capitulo 12

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Theodore nott

Alice era a garota mais gostosa que eu poderia conhecer, e acordar nos braços dela foi o melhor jeito de começar o dia. Ver seus cabelos bagunçados, sua baba escorrendo pelo canto da boca, me deixava ainda mais apaixonado por ela. Ela estava jogada na cama, e eu não pude deixar de soltar uma leve risada. Em silêncio, eu apenas a arrumei na cama e a abracei de novo, voltando a dormir.

Eu desejava nunca sair dali, dos braços que me deixam protegidos do mundo lá fora. Eu queria ela apenas para mim.

•••

— vamos, acorde! — a voz de Alice me acordou. Eu abri os olhos, me deparando com seus cabelos desgrenhados quase caindo em meu rosto.

— que porra você quer? — eu murmurei, esfregando os olhos.

— Theo, pare de ser dorminhoco. Por sua culpa perdemos o horário das aulas! — Ela disse em seu tom maravilhosamente irritado, que me fez soltar uma risada baixa.

Eu me sentei na beira da cama, esfregando meus olhos novamente. — relaxa aí, garota. Isso não é o fim do mundo. — eu tentei a acalmar, mas tudo que eu ganhei foi um tapa no ombro.

— eu te odeio. — ela murmurou, se levantando da cama. Eu sorri de canto e logo meu olhar caiu sobre seu semblante bagunçado. Aquilo me deixava de pau duro.

Eu balancei a cabeça, afastando meus pensamentos sujos e também me levantei da cama. Eu a segui para o banheiro, mas fui barrado na porta.

— fica aí, eu vou tomar banho. — sua voz autoritária chegou em meus ouvidos, fazendo sorriso de canto aparecer em meu rosto automaticamente.

Eu coloquei a mão na cintura dela, a puxando para mais perto. — não seria uma má ideia se eu tomasse banho com você, né? — eu a provoquei, e no mesmo instante ela negou com a cabeça.

— nem sonhando, garoto! — Ela entrou para o banheiro, fechando a porta.

Eu suspirei e comecei a andar pelo quarto, observando cada coisa dela e de sua colega de quarto, pansy. Eu me sentei na beira da cama dela, pensando em nós dois. Tudo seria diferente se ela parasse de brincadeira e finalmente sentasse em mim, mas eu sabia que tinha que respeitar ela.

Ela estava demorando demais naquele banho, mas eu logo me lembrei do treino de quadribol que eu tinha hoje. Porra, o treinador iria me matar!

Eu não tive tempo de fazer nada a não ser calçar meus sapatos e sair do dormitório correndo. E Alice? Que se foda, depois eu falava a verdade para ela.

Assim que eu cheguei no campo, vi meu time todo em posição. Eu era o capitão, tinha que ser um bom exemplo.

— Theo? — a voz de meu amigo mattheo chegou até meu ouvido, me fazendo se virar para o mesmo. — porra, onde você tava? Por acaso tava transando com a Alice?

Eu franzi o cenho, estralando a língua no céu da boca. — caralho, mattheo. Não pensa merda, ok? Eu e ela somos apenas... nada, não somos nada. — eu disse irritado, dando um leve soco no ombro do mesmo, que soltou uma risada sarcástica.

— É bom você se arrumar logo. — ele disse, ainda rindo. Eu assenti com a cabeça e corri colocar meu uniforme de quadribol.

•••

Depois do treino, eu vi algo que não queria ver. A minha garota abraçando um garoto que eu não conhecia. Em passos irritados e rápidos, eu fui até eles, afastando o garoto em um empurrão.

— sua mãe nunca ensinou que é feio abraçar a mulher dos outros? — eu o prendi na parede, fechando meus punhos para o dar um soco.

— para, Theo! — Alice gritou, tentando me afasta do garoto. O garoto me olhava com medo, e em um gesto abrupto eu o soltei.

Eu me virei para Alice e deixei o garoto ir embora. — qual é o seu problema?! — Ela gritava irritada comigo.

Eu a olhei de cima a baixo e a prendi na parede, a olhando com um olhar sério enquanto minha mão descia até sua cintura. — qual parte você se esqueceu de que você me pertence? — eu sussurei no ouvido dela, sentindo a pele dela se arrepiar. Eu adorava o que eu causava nela.

Ela ficou em silêncio por um momento, mas logo me empurrou para trás. Eu odiava seu jeito bipolar. — nunca mais me chame de sua! — Ela gritou, e em passos rápidos saiu dali. Eu suspirei e me encostei na parede, olhando para o chao com um misto de ciúmes e irritação.

— achei que vocês não eram nada. — mattheo disse assim que se encostou ao meu lado, soltando uma risada sarcástica.

— olha, porra, não se mete! — eu o empurrei para o lado com o cotovelo, e ele logo riu de novo.

Alice era a pior droga possível, sempre mexendo com minha cabeça e me deixando louco por mais. Ao mesmo tempo que eu a amava, eu a odiava.

Nobody's son, nobody's daughter - Theodore Nott.Onde histórias criam vida. Descubra agora