Breno Morais é o traficante mais temido do Rio de Janeiro, dono do complexo do Alemão. Conhecido por sua frieza e violência, ele domina as ruas com mão de ferro. Por outro lado, há Isabel, uma jovem doce e gentil, que encontra beleza mesmo na advers...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Jogo minha bolsa de escola em cima do sofá, tiro meu tênis, que está um pouco apertado, e o deixo no cantinho da porta. Eu tinha acabado de chegar da escola e logo teria que ir para o trabalho.
Vejo Lavinia descendo as escadas com a cara inchada de sono; pelo visto, tinha perdido a hora de novo e não foi para sua escola.
— Perdeu a hora de novo? — pergunto, sorrindo desconfiada.
— Na verdade não, hoje eu faltei para poder ajudar a mamãe em casa — fala, fazendo-me franzir o senho. Até que vejo Valquíria descendo as escadas, por incrível que pareça, ela estava completamente sóbria.
— Oi, filha, eu já fiz o almoço, está tudo na mesa — abre um sorriso sem jeito enquanto eu fico quieta.
— Valeu, Valquíria — digo seca, vendo a mesma ficar triste por eu tê-la chamado pelo nome. Lavinia não era boba, ela já tinha sacado que tinha alguma coisa de errado entre eu e mamãe, ela só não sabia o quê. Se dependesse de mim, não ia ficar sabendo.
— Isabel, minha filha, será que podemos conversar... — escuto a voz baixa de minha mãe atrás de mim. Suspiro fundo enquanto coloco minha comida no prato.
— Eu já disse que não temos nada que conversar... — digo, virando-me para a mesma, cruzando os braços.
— Você... por favor me perdoa.... eu me arrependo do que eu fiz você passar. Me deixa consertar as coisas.... — fala com os olhos cheios de lágrimas e eu balanço a cabeça, soltando um riso forçado.
— Do que adianta agora o seu arrependimento? Depois que aconteceu a merda, não adianta mais. Há dois dias, comecei o meu "serviço", mamãe — falo, com o choro entalado em minha garganta.
— Me perdoa, eu não queria que isso acontecesse... — responde vindo até mim, porém eu me afasto.
— É, pensasse bem nas merdas que você fez, porque agora quem está pagando pelos seus erros sou eu. — digo indiferente. Pego meu prato e subo as escadas, indo para o meu quarto.
Tranco a porta antes que mamãe ou Lavinia venham me questionar algo. Não estava em um momento bom, não queria descontar minhas frustrações nelas.
Ainda faltava uma hora e meia para eu ir ao trabalho, então ia descansar um pouco e depois tomar banho.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
