CAP 19

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Hoje, Luiza e eu tivemos que acordar bem cedo, pois precisávamos resolver algumas questões, incluindo um novo trabalho para mim no morro, já que provavelmente estou demitida da lanchonete

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Hoje, Luiza e eu tivemos que acordar bem cedo, pois precisávamos resolver algumas questões, incluindo um novo trabalho para mim no morro, já que provavelmente estou demitida da lanchonete. Faz mais de uma semana que não apareço por lá. Ontem à noite, recebi uma mensagem do senhor Dorival dizendo que precisava conversar comigo, mas primeiro perguntou se eu estava bem. Já estava ciente de que receberia minha rescisão, então, após isso, eu procuraria outro emprego.

— Cara, são sete e meia da manhã. Não acredito que você me fez acordar a essa hora — minha amiga reclamou, bufando, enquanto caminhávamos em direção ao meu antigo trabalho. — Olha o sol que já está forte, vou derreter completamente em alguns minutos.

— Deixa de reclamar por pelo menos um minuto. Desde que acordamos, você não parou de falar — respondi, começando a me irritar.

— É lógico que estou reclamando! Eu poderia muito bem estar dormindo, mas não, estou aqui, torrando e suando no sol às sete e pouco da manhã — continuou com seus dramas, e eu revirei os olhos.

— Você pode voltar, Luiza. Eu já te disse que não precisava vir comigo — parei por um momento para olhá-la, pois ela estava andando lentamente atrás de mim.

— Como se você tivesse me dado uma opção, apontando uma faca para mim, me ameaçando e obrigando a vir junto — respondeu com mau humor, e eu ri.

— Você sabe que não foi assim. Eu apenas disse que não seria mais sua amiga se você não viesse. Em nenhum momento eu te obriguei a vir — sorri de maneira sarcástica.

— Vai te catar, Isabel! Isso é a mesma coisa. Você não seria louca de acabar com nossa amizade, você sabe demais da minha vida, sua cachorra — Luiza e eu caímos na gargalhada. Realmente, eu sabia muitos segredos dela, e ela sabia os meus. Apesar de nunca ter feito nada grave, a única coisa comprometedora que já fiz foi ter um "caso" com um traficante casado, mesmo não sendo por vontade própria.

Luiza e eu seguimos conversando sobre assuntos idiotas até finalmente chegarmos à lanchonete, onde fui imediatamente abraçada por Priscila. Achei que ela iria quebrar meus ossos de tanto que me apertou. Como Luiza já conhecia Priscila, não ficou com ciúmes.

— Menina, que saudades! Você não imagina a falta que faz aqui. Não aguento mais lidar com aquela cascavel da Bruna sem ter com quem desabafar — Priscila disse assim que me soltou, e eu perguntei como as coisas estavam por ali.

— Ela continua a mesma de sempre, pelo visto — revirei os olhos.

— Se duvidar, está até pior, amiga. Ela até comemorou quando soube que você não viria por uns dias — respondeu, com raiva evidente na voz.

— Estou perdida, quem é essa Bruna cascavel e o que ela fez para vocês? — virei-me para trás ao ouvir a voz confusa de Luiza.

— É uma idiota que trabalha aqui e vive pegando no pé da Isabel. Ela não se mete comigo porque sabe que levaria umas boas porradas na cara — Priscila respondeu, e Luiza me olhou com raiva, provavelmente por eu nunca ter mencionado isso antes.

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