuava se expandindo, como um balão sendo inflado.

Deus, eu queria que fosse com alguém que eu conhecesse. Alguém em quem confiei.
Não ia conseguir isso em uma semana.
Música após música, dançamos. Eu não sabia quanto tempo tinha passado quando a boca de Bobby estava perto do meu ouvido novamente. "Você vai brincar comigo?"

Minha garganta estava muito seca, minha voz subitamente quebrada, perdida como se tivesse fugido. Tudo o que consegui foi um aceno de cabeça, então foi o que fiz. Bobby riu novamente e beijou minha bochecha.

“Você é muito fofo. Mal posso esperar para ser aquele que te ensina como perder o controle.”

Bobby pegou minha mão e me levou em direção ao banheiro. Eu não sabia por que, mas minha mente voltou-se para o cara que eu tinha visto passar por mim mais cedo - aquele com cabelo negro e jeans que eram grandes demais e tinham buracos nos joelhos - não o tipo de jeans que você comprado com buracos também. Eu senti seu olhar e então, estranhamente, nossos olhos se encontraram. Era uma coisa estranha de se pensar naquele momento.

A fila era rápida e, quando entramos, Bobby me levou até uma das cabines.

No segundo em que a porta se fechou atrás de nós, sua boca estava na minha. Ele tinha gosto de canela e suas mãos estavam por toda parte. É isso! Estou beijando um garoto! Essas palavras flutuava na minha cabeça, mas meus lábios estavam tensos e meu cérebro estava estranho, e eu não conseguia tocá-lo.

"Tem certeza que quer isso?" perguntou Bobby.

Sim... por favor... só uma vez. “Sim, sinto muito. Eu nunca. .” O que ele obviamente sabia.
"Relaxe. Eu cuidarei bem de você.”

Bobby começou a me beijar novamente e, eventualmente, eu me soltei. Provoquei minha língua em sua boca e ele sorriu contra a minha. “Esse é um bom menino. Apenas relaxe e deixe-me cuidar de você.
Eu tentei e me senti bem. Meu pau começou a endurecer, meu corpo formigou, mas não consegui desligar meu maldito cérebro. A parte que queria lembrar da minha primeira vez, da minha única vez, que queria que fosse especial. Eu disse a mim mesmo que a primeira vez de ninguém foi especial. Aposto que muitos eram parecidos com os meus, mas isso não ajudou a reprimir meu medo.
Mas então ele desabotoou e abriu meu jeans, empurrou-o pelas minhas coxas, passou a mão em volta do meu pau, e puta merda , nada nunca foi tão bom.
Eu comecei a beijar mais, empurrado em seu aperto. Ele me soltou e cuspiu na mão antes de me acariciar novamente, me beijando até que eu não soubesse meu próprio nome.
Bobby me empurrou em direção à parede e me virou de costas para ele.
“Uma bunda tão sexy. Mal posso esperar para arrombar.
Meu medo aumentou. Quase engasguei com isso. Pensei que faríamos punhetas ou boquetes. Eu não tinha considerado o fato de que ele iria querer me foder no box do banheiro.
Ele beijou minha nuca enquanto o ouvi abrir as calças. Eu não conseguia controlar o tremor do meu corpo naquele momento. Minhas pernas quase cederam. Não consegui encontrar minha voz.
Esta pode ser minha única chance de lutar com eu não quero isso com ele, com alguém emquem não confio , mas ainda não consegui falar.
"Vamos abaixar um pouco mais para que você possa abrir as pernas para mim", disse Bobby enquanto sua mão acariciava minha bunda.
“Não”, conseguiu sair da minha garganta. “Não,” eu disse novamente, minhas palavras de repente se libertando. "Desculpe. Não posso. Desculpe."
Levantei minha calça jeans e saí correndo do banheiro. Abotoei e fechei o zíper enquanto andava, com lágrimas enchendo meus olhos. Isso foi tão estúpido. Eu …. Por que eu o parei? Isso era o que eu queria, por que vim pra isso.

Quando finalmente empurrei a porta do clube, mal consegui controlar a raiva e a frustração que brotavam dentro de mim, as lágrimas que se transformaram em soluços. Havia um beco ao lado do clube, então entrei nele. Dei um soco no prédio e a dor percorreu minha mão.

"Porra!" Gritei antes de cair, com as costas apoiadas no prédio, e chorei.

(....)