Assim que BM abre a porta daquela sala malcheirosa, ele me arremessa no sofá com violência. Meu peito palpita de medo da possibilidade de ser agredida por ele.— fala tu ai oque aconteceu naquele caralho. Nao adianta mentir não em porra! , se não vai sobrar pra tu — ameaça, apontando o dedo para mim.
— Eu... Eu fui entregar os pedidos que haviam sido feitos, e... Senti aquele indivíduo apertando minha bunda — confesso, com os olhos marejados, revivendo o momento. — Juro que não tive culpa alguma.
— Por acaso você deu mole para aquele merdinha? Ele não ia fazer isso do nada— questiona, sério, lançando-me um olhar desconfiado.
— Não... Não, por favor, acredite em mim. Juro que... — tento prosseguir, mas ele me interrompe.
— Se liga garota. Nem te conheço para confiar em tu. Pode muito bem ter provocado ele. Vocês, mulheres, são tudo vadias — afirma, fazendo-me engolir em seco diante de suas palavras. Opto pelo silêncio para evitar provocá-lo e acabar sofrendo mais consequências. —Quem cala, consente !
— Não é verdade... Mesmo que eu conte, você não acreditará — murmuro, com a cabeça baixa. — Mas juro que nunca dei mole pra ele!
BM ignora minha afirmação e dirige-se a uma cadeira de madeira antiga, na qual se assenta. O silêncio desconfortável que se instaura começa a me encomodar; ele apenas me observa, enquanto finjo não notar.
— Posso retornar ao meu trabalho? — pergunto, após alguns minutos de silêncio.
— Tu quer voltar pra la porque memo? Pretende ser vítima novamente? — questiona, e eu o encaro incrédula. Como pode proferir tais palavras?
— Claro que não... Apesar do ocorrido, não posso perder meu emprego de forma alguma — respondo, apreensiva com a possibilidade.
— Por quê? — indaga, sério.
— Preciso do salário para sobreviver — murmuro, mais para mim mesma do que para ele. BM volta a me ignorar, não dando uma resposta sobre meu retorno ao trabalho.
— Respondendo à sua pergunta, tu vai ficar aqui ate eu mandar; não vai voltar para la agora — ordena, fazendo-me engolir em seco. Não o questiono, pois o medo que abita em mim é maior.
Alguns minutos se passam, e meu celular vibra, indicando a chegada de uma mensagem.
— Não... Não pode ser... Meu Deus — exclamo, aflita, ao ler a mensagem enviada por Priscila.
— O que foi agora? — pergunta, entediado.
— Minha amiga... disse que o Sr. Dorival está irritado comigo devido por conta da confusão... Não posso perder esse emprego — desespero-me. — Por favor, deixe-me falar com ele.
— Sucega o facho ai garota. Já disse que não vai a lugar nenhum agora— responde, lançando-me um olhar mortal
— Você não se importa, não é mesmo?Nao é voce quem está prestes a perder o emprego — exclamo um pouco mais alto do que o habitual, mas me arrependo ao vê-lo se levantar e vir em minha direção.
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DESTINO TRAÇADO
FanfictionBreno Morais é o traficante mais temido do Rio de Janeiro, dono do complexo do Alemão. Conhecido por sua frieza e violência, ele domina as ruas com mão de ferro. Por outro lado, há Isabel, uma jovem doce e gentil, que encontra beleza mesmo na advers...