CAP 5.

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Luiza já se encontrava sob o domínio do álcool, tão embriagada que mal conseguia manter-se de pé

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Luiza já se encontrava sob o domínio do álcool, tão embriagada que mal conseguia manter-se de pé. Ela havia consumido uma quantidade desconhecida de bebidas, e a cada rapaz que passava, tomava um pouco das bebidas deles.

— Eu não sei dançar — suspirei pela milésima vez quando minha amiga veio novamente atrás de mim, insistindo para que eu dançasse.

— E você acha que essas feiosas aqui sabem? Se diverte só por hoje, Isa — ela disse, rebolando enquanto eu apenas observava, sem jeito por não ter o mesmo ritmo que minha amiga.

— Não dá, preciso de mais bebida — eu disse, e Luiza soltou uma risada maliciosa. Ela começou a procurar por um rapaz tolo que estava pagando bebida para nós há pouco tempo.

Não demorou muito e dois copos grandes de chopp estavam em nossas mãos. Felizmente, tenho uma amiga bonita para lidar com essas situações; Luiza nem precisou fazer nada, e o rapaz nos levou para pedir o que quiséssemos.

Minha bebida já estava pela metade, e eu já começava a me sentir mais descontraída. Como Luiza havia dito, hoje eu iria aproveitar e esquecer meus problemas; amanhã voltaria a ser a Isabel sensata de sempre.

Senti um esbarrão em minhas costas, quase me fazendo cair, se não fosse pela minha amiga e pelo rapaz que estava conosco. Ao me virar, pronta para reclamar, vi o homem à minha frente, e as palavras fugiram da minha boca.

— Ai meu Deus, estamos todos mortos — escutei a voz chorosa da minha amiga, me virei para trás, perguntando o porquê.

— Preste atenção sua idiota, ta me vendo nao caralho? — uma voz completamente embriagada e rouca surgiu nos meus ouvidos, fazendo-me virar novamente para encará-lo.

— Me desculpe, mas o errado é você, foi você quem quase me derrubou de cara no chão — eu disse, perdendo a paciência. Provavelmente, é o álcool em minhas veias que está me influenciando, pois, em meu estado normal, não teria respondido dessa forma.

— Como é, sua vagabunda? Está louca de falar assim comigo! Vou te ensinar a respeitar bandido — o homem, completamente bêbado, disse furioso, mal conseguindo se manter em pé.

— Qual é, BM, pare com essa loucura, essa garota não vale a pena — disse, arregalo os olhos ao ouvir o nome do indivíduo. Não me diga que é ele, estou ferrada.

Fui boquejar justamente com o dono da favela. Nunca o vi cara a cara até hoje. Sempre ouvi rumores de que ele era um homem muito perigoso, que não tinha piedade de ninguém.

— Espere um pouco, estou me lembrando dessas duas cadelas de algum lugar... foram vocês que eu quase atropelei ontem — ele disse, olhando fixamente para mim, enquanto eu engolia em seco, dando passos para trás.

— Acho que... você está nos confundindo, senhor — eu gaguejei nervosa.

— Confundindo nada! Está me comediando, não sou burro filhona. Lembro muito bem da boca grande da sua amiga — ele respondeu furioso, apontando o dedo na nossa direção.

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