CAP 8

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— Amiga , abre a porta aqui pra mim , corre — escuto a voz desesperada de Luiza me chamando

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— Amiga , abre a porta aqui pra mim , corre — escuto a voz desesperada de Luiza me chamando . Sem pensar duas vezes corro pra abrir a porta . — A sua mãe....

— Oque tem minha mãe? .... fala logo Luiza — pedi aflita , com as mãos repousada em cima do peito .

Que ela não esteja morta , por favor....

BM mandou dar uma surra nela , tá lá na boca apanhando mais que tambor de macumba — respondeu rapidamente sacudindo as mãos em desespero.

— Ai meu Deus — comecei a desesperar e sai correndo no meio da rua sem se importar como eu estava.

Faz uma semana que eu e minha mãe tivemos uma discussão , sempre quando eu tocava em algum assunto de droga ela surtava e começava a me chingar, sempre respeitei ela e nunca a respondi , maia dessa vez foi diferente . Catei minha mãe querendo me roubar novamente, com isso perdi a linha e acabamos brigando.

Em meio a raiva acabei jogando em sua cara que tudo isso que estava acontecendo de ruim com a gente era culpa dela se a mesma não tivesse entrado nessa vida tenho certeza que estaríamos com uma vida boa . Minha mãe acabou saindo e teve uma recaída com as drogas, ela usou coisas erradas a semana inteira .

Não deveria ter falado aquelas coisas pra ela , pelo menos ela não ia tá apanhando dos traficantes .

Uma rodinha de homens estava em volta da minha mãe, cada um estava com um pedaço de madeira, uns davam na perna  e outros nos braços. O lema aqui na favela era esse , dependendo da situação eles te batiam por cinco minutos do pescoço pra baixo . Mamãe implorava para eles parar porém os mesmo só davam risada e aquilo partiu meu coração.

— Por favor parem , ela é minha mãe já chega pelo amor de Deus — berrei com todas minhas forças, um garoto me puchou pela cintura me impedindo de ir até ela .

— Tu acha mermo que eu ligo caralho , a viciada da sua mãe tá devendo de novo nesse caralho! — ele gritou e novamente sem piedade desceu a madeira nas pernas da minha mãe que só chorava.

— Por favor para ! — pedi novamente chorando — Eu pago! Eu pago — falei , mesmo sabendo que eu não tinha condições.

— Você paga porra?! Fala aí então como tu vai pagar os cinco mil conto que essa lazarenta tá devendo aqui pra nois — cruzou os braços , me deixando perplexa .

— cinco mil reais ? — susurro olhando pra Valquíria, que nem se quer me olhou de volta — Ela está devendo tudo isso.?

— Não pô, eu tô mentindo pra tu , tô com cara de quem tá brincando caralho — ele falou com ódio — Essa tua mãe é uma cheiradora de merda .

— E porque vocês deixaram chegar a esse ponto? Se sabiam que ela era viciada e mesmo assim continuou a vender — perguntei incrédula enquanto ele me olhava com ódio.

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