Mamãe

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Tudo estava, até eu abrir meus olhos. Eu estava em um quarto iluminado, deitada em uma cama com o Sol entrando pelas janelas, causando uma iluminação linda no quarto. Eu olhei para baixo, meu corte, ele se foi, e não tem nada, nenhum arranhão. Eu toquei bo meu pulso, e não senti nada sobre meu braço, nenhum volume sobre o local, nem sinal de cicatriz. Não parecia que Tom Kaulitz me esfaqueou no braço.

Senti um arrepio só de pensar no nome, Tom Kaulitz. Joguei o cobertor de lado e me levantei da cama, caminhando até a porta. Eu girei a maçaneta e abri a porta, assustada com o que poderia encontrar. Abri a porta e me deparei com um grande jardim branco e dourado, o sol estava brilhando entre a grama e o calor me atingiu suavemente, como um anjo envolvendo suas asas emplumadas ao meu redor.

Dei uma olhada à minha frente, fui dar um passo, mas parei assim que ouvi o grito animado de uma jovem.

-Mamãe!- A voz se aproximava.

Eu me virei, assustada com a pequena voz. Era uma menininha, correndo na minha direção. Ela tinha um cabelo ruivo que balancava no vento enquanto corria o mais rápido que podia até mim.

À medida que ela se aproximava, eu podia ver seus olhos, olhos azuis cintilantes, assim como o oceano quando o sol está brilhando em suas águas. A garota estava agarrada em mim, abraçando as minhas pernas e sorrindo.

-Mamãe, suas costas!- Ela começou a chodar, com lágrimas inchando em seus olhos.

-Ah...- Eu não sabia o que falar -Desculpa querida, eu não sou sua mamãe...- Eu disse enquanto dava tapinhas na cabeça da garota.

-Para de ser boba mamãe, eu senti tanto a sua falta! Papai disse que você nos deixou para ir em um lugar muito especial onde a gente iria se ver algum dia...- Ela chorou um pouco -Papai me disse que você estava com anjos, então eu rezei para os anjos todos os dias mamãe, esperando que você voltasse, e funcionou...!- Ela chorou enquanto se agarrava às minhas pernas com muita força.

Eu to sonhando? Isso é uma loucura!

Até que a garotinha abriu os olhos e olhou para mim que meu coração parou de bater. Ela parecia... o Tom.

-Não!- Eu disse me soltando da menininha -Não pode ser...- Continuava a me afastar da garota.

-Ma-mamãe?- Ela disse, com lágrimas ainda deslizando por suas bochechas rosadas.

-Você não pode ser n-nossa... ah- Eu balancei a cabeça -Você não pode ser nossa... filha- Eu disse, olhando para a garotinha como se ela fosse um monstro, eu comecei a sentir lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Ela olhou para mim, seus olhos azuis brilhavam enquanto algumas lágrimas rolavam pelo seu rosto. Tudo o que pude ver nela era Tom,  e o que senti foi dor quando a vi chorar. Corri direto para ela, limpando minhas lágrimas enquanto ia até a menina, querendo segurar com minhas mãos, em meus braços. Mas ela foi embora.

Eu estava em algum lugar diferente agora, eu estava no meio da estrada, enquanto os carros aceleravam sem nem olhar pra mim. Algo me tirou dos meus pensamentos e o som de uma buzina tocando repetidamente estava ecoando pelos meus ouvidos.

Eu me virei e engasguei de horror com o que estava vendo. O carro de Tom foi atropelado, a frente do carro praticamente ficou toda amassada. Corri em direção ao acidente.

-Tom!- Eu gritei -Tom!-

Corri ao redor do carro do outro motorista, indo até o carro do Tom. Eu me agachei e olhei para dentro. Lá ele estava pendurado de cabeça para baixo em seu assento, apenas deitado lá em silêncio.

-TOM!- Eu gritei para alcançá-lo, mas fiquei presa no lugar -Tom!- Eu fui gritar o nome dele de novo, foi meio que automático.

Tudo o que eu podia ouvir era um monte de pessoas falando em voltaa. De repente, Tom se moveu em seu assento, seus olhos se abriram e ele dicou um pouco confuso.

My Living Nightmare - Tom Kaulitz (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora