capitulo 29

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Enquanto eu olhava para o teto, perdida em meus pensamentos, Pansy tagarelava sem parar em meu lado, me lembrando de que hoje era meu aniversário. Ela tentava me animar, mas tudo no que eu pensava era na marca maldita que eu ganharia hoje.

- vamos, Alice! Vamos fazer algo legal hoje! - Ela dizia enquanto me puxava para fora da cama.

- Ta, ta... Vamos logo. - Eu suspirei, e relutante me levantei da cama junto da mesma. Fui até o espelho, e ver meu semblante cansado, me desanimava ainda mais de sair do quarto. Enquanto eu tentava pentear meus cabelos bagunçados, pansy cantarolava parabéns para mim lá do banheiro.

Ela veio até mim, sorrindo e me abraçando com força. Eu soltei uma risadinha, abraçando a mesma. - Calma, Pansy! por que tanta animação?  - Eu perguntei, a afastando um pouco.

- Não é todo dia que sua melhor amiga faz 18 anos! - Pansy me deu um beijo na bochecha antes de voltar para o banheiro. Eu soltei uma risada baixa, observando a mesma voltar saltitando para o banheiro.

Após eu me arrumar e ela também, a mesma começou a me puxar para fora do dormitório. andamos um pouco pelos corredores, e eu recebi vários parabéns, até mesmo de alunos que eu nem conhecia. Eu me sentia animada com isso, mas o parabéns que eu queria escutar mesmo, era de Theo, mas até agora, eu não o tinha visto.

- Eu não sabia que era tão famosa assim. - Pansy riu, continuando a andar ao meu lado.

- pois é! nem mesmo eu sabia disso. - Eu ri junto dela, segurando a mão da mesma.

assim que nós duas viramos um corredor, nos deparamos com o semblante de meu pai ao longe, que se aproximava ainda mais de nós duas. Eu apertei a mão de pansy, que olhava para mim com um olhar preocupado.

- vai ficar tudo bem, relaxa... - ela sussurrou para mim, enquanto eu apertava ainda mais a mão dela.

eu apenas pude ficar em silêncio, vendo meu pai se aproximar ainda mais de nós. - Alice.. - Ele disse assim que parou em minha frente, abrindo seus braços para mim. - Parabéns, minha princesinha. - Ele me abraçou, beijando o topo de minha cabeça.

Relutante, eu correspondi ao abraço, lutando contra as minhas próprias  emoções. pude sentir seus braços se apertarem mais em volta de meu corpo, com sua respiração quente batendo em minha testa.

- Vamos, temos coisas para discutir. - Assim que ele disse isso, senti meu coração acelerar, sabendo do que ele estava falando. Querendo ou não, eu tinha que segui-lo, e assim eu fiz. Ele agarrou minha mão de um jeito que eu não conseguisse me soltar, me puxando para fora da escola.

Eu ainda segurava minhas lagrimas, enquanto entravamos no carro de meu pai. Ele tentava puxar assunto comigo no meio do caminho, mas a única coisa que recebia de de mim era apenas alguns barulhos e ruídos. Eu olhava para o céu, lembrando de minha mãe, que estaria totalmente decepcionada com meu pai neste momento.

- no que você esta pensando? - ele perguntou, me olhando se soslaio enquanto continuava a dirigir. 

Eu suspirei, olhando para ele com um misto de raiva e tristeza. - no quanto a mamãe ficaria decepcionada com você agora! - Assim que eu disse isso, pude ver sua expressão mudar para raiva e ódio, enquanto o mesmo acelerava o carro. 

Ele ficou em silêncio durante o caminho todo, até chegarmos a grande mansão malfoy. um grande calafrio passou por meu corpo todo ao ver alguns comensais entrarem na casa. Meu pai olhou para mim com um olhar motivador, que não ajudava muito a me sentir melhor.

Em passos hesitantes, eu entrei na mansão ao lado de meu pai, que mantinha seu semblante frio e orgulhoso como sempre. Ao ver a grande porta aberta, meus olhos se encheram de lagrimas e meu coração se encheu de angustia. Eu realmente não queria estar ali.

- Entre. - Meu pai disse com sua voz séria, dando um tapinha de leve em minhas costas para me incentivar a entrar.

Eu me virei para ele, e com os olhos cheios de lágrimas, neguei entrar. - Não, não! Por favor, pai! - Eu supliquei, lutando para não chorar ali mesmo.

Ele me olhou com um olhar triste e sério ao mesmo tempo, balançando a cabeça. - Entre, Alice. - Ele disse, me empurrando levemente na direção da sala.

Eu sabia que eu não tinha mais escolhas a não ser entrar lá. Em passos lentos, entrei na sala escura, me deparando com vários comensais, e o horrível lorde das trevas, que me olhava com um sorriso.

- Bem vinda, Alice! - Ele disse, abrindo os braços enquanto se aproximava. Meu olhar percorreu a sala, encontrando theo, que estava la com os olhos cheios de lágrimas.

Eu o olhei com um olhar de desculpas, mas o mesmo apenas desviou o olhar para o chão. Eu queria correr até ele, o abraçar e o beijar, dizendo que nada daquilo foi escolha minha. mas eu sabia que não era possível, sabia que meu destino era o mesmo que o dele, e que estava prestes a acontecer.

Voldemort se aproximou, parando na minha frente. Meu pai estava atrás de mim, me olhando com um misto de culpa e orgulho. - o braço. - Voldemort disse, estendendo a mão para pegar meu braço.

Hesitante, eu estendi meu braço para o mesmo, que o pegou com um olhar satisfeito. Sua varinha parou encima de meu braço, e uma dor que se intensificava cada vez mais invadia meu corpo. Eu me segurei para não gritar, enquanto olhava para Theo, que evitava olhar para mim. 

Eu queria que ele me protegesse, queria estar nos braços dele agora, mas sabia que não era possivel. As lágrimas caiam sem parar de meus olhos, enquanto a marca era posta em minha pele. 

E em poucos segundos eu já fazia parte de seus malditos seguidores. Enquanto eu chorava, eles aplaudiam e comemoravam, inclusive meu pai, que me olhava com um olhar orgulhoso. Theo me olhava com um olhar decepcionado, que me fazia chorar ainda mais.

Eu já estava lá fora, esperando meu pai sair de lá de dentro. Enquanto isso, eu observava Theo conversar com Draco no canto oposto de onde eu estava.  Eu fiquei perdida em meus pensamentos, que até mesmo não percebi o mesmo vir em minha direção. Eu apenas sai de meus pensamentos quando Theo me empurrou contra a parede. 

- por que não me disse? - Ele perguntou, apertando meu corpo contra a parede.

Meus olhos se encheram de lágrimas, mas eu me segurei para não chorar ainda mais. - Você iria me odiar! - Minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, mas mesmo assim tentei me manter firme.

- Te odiar?! Porra, Alice, eu iria te ajudar! - Theo disse, sua voz saindo com um misto de tristeza e raiva.

- Desculpe! - Eu quase supliquei, e em um impulso, o abracei. Seus grande braços rodearam meu corpo, me trazendo o alivio e o conforto que eu tanto procurava no momento.

- Ta tudo bem... vamos ficar juntos para sempre. Eu prometo. - Ele sussurrou, beijando o topo de minha cabeça. - feliz aniversário, minha garota.

Eu finalmente me senti bem depois de longas horas, o abraçando mais forte enquanto o mesmo acariciava meus cabelos. Eu prometi para mim mesma que depois de hoje, eu nunca mais me esqueceria de como Theodore nott era e sempre ira ser importante para mim.

Nobody's son, nobody's daughter - Theodore Nott.Onde histórias criam vida. Descubra agora