capitulo 41

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Alice Blackwood

E lá estava eu, sentada na privada com o teste na mão. Minhas mãos tremiam como vara verde, e eu mal conseguia segura-lo direito por conta do nervosismo.

E se desse positivo? Meu futuro mudaria para sempre, é claro. E acho que o de Theo também.

aquele teste piscava e piscava, e nada do resultado aparecer. Cansada e nervosa de ficar sentada o tempo todo, eu deixei o teste em cima da pia e sai do banheiro, encontrando pansy sentada na beira da cama enquanto me esperava.

- E aí? - Ela perguntou, se levantando e se aproximando de mim. - vamos, Alice, me diga!

Eu suspirei e balancei a cabeça, cruzando os braços e me apoiando no batente da porta. - Ainda não sei o resultado. - murmurei, desviando o olhar brevemente para o chão antes de voltar para ela.

- Você é muito ansiosa! - ela reclamou, cruzando os braços assim como eu. - você tem que esperar, Alice. O resultado não sai de um minuto para o outro.

Eu revirei os olhos e levantei as mãos em forma de rendição, voltando para dentro do banheiro. Eu deixei a porta aberta, e Pansy estava lá ao meu lado esperando o teste mostrar o resultado.

De repente, ele parou de piscar, e um Não Grávida apareceu na telinha. Um peso saiu de meus ombros, me fazendo soltar um suspiro de alívio enquanto pansy me abraçava.

- não estou grávida... - sussurrei para mim mesma em alívio, enquanto correspondia o abraço da mesma.

Saímos do banheiro, e o teste já estava no lixo. Pansy estava me encorajando a  falar com Theodore, mas eu não tinha coragem depois de tudo. Na verdade, eu não tinha coragem de olhar em seus olhos por que eu o amava, e eu não sabia como esconder isso.

Eu suspirei, me sentando na beira da cama enquanto passava a mão pelo rosto. - eu não sei onde ele está, afinal. - respondi, abrindo os olhos e olhando para o semblante da garota na minha frente.

- Eu não sou adivinha, mas acho que ele está fumando um na torre da astronomia. - Pansy disse, se mexendo para se sentar ao meu lado. Suas mãos pararam em minha coxa com uma carícia reconfortante, me deixando mais calma. - Você sabe que ele não vai te julgar, querida. É só você ir!

Eu respirei fundo e sorri, dando um beijo na bochecha de minha melhor amiga antes de me levantar e ir atrás dos meus sapatos jogados pelo quarto. Pansy sempre me motivava, até mesmo quando eu estava em lágrimas que pareciam não acabar nunca.

- te vejo mais tarde? - perguntei, pronta para sair do quarto e encontrar Theo.

- Claro! - ela sorriu com seu sorriso cativante, e em seguida acenou para mim.

Eu ri baixinho antes de sair do quarto, mas pareceu que a minha coragem de antes havia desaparecido em um estalar de dedos junto com o sorriso que eu tinha no rosto.

Andando por hogwarts, podia ver alguns casais felizes juntos. Coisa que claramente eu e Cedrico não éramos. Falando nele, o mesmo apareceu em minha frente e rodeou minha cintura com seus braços. Seus labios capturaram os meus em um beijo doce, mas eu não queria corresponder.

- minha cobrinha favorita... - ele sussurrou, deixando o beijo para afundar o rosto em meu ombro. Theo fazia isso, e minha mente estava apenas pensando nele.

- Cedrico... - eu sorri falsamente, o abraçando enquanto deixava um beijo em sua bochecha. - eu preciso ir. vamos, me solte. - pedi, agora tentando me soltar do mesmo.

- vai aonde com tanta pressa? - ele perguntou, se soltando de mim um pouco para olhar em meus olhos.

- Eu preciso... encontrar o Theodore. - disse, sem pensar o quão bravo Cedrico poderia ficar ao escutar o nome dele.

Seu semblante ficou sério, e o mesmo deu um passo para trás. Eu revirei os olhos e cruzei os braços, esperando seu sermão idiota.

- porra, Alice. Justo o Theodore? - ele perguntou, sua voz saindo mais irritada do que eu imaginava. - aquele filho da puta não é bom pra você.

- e quem voce acha que é para falar isso, afinal? - soltei, irritada ao escutar Cedrico xingando Theodore. - Você não é nenhum santinho, Cedrico. E eu sei que não.

- e você é, né? - ele quase gritou, se aproximando mais de mim. - puta que pariu, Alice... eu sou seu namorado!

Podia sentir o olhar das pessoas para nós, e alguns murmúrios entre elas. - Eu sei, Cedrico... mas você está assim à toa! - respondi, não ligando para o olhar das pessoas.

- À toa?! - ele soltou uma risada sarcastica, passando a mão por seus cabelos. - Me de a porra do anel. - murmurou, estendendo a mao para pegar a minha.

Eu apenas peguei aquele anel e o joguei no chão com força, seu olhar ficando ainda mais irritado. - É isso o que você quer? Está terminando comigo? - perguntei, nenhuma tristeza em minha voz.

- Você é uma puta, Alice. - Ele murmurou antes de pegar o anel do chão e sair dali. Suas palavras não me atingiram, e apenas fizeram uma risadinha baixa sair de minha boca.

Eu estava livre, livre para ter Theo apenas para mim. E aquilo não me abalava, claro que não. Eu não amava Cedrico.

•••

Eu estava na entrada da torre, e respirava profundamente antes girar a maçaneta para entrar. Theo estava fumando, mas assim que me viu, apagou o cigarro rapidamente.

- não venha aqui, o cheiro está forte. - ele disse, se levantando e murmurando alguma coisa para mattheo antes de ir até mim.

Assim que ele saiu da torre e fechou a porta, meus braços rodearam seu torço com força. - Theo... - eu murmurei, fechando os olhos e inalando seu perfume misturado com a nicotina.

- Alice... - ele sussurrou, depositando um beijo em minha testa. - você está bem? O que aconteceu?

Eu respirei fundo, me afastando um pouco para olhar nos olhos do mesmo. - tenho duas notícias boas. - disse, o sorriso voltando para meu rosto.

- ah, é? Isso é bom... - ele sorriu também, sua mão se estendendo para segurar a minha. - diga as duas, mia Bella

Eu respirei fundo e soltei uma risadinha antes de finalmente falar. - Cedrico não está mais comigo e... eu não estou grávida! - em seguida, pulei em seus braços e dei vários beijos em sua bochecha. Seus braços rodearam minha cintura para me deixar de pé, e logo seus lábios se encontraram com os meus.

Ficamos assim até ficarmos sem ar, o que fez a gente parar o beijo. Theodore olhou no fundo dos meus olhos, uma de suas mãos subindo até meu rosto e o acariciando. - É verdade? - ele perguntou, um leve sorriso em seu rosto.

- é sim... claro que é. - eu sorri novamente antes de voltar a beijar suavemente seus lábios. - eu te amo. - Sussurrei em meio ao beijo.

- eu também te amo... Eu te amo demais! - Theodore me colocou contra a parede com cuidado e continuou a me beijar, tudo isso sem malícia alguma.

Eu estava feliz ao seus braços, mas não significa que estávamos juntos. Pelo menos não ainda. Eu tinha certeza que no momento, ele era o garoto ideal para mim, apesar de sua personalidade ser oposta da minha de vários jeitos.

Mas, mesmo assim, os opostos se atraem. Eu amava Theo, e era com ele que eu iria ficar.

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⏰ Última atualização: Sep 11 ⏰

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Nobody's son, nobody's daughter - Theodore Nott.Onde histórias criam vida. Descubra agora