capitulo 11

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Estávamos semanas sem se falar, e eu confesso que eu estava chateada com aquilo. A culpa era minha de ter tratado ele daquele jeito.

Pansy me dizia que eu não deveria ficar trancada o tempo todo no meu dormitório chorando por ele, e que eu deveria ir fazer as pazes. Eu não iria fazer isso tão cedo, pois o orgulho que habitava em mim não deixava.

Assim que estávamos andando pelos corredores, eu escutei algumas garotas dizendo que theo escolheu um novo par. Irritada, eu andei até ele e seu grupo para o confontrar.

— Theodore! — eu o chamei, e logo ele se virou para mim com um olhar confuso.

— Cara mia? — ele sorriu de canto, se aproximando de mim.

Eu respirei fundo, franzindo o cenho. — É verdade? É verdade mesmo que vai trocar de par para o baile? — eu perguntei, tentando não mostrar a preocupação em minha voz.

Ele se aproximou de mim, colocando as mãos em minha cintura. — eu nunca te trocaria. — ele sussurou em meu ouvido, tentando selar nossos labios em um beijo.

Eu me afastei um pouco, mas o dei um beijo rápido em seus labios. Eu desviei o olhar, mas pude ver seus labios se curvarem em um sorriso malicioso.

— tudo bem, até o baile. — eu murmurei, começando a andar ao lado de pansy, que me olhava de cima a baixo com seu olhar de crítico.

Eu manti meu olhar baixo, mas sentia tanto o olhar de Theo quando o olhar de pansy em mim. Eu a olhei de soslaio, mas logo levantei todo o olhar e a encarei, franzindo o cenho.

— não me olhe assim! — eu cruzei os braços, ela também.

— você não sabe o que está fazendo, né? — ela perguntou, balançando a cabeça em suspirando.

Eu suspirei também, abaixando o olhar. — não... — eu murmurei, em seguida levantando o olhar para ela.

— você está magoando você tanto quanto você está magoando ele. — ela disse, eu concordei com a cabeça.

— você tem razão. — eu me rendi, abaixando totalmente a cabeça.

Ela respirou fundo, colocando a mão em meu ombro. — você gosta dele? — ela perguntou pela terceira vez no dia. Ela estava me pressionando, mas eu sabia que tinha que dar uma resposta para ela.

— eu não... — eu fiz uma pausa, olhando para o chao pensativa.  — eu não sei.

Ela ficou em silêncio, mas logo passou o braço em volta de meus ombros. Eu passei meu braço em volta de sua cintura, a abraçando. Pansy era minha melhor amiga, sempre me ajudando quando estou confusa ou triste.

•••

Depois das aulas, eu decidi descansar um pouco em meu dormitório. Eu estava quase dormindo quando senti uma mão passar em meus cabelos, e um forte cheiro de perfume masculino e nicotina chegou em meu nariz. Theodore nott.

Eu abri meus olhos e o encarei, meu olhar encontrou suas iris azulada assim que o olhei. Seus lábios estavam curvados em um sorriso malicioso, e ele logo se alargou assim que ele se inclinou sobre mim.

— Você fica linda dormindo. — ele sussurou, depositando alguns beijos minha bochecha.

— pare. — eu murmurei, o afastando gentilmente. Ele me olhou de cenho franzido, parecendo impaciente, mas mesmo assim se afastou e se sentou na beira da cama.

Ele olhava para baixo, acendendo e apagando um isqueiro que ele tinha em sua mão. Eu me sentei ao lado dele, olhando fixamente para ele.

Ele suspirou, agora olhando para o chao. — eu não parei de pensar em você esses últimos dias. — ele murmurou, passando as mãos pelo cabelo.

Eu coloquei uma mão em seu ombro, em seguida dando um beijo suave na bochecha de Theo.

— desculpe, eu não quis te machucar. — eu sussurei, olhando nos olhos dele.

Ele não disse nada e apenas selou nossos labios em um beijo apaixonado, me puxando para seu colo. Eu correspondi ao beijo, passando meus braços por cima dos ombros dele enquanto as mãos dele desciam para minhas nadegas. Eu senti que ele queria ir mais além, mas eu não estava pronta para isso. mas mesmo assim continuei a beija-lo, até ele mesmo parar o beijo.

— desculpe. — ele murmurou, apoiando o rosto em meu ombro, fechando seus olhos. Eu não fiz nada para o impedir, e então acariciei seus cabelos.

— está tudo bem... — eu murmurei, fechando os olhos também.

Aquela noite, ele dormiu em meu dormitório junto comigo, mas não aconteceu nada além de alguns beijos. Ainda sim, não éramos nada, e eu não sabia como lidar com isso. Ele era confuso para mim. Na verdade, tudo era confuso para mim. Uma hora ele estava feliz, a outra triste e a outra irritado, e eu não sabia o que fazer com ele e com seus sentimentos. Talvez eu não o conhecesse de verdade. Na minha ilusão, conhecer uma pessoa em um mês é bastante para saber muitas coisas sobre ela. Mas a realidade é que eu estava enganada, eu não o conhecia.

Nobody's son, nobody's daughter - Theodore Nott.Onde histórias criam vida. Descubra agora