CAP 12

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Assim que BM abre a porta daquela sala malcheirosa, ele me arremessa no sofá com violência

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Assim que BM abre a porta daquela sala malcheirosa, ele me arremessa no sofá com violência. Meu peito palpita de medo da possibilidade de ser agredida por ele.

— fala tu ai oque aconteceu naquele caralho. Nao adianta mentir não em porra! , se não vai sobrar pra tu — ameaça, apontando o dedo para mim.

— Eu... Eu fui entregar os pedidos que haviam sido feitos, e... Senti aquele indivíduo apertando minha bunda — confesso, com os olhos marejados, revivendo o momento. — Juro que não tive culpa alguma.

— Por acaso você deu mole para aquele merdinha? Ele não ia fazer isso do nada— questiona, sério, lançando-me um olhar desconfiado.

— Não... Não, por favor, acredite em mim. Juro que... — tento prosseguir, mas ele me interrompe.

— Se liga garota. Nem te conheço para confiar em tu. Pode muito bem ter provocado ele. Vocês, mulheres, são tudo vadias  — afirma, fazendo-me engolir em seco diante de suas palavras. Opto pelo silêncio para evitar provocá-lo e acabar sofrendo mais consequências. —Quem cala, consente !

— Não é verdade... Mesmo que eu conte, você não acreditará — murmuro, com a cabeça baixa. — Mas juro que nunca dei mole pra ele!

BM ignora minha afirmação e dirige-se a uma cadeira de madeira antiga, na qual se assenta. O silêncio desconfortável que se instaura começa a me encomodar; ele apenas me observa, enquanto finjo não notar.

— Posso retornar ao meu trabalho? — pergunto, após alguns minutos de silêncio.

— Tu quer voltar pra la porque memo? Pretende ser vítima novamente? — questiona, e eu o encaro incrédula. Como pode proferir tais palavras?

— Claro que não... Apesar do ocorrido, não posso perder meu emprego de forma alguma — respondo, apreensiva com a possibilidade.

— Por quê? — indaga, sério.

— Preciso do salário para sobreviver — murmuro, mais para mim mesma do que para ele. BM volta a me ignorar, não dando uma  resposta sobre meu retorno ao trabalho.

— Respondendo à sua pergunta, tu vai ficar aqui ate eu mandar; não vai voltar para la agora — ordena, fazendo-me engolir em seco. Não o questiono, pois o medo que abita em mim é maior.

Alguns minutos se passam, e meu celular vibra, indicando a chegada de uma mensagem.

— Não... Não pode ser... Meu Deus — exclamo, aflita, ao ler a mensagem enviada por Priscila.

— O que foi agora? — pergunta, entediado.

— Minha amiga... disse que o Sr. Dorival está irritado comigo devido por conta da confusão... Não posso perder esse emprego — desespero-me. — Por favor, deixe-me falar com ele.

— Sucega o facho ai garota. Já disse que não vai a lugar nenhum agora— responde, lançando-me um olhar mortal

— Você não se importa, não é mesmo?Nao é voce quem está prestes a perder o emprego — exclamo um pouco mais alto do que o habitual, mas me arrependo ao vê-lo se levantar e vir em minha direção.

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