capitulo 30

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Já haviam se passado semanas depois daquilo, e eu e theo apenas brigavamos. Ele estava bravo demais comigo por conta de uma escolha que não foi minha. Eu tentava explicar, mas ele sempre perdia a paciência e explodia ali mesmo.

Eu estava andando pelos corredores movimentados junto de pansy, que me contava sobre sua noite com mattheo. Era claro que eu não queria escutar sobre aquilo, mas como uma boa amiga, eu permaneci calada apenas escutando a mesma falar.

Cedrico estava vindo em nossa direção com seu sorriso amigavel, que pela primeira vez fez meu coração acelerar. Durante essas semanas estávamos conversando bastante, e eu finalmente entendi que ele é uma boa pessoa apesar de tudo.

— bom dia, pequena. — Ele disse assim que chegou perto de nós. Aquele apelido era estranho, mas no fundo eu realmente gostava de como ele soava.

— bom dia, cedrico! — eu sorri animada, começando a caminhar ao seu lado.

Pansy não ligou para cedrico ali, e então voltou a falar sobre sua maravilhosa transa com mattheo. Ela contava com entusiasmo cada parte, até mesmo as mais constrangedoras. Cedrico a olhava com curiosidade e confusão, soltando uma risada baixa.

— o que vocês meninas vêem nesse zé ruela? — cedrico perguntou, fazendo eu e pansy franzir o cenho.

— talvez deve ser por que ele é gostoso, diferente de você! — pansy falou irritada, me fazendo soltar uma risada alta.

Cedrico levantou as mãos em forma de rendição, rindo junto comigo. Pansy continuou irritada por um bom tempo. "falar de meu mattheo é coisa séria!" Ela dizia toda vez que eu perguntava se ela estava bem.

Entramos na biblioteca, e meu olhar logo caiu em Theodore nott, que estava com Granger ao seu lado. Ver aquilo fez meu sangue ferver, querendo tanto mata-la quanto mata-lo. Eu me aproximei devagar, tentando controlar minha raiva, mas cada passo parecia pesar toneladas.

Theo e Granger estavam tão envolvidos na conversa que não perceberam minha presença até que eu parei bem ao lado deles. Theo ergueu os olhos, e por um momento, houve um lampejo de surpresa em seu rosto antes que sua expressão se endurecesse.

— O que você quer, Alice? — ele perguntou com frieza, seus olhos faiscando de irritação.

Eu ignorei sua pergunta, dirigindo-me diretamente a Granger com um olhar cortante.

— O que você está fazendo aqui com ele? — minha voz saiu mais dura do que eu pretendia.

Granger ergueu uma sobrancelha, parecendo surpreendentemente calma diante da minha hostilidade.

— Estamos discutindo um projeto para a aula de Poções. Não sabia que isso era um problema. — ela ergueu a sobrancelha, cruzando os braços.

Senti meu rosto esquentar de raiva. Eu sabia que tinha que me controlar, mas era difícil quando tudo dentro de mim gritava para confrontá-los.

— Bem, agora você sabe. — minha voz tremia de emoção reprimida.

Theo interveio, tentando acalmar os ânimos. — Alice, não é isso que parece. Granger só estava me ajudando com algumas dúvidas. — Ele se colocou entre nós duas, me olhando com um misto de raiva e preocupação.

Revirei os olhos, irritada com sua tentativa de minimizar a situação.

— Poupe-me das suas desculpas, Theo. Eu não sou idiota. — Olhei para Granger mais uma vez, meu olhar queimando com desdém. — E você, Hermione, devia ter mais respeito pelo que é meu.

Sem esperar por uma resposta, dei meia-volta e saí da biblioteca, deixando-os para trás em meio ao silêncio constrangedor que se seguiu às minhas palavras. Cedrico veio atrás de mim, tentando me alcançar.

Nobody's son, nobody's daughter - Theodore Nott.Onde histórias criam vida. Descubra agora