Por favor não chora

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1h35

- ACHEI O ANTÍDOTO! - Tom gritou correndo até os outros com uma garrafa, que mostrava nos documentos do homem agora morto.

Os documentos tinham todas as informações sobre aquele veneno que o Kale havia criado, juntamente ao antídoto.

- Certeza que é esse? Bill perguntou correndo até o Tom.

- Sim, olha aqui - Tom disse apontando pra um dos documentos - Antídoto 76354, é o unico que eu achei -

Tom e Bill vieram correndo na minha direção enquanto eu estava deitada na mesa, minhas pernas estavam paralisadas, eu não conseguia sentir elas.

- V-você... acho o... rem-médio...? - Eu sorri.

- Óbvio que eu achei Taylor - Tom disse enquanto vinha ao meu lado analisando meu corpo frio e pálido - Numca duvide de mim meu bem... eu sou o Tom Kaulitz - Ele disse com um sorriso triste, era um sorriso de que ele não tinha certeza de que isso ia dar certo, de que provavelmente eu iria morrer.

Um sentimento de pavor tomou conta do meu corpo e Tom percebeu pelo meu rosto.

- O que aconteceu? Me fala Taylor pelo amor de deus -

- Eu acho que não vou conseguir...- Eu disse, o rosto do Tom mudou completamente - Tom, eu não consigo sentir mais nada, tudo do meu ombro pra baixo perfeu os sentidos... eu só consigo sentir o frio...-

- Pelo amor de Deus Taylor, aguenta firme, já vai passar - Tom disse segurando suas emoções, isso muda completamente ele.

Tom começou a mexer em alguma coisa em uma mesa longe de mim, ele se virou e ele estava com uma seringa na mão se aproximando de mim.

- Não...de novo não - Eu reclamei - Sem agulha por favor, eu tenho trauma com agulhas - Senti uma lágrima escorrendo pelo meu rosto.

- Desculpa Taylor, mas eu vou ter que fazer isso, só essa agulha pode te curar, se não você morre - Eu senti a dor na voz dele, a ultima coisa que ele queria agora era causar dor em mim.

Eu acenei com a cabeça, não tinha outro jeito de me curar. Ele limpou minha pele com álcool e eu olhei o tamanho da agulha, era muito grande e eu comecei a ficar nervosa.

- Se eu pudesse eu apertava meu braço com a maior força do mundo - Ri de nervoso.

Tom sorriu fraco e segurou meu braço, enfiando a agulha na minha pele com o maior cuidado possível. Eu me contorci na mesa e fechei os olhos.

- Tá quase acabando e... foi - Ele disse e eu sorri e suspirei, ri de alívio porque foi rápido.

- Tá tudo bem, agora chega de agulhas - Tom sorriu e se agachou pra ficar no mesmo nível de altura que eu.

- A gente pode voltar pra casa? - Perguntei.

- Claro meu bem - Ele disse e ele me carregou, indo até o carro dele.

- Não aguento mais ficar nesse lugar, credo -

2h15

Tudo estava quieto, Tom me levou pro quarto dele e o resto do pessoal ficou no andar de baixo esperando por alguma resposta.

Acho que eu vou morrer, mas eu não me importo, desde que eu conheci o Tom eu queria morrer, mas agora tá meio complicado pra isso acontecer. Aos poucos as coisas estão melhorando, talvez eu consiga aguentar essa tortura por mais tempo.

Eu ainda odeio o Tom, vou brigar com ele, irritar ele ao ponto dele me agredir. Eu sempre me pergunto por que que quando ele me bate tudo começa e ficar escuro e quando eu acordo meu corpo inteiro fica dolorido.

Tom ficou sentado no chão ao lado da cama com a cabeça apoiada na mesma, ele não movia um músculo, parecia que ele estava pronto pra morrer junto comigo. Ele foi até o final comigo, tentava ser positivo o tempo inteiro tentando esconder o medo que habitava dentro dele.

- Tom? -

- O que aconteceu? - Ele levantou a cabeça rapidamente, com um tom de preocupação na sua voz.

- Você sabe que você é um idiota, né? -

- Eu achei que era um cavalheiro por ter salvado sua vida varias vezes - Ele riu um pouco.

Eu olhei para o relógio que estava numa mesa tentando disfarçar meu olhar no Tom, 2h35 da manhã. O rosto do Tom estava com uma expressão de medo, olhou pro horário e depois sorriu.

- Você ficou bem - Ele disse - Eu disse que ia dar tudo certo - Tom olhou pra mim.

Eu me desanimei e olhei pra baixo, Tom se levantou e segurou meu queixo, fazendo eu olhar pra ele.

- Não fica triste Taylor, eu odeio te ver assim - Ele passou o polegar pelo meu queixo, fazendo carinho nele.

Eu não consegui resistir e comecei a chorar olhando pra ele, eu prometi pra mim mesma que eu não iria chorar na frente dele, que bosta.

- Por favor não chora Taylor - Tom falou e sua voz saiu trêmula, ele também estava triste e segurando o choro.

- Desculpa...- Eu disse chorando enquanto ele se inclinava, limpando as lágrimas que escorriam do meu rosto e caiam na cama. Ele sentou na cama ao meu lado e olhou nos meus olhos.

- Você vai conseguir, eu sei que você vai. Eu nunca senti dor por uma pessoa como eu sinto por você Taylor...- Ele se inclinou pra frente e colou os nossos lábios por uns segundos.

Ele segurou minha mão e com a outra ele segurava o meu rosto, seus lábios eram macios e quentes. Mesmo assim eu continuava chorando, eu sentia que o tempo passar muito rápido e de repente tudo desapareceu.

2h35

- Taylor? -

- Taylor acorda! -

- Não dorme -

- Não fecha os olhos por favor -

- TAYLOR! -

Autora
fiquei com um tempinho livre a mais hoje e fiz mais um capítulo, agora só amanha ou dps de amanha
a situação aqui na minha cidade em relação as chuvas está melhorando, hoje não choveu e fez sol
beijoss

My Living Nightmare - Tom Kaulitz (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora