Olhando direto nos olhos de um assassino

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[...]

— Cai fora — Eu reclamei sentindo Ria puxando meu cobertor. Senti um frio enorme nas minhas pernas e eu me encolhi.

— Levanta vagabunda preguiçosa, são quatro da tarde! —

Minha mão percorreu o colchão até achar a coberta — Bem, talvez se você não me levasse naquele lugar a noite interia com seus carros, eu não estaria dormindo o dia todo, agora devolve a desgraça da coberta! —

— Não Taylor, levanta logo, liguei para Bill e ele quer nos ver de novo hoje à noite —

— Você, ele quer ver você hoje à noite —

— Bem, sim, mas ele mandou nós duas irmos —

— Por que eu? Eu nem queria me meter nisso — eu disse sentada ainda com sono, eu olhei pra Ria, que também estava de pijama, eu ri — Você também dormiu —

— Mas não quanto você, eu me levantei há meia hora —

— E a primeira coisa que você fez foi ligar para Bill — eu disse com um sorriso malicioso que se transformou em nojo, fazendo-a rir.

— Então você vai ir comigo? —

— Hmmm...não — Eu me deitei e puxei o cobertor de novo.

— Ah, vamos, você realmente vai me deixar lá sozinha? —

Ela tocou no meu ponto fraco, ela sabia que eu me preocuparia se ela fosse, mas eu conseguia ser teimosa às vezes — Vou, porque da última vez que eu cuidei de você, toda a perte ruim veio pra mim pra voce ir lá sozinha, se você for morta ou estuprada por um daqueles loucos, não venha chorar para mim porque eu te avisei e você ignorou —

Ela ficou em silêncio e fez beicinho em mim — Isso daí não vai funcionar — eu disse fechando os olhos e me deitando na cama novamente.

— Tudo bem — ela disse, chutando minha porta e saindo.

— Fecha a porta pelo menos! — eu gritei.

Agora eram 21h03 e eu estava sentada no sofá assistindo TV com minha xícara de café. Até agora, eu estaria morta de sono, mas dormi muito hoje e estava muito preocupada para estar cansado. Ria realmente foi embora, tive a sensação de que ela não poderia ir porque estava com muito medo de ir sozinha, mas não, ela foi.

Tomei outro gole do meu café, por que ela teve que me irritar tanto? Não tem como eu dormir hoje à noite, vou me preocupar com ela a noite toda.

Eu olhei para a hora e suspirei pela demora do tempo. Eu sei que ela não vai voltar até amanhã, então eu não vou gastar meu tempo esperando por ela... e eu não consigo dormir, então eu vou ter que ficar acordada. Ou seja, vai ser um tedio.

— Desgraçada! — Eu gemi enquanto me levantava do sofá colocando a xícara de café na mesa ao meu lado. Corri para o meu quarto e me vesti antes de pegar minhas chaves e sair pela porta.

Eu estava descendo a rua, onde todos estavam amontoados ontem à noite, quase naquele estacionamento subterrâneo. Eu desci e me deparei com outra multidão, com algumas pessoas que eu reconheci da outra noite, outras que eu não reconheci.

Eu me aproximei da multidão e fiquei com os braços cruzados sobre o peito olhando sem me mexer para Ria.

— Você está bem? — Disse uma mulher se aproximando de mim da multidão. Ela tinha cabelo longo até os ombros e seus lábios eram um rosa claro.

— Sim, estou bem — eu disse olhando para as botas até o joelho que ela estava usando, elas eram boas, mas definitivamente botas de prostituta e a pequena saia que ela estava usando apenas deu à palavra prostituta mais uma impressão.

My Living Nightmare - Tom Kaulitz (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora