capitulo 24

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Theo era o tipo de garoto que acabaria com a sua vida em um piscar de olhos, e comigo não é muito diferente. Eu ainda me perguntava se eu estava sendo feita de trouxa por ele ou algo assim, pois parecia que nossa conversa não tinha adiantado de nada.

Pansy implorava para mim o esquecer um pouco e ir curtir em alguma festa, mesmo sabendo que eu não iria conseguir fazer isto. Mas lá estávamos nós duas, na comunal da sonserina cheia de pessoas bêbadas.

— eu não sei se é uma boa ideia. — eu murmurei enquanto pansy me puxava para a pista de dança.

— pare de ser tão chata, Alice! — Ela riu, começando a dançar de um jeito desengonçado. Ela tinha razão, eu estava lá para esquecer meus problemas e curtir, e era isso que eu ia fazer.

Eu comecei a dançar com ela, rindo ao ver a garota mexer os cabelos curtos de um lado para o outro. De repente, alguém esbarrou em mim, derrubando bebida em minha blusa.

— oh, merda! — eu disse irritada, me virando para a pessoa. Era cedrico, que me olhava com um olhar de culpa.

— desculpe! — ele suplicou, tentando limpar minha blusa. Eu afastei sua mão, sorrindo para tranquiliza-lo.

— está tudo bem. — eu disse com uma voz suave, e pude ver um leve sorriso aparecer no rosto dele.

— venha comigo, vou arranjar algo para você usar. — cedrico pegou minha mão, começando a me puxar para o banheiro.

Pansy nem ao mesmo parecia ter percebido, e como eu estava totalmente melada pela bebida em minha roupa, eu o segui. Nós entramos no banheiro e eu logo peguei um pouco de papel, tentando tirar o excesso da bebida vermelha manchada em minha blusa.

— desculpe por isso. — cedrico murmurou enquanto passava a mão pelo cabelo, parecendo constrangido.

— eu já disse que está tudo bem. — eu sorri, o tramquilizando.

Cedrico se aproximou de mim com um olhar apaixonado, colocando a mão por cima da minha. — você é linda até mesmo suja. — Ele sussurrou, acariciando minha mão com o polegar.

Eu senti meu coração acelerar ao sentir a mão dele na minha, e pude sentir ele se aproximar ainda mais. Cedrico se inclinou para mais perto para me beijar, sua mão descendo para minha cintura. Mesmo querendo esquecer Theo, ele era a única pessoa que eu pensava.

Estávamos prestes a nos beijar quando o barulho da porta do banheiro se abrindo ecoou pelo local, fazendo cedrico se afastar de mim.

Eu me virei para a porta, vendo Theo olhar para cedrico com um olhar de morte. — que porra é essa? — ele perguntou, se aproximando em passos irritados. — você ia beijar ele?! — Theo me prendeu contra o lavabo, segurando meu rosto.

Antes que eu pudesse falar algo, um punho acertou com força no rosto de Theo, fazendo ele ir para trás.

— não toque nela! — cedrico gritou, indo para cima de Theo novamente. Antes que Theo pudesse reagir, ele levou outro soco de cedrico.

Eu fiquei desesperada, sem saber como reagir. eu tentei me aproximar, mas cedrico estava tão fora de si que me empurrou para trás, me fazendo cair no chão.

— você está morto, diggory! — Theodore gritou ao me ver no chão, indo para cima de cedrico.

Cedrico já estava no chão, enquanto Theo o batia sem dó. — pare! Por favor! — eu supliquei, tentando tirar Theo de cima dele.

Theodore parou de bater nele, se levantando do chão. — você está bem? Me diga que você está bem. — ele perguntou preocupado, passando suas maos cheias de sangue por meu rosto assustado.

— eu estou bem. — eu respirei ofegante, olhando para os ferimentos no rosto dele. — você está bem?

— isso não é nada para se preocupar. — Theo sorriu para me tranquilizar, enquanto cedrico continuava no chão. — vamos. — ele pegou em minha mão, começando a me puxar para fora do banheiro.

Nós dois saímos da festa juntos, e ele me levou para seu dormitório, onde eu comecei a cuidar de seus machucados. O silêncio entre nós era tenso, mas sempre trocávamos olhares cúmplices.

Eu suspirei, finalmente quebrando o silêncio. — você não precisava ter feito aquilo. — eu murmurei enquanto continuava a limpar sua ferida do canto da boca.

— Alice. — ele me chamou, colocando sua mão enfaixada em minha cintura. Eu levantei o olhar, que se encontrou com o dele. — você sabe que eu faria tudo por ti, não é? Até mesmo matar...

— até mesmo matar? — eu perguntei, sentindo-me confusa e amada ao mesmo tempo.

— sim. — ele sorriu levemente, colocando uma mecha de meus cabelos atrás da orelha. — você é minha garota, Alice. Minha garota favorita.

Eu sorri timidamente, sem desviar o contato visual nem por um segundo. Eram aqueles olhos que eu queria ver o tempo todo, e agora eu estava lá, o olhando sem parar.

— Seu sorriso é tão bonito quando está assim, cuidando de mim. — Ele murmurou, seus olhos fixos nos meus, transbordando de sinceridade.

Meu coração batia mais rápido, sentindo uma mistura de emoções conflitantes. Por um lado, eu me sentia atraída por ele de uma maneira que não conseguia explicar completamente, mas por outro, a ideia de alguém estar disposto a fazer algo tão extremo por mim me assustava.

— Eu... Eu não sei o que dizer. — Confessei, desviando o olhar por um momento antes de voltar a encará-lo.

Ele segurou meu queixo suavemente, fazendo-me olhar para ele novamente. Seus olhos transmitiam uma intensidade que me deixava sem fôlego.

— Você não precisa dizer nada, Alice. Só quero que saiba que estou aqui para você. Sempre. — Ele sussurrou, sua voz carregada de promessas e sentimentos profundos.

E enfim selamos nossos labios em um beijo apaixonado. O gosto da nicotina se misturando com o álcool era a melhor coisa aquela hora, se deixando levar por nossos sentimentos de paixão.

Eu me perdi naquele momento, desejando poder congelar o tempo e ficar ali para sempre, presa naquele olhar, naquele toque, naquele sentimento que crescia dentro de mim a cada segundo que passava.

Nobody's son, nobody's daughter - Theodore Nott.Onde histórias criam vida. Descubra agora